domingo, 23 de maio de 2021

Desilusão

por António Braz

Pobre festival da canção eurovisão! É lamentavelmente vergonhosa como são ditadas as regras de votação, beneficiando exclusivamente delas os países “aficionados” de um júri cujo exibicionismo partidário recai onde as nódoas são tão visíveis quanto o suborno. Longe vão os tempos dos ABBA e da Sandie Shaw com a canção Song Contest em 1967 cuja minissaia e voz infantil “ébloui” os olhares daqueles que perderam um tempinho de sono, mas, que foram deitar-se maravilhados para no dia seguinte andar em todas as bocas do Mundo! Era manualmente que se manipulavam os cartazes de votos, com a maior das purezas genuínas, tendo os apresentadores como prémio o orgulho de estar em palco e a honestidade que os caraterizava… hoje fala mais alto e mais forte o dinheiro, como aliás na maior parte de eventos político socioculturais só de nome, e o pobre povinho a vazar par lá euros em telefonemas, ainda mais ceguinho que nos tempos idos, quando um júri mafioso já sabe quem vai ser o vencedor. Doi!

Como também doi imenso o que tentam fazer aqueles países convictos que são os maiores e os melhores do Mundo com o futebol. A liga milionária já não chega para as ambições destrutivas do desporto Rei? Os quatro mosqueteiros uniram-se considerando os outros Países resíduos inúteis para formarem com os seus clubes um minicampeonato de atrasados mentais, porque em questão estavam apenas milhares cujos jogadores teriam um preço como tem hoje os barris de petróleo? Só espero que a FIFA e a UEFA “os tenham no lugar” e não cedam a pressões venham lá de onde vierem. Sou simpatizante de um clube, e gosto de todo o desporto com fair play ou sem, respeitando todos os clubes e clubistas que é o dever de todo cidadão.

Florido de giesta de um amarelo vivo estevas e outras flores silvestres a paisagem envolvente de Murçós resplandece e é um regalo para a vista quando pelo termo se passeia como perdulário porque a gente vai


 faltando, as ruas entristecem, as casas vão ruindo, e aqueles lugares míticos onde acorríamos para conviver perderam o encanto a magia que outrora transformavam em felicidade. Mas há seguramente pior noutros lugares, pelo que vale mais um cantinho aconchegado, nestes tempos de Pandemia, que euforias como a festa dos campeões que puseram em perigo centenas de pessoas simplesmente para manifestar uma alegria que pode ser simplesmente interior.

Infelizmente nós os Portugueses somos vaidosos e gostávamos de superar a América e outro Países evoluídos, sem pensar que por detrás de um jogo de futebol sendo escolhido o palco em Portugal porque mais ninguém quis aventurar por dois patacos e prestígio como dizem os fracos. Espero que sejam tomadas providências severas pois essa gente é indomável