quarta-feira, 23 de março de 2016
terça-feira, 15 de março de 2016
O coelhinho
"De olhos vermelhos, de pelo
branquinho
de pulo bem leve, eu sou o coelhinho
sou muito assustado, porém sou guloso
por uma cenoura ... já fico manhoso!
de pulo bem leve, eu sou o coelhinho
sou muito assustado, porém sou guloso
por uma cenoura ... já fico manhoso!
Eu pulo pra frente, eu pulo pra trás,
dou mil cambalhotas, sou forte de demais,
comi uma cenoura, com casca e tudo,
tão grande ele era ... fiquei barrigudo!"
dou mil cambalhotas, sou forte de demais,
comi uma cenoura, com casca e tudo,
tão grande ele era ... fiquei barrigudo!"
Desejo a todos saúde, felicidades, alegria, equilíbrio, harmonia e que consigam ir além das etapas ordinárias e descubram resultados extraordinários.
Que continuem tentando alcançar as estrelas. Que realize os sonhos.
Que reconheça em cada desafio a oportunidade, e seja abençoado com o conhecimento de que tem a habilidade para fazer cada dia um dia especial. P A S C O A ***** FELIZ
quinta-feira, 10 de março de 2016
Leo Rojas El Condor Pasa
segunda-feira, 7 de março de 2016
sábado, 5 de março de 2016
POVO DE MURÇÓS – gritava a “pindérica com excentricidade
exorbitante” n’um grupo do face, tal como Charles Degaule em 1940, pedindo a resistência
– cuidado que o lobo mau anda por aí à solta… veste pele de cordeiro, mata,
rouba, e hipnotiza as pessoas- E o povo responde como Degaule em 1957/58 – Je vous
ai compris – No entendo – Dizia a Ana Gabriel (https://www.youtube.com/watch?v=HTa9dhMVl8Y)
E a outra atiça o fogo – Força pindérica… salva-nos da decadência… pergunta ao
espelho que roubaste, quem é a mais poderosa? Quem é a mais serviçal? Como
dedicas o teu tempo em defeso?
E a pindérica responde –Eu abracei este projeto complexo e
extenso de corpo e alma; é verdade que ponderei imenso, e nele depositei as
mais profundas esperanças de uma carreira que enveredasse pelo caminho que
conduz ao mais alto nível político – aparece a comentar um mancebo a mudança de
marcos nas terras que lhes não pertencem – No entendo – diz a Ana – mas que
terras? Non basta palmo e médio quando morreres? Madre Teresa de Calcutá tenta
com palavras suas (baratas) apaziguar os ânimos e por fim à discórdia
proliferando.
Por altura da Páscoa era usual prender um malfeitor –
prendam o lobo mau e enforquem-no – gritava o povo. Um dos apóstolos líder do
executivo que sabe-se lá porque razão tinha pedido amizade ao lobo mau entra em
cena e trai o fictício amigo renegando-o – Eu não tinha conhecimento de nada –e
o galo cantou três vezes, mas o sujeito não se arrependeu nem se enforcou. –Crucifiquem-no…
crucifiquem-no – e o lobo mau responde – je ne vous comprendrez jamais.
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sexta-feira, 4 de março de 2016
O trator azul
Chegou à terra nos anos 60…. Foi o primeiro, pelo que, era
acarinhado e tratado como um verdadeiro príncipe. De cor azul, o trator era
nestes tempos, para além de útil, atrativo, servia de transporte aos numerosos
jovens nas deslocações a arraiais em dias de festa nas Aldeias circundantes,
bailes improvisados, sobretudo nos fins-de-semana, e ainda encontros secretos
bem longe dos olhares indiscretos capazes de “armar” uma barafunda. – Nesse
tempo as donzelas eram quase obrigadas a casar na terra, e os forasteiros que
tentavam subtrair uma delas tinha que namorar à distância, através de cartas,
ou bem escondido, pois os rapazes da Aldeia juntavam-se e obrigavam o pobre
estranho a “pagar o vinho”. – Recordo-me a propósito de um caso no qual o estranho
ofereceu resistência discordando de tais procedimentos, ter acabado dentro de
um tanque cheio de água depois de espancado, e como contra a força não há resistência,
lá foi o pobrezito encharcado, rabinho entre as percas e nem palavra para a sua
terra.
Já não veio novo, custando-lhe muitas vezes, sobretudo no
inverno, a começar a trabalhar, pelo que, os proprietários deixavam-no sempre
no cimo de locais elevados e com margem para “pegar de empurrão” – como se costumava
dizer. O seu historial é verdadeiramente surpreendente, peripécias que os
homens não conseguiam dominar, estragos valiosos, constrangimentos a nível
acidental, felizmente nunca mortais, talvez por obra do divino Espirito Santo. Começou
a ser conduzido pelo mais velho dos irmãos que tinha ido ao Porto passar a
carta de condução, com a ajuda de uns familiares proprietários de uma estalagem
nesta briosa cidade do Norte de Portugal. Nestes tempos não era permitido a
toda a gente conduzir, e tal como ainda hoje, os abusos das máquinas, eram
frequentíssimos, não refletimos às consequências, pé no acelerador e para a
frente é que é o caminho; neste caso preciso, como estava limitado a uns 30 ou
40 km à hora, a solução era “desengatar” que é o mesmo dizer: mudança em ponto
morto e quando desce com peso atrás não há travões que lhe valham depois de
embalar…e foi assim que um dia o rapaz e os que levava com ele por uma estrada
sem asfalte, com bastante inclinação, seguiu pela ribanceira abaixo, ficando o
condutor gravemente ferido e o azul de pernas para o ar.
O pai furioso, retirou-lhe a confiança e a condução passou
para o irmão… com este, as aventuras foram ainda mais frequentes e de maiores
dimensões acidentais num caso onde quis ir por atalhos e se meteu em grandes
trabalhos, ele e o pessoal que acarrejava o centeio. Mais uma vez saíram ilesos,
apenas com arranhões, hematomas, e mais uma vez o azul, atravessou pelo s ares
um caminho ficando de focinho espetado do outro lado n’um lameiro. Numerosas
foram as vezes em que não restava espaço para uma mosca pousar, à vinda de
bailes disto 8 a 10 km da terra, por volta das duas da madrugada, e para evitar
o percurso a pés, subíamos todos não havendo discriminação, mas eminente perigo
de algum cair através desses caminhos sinuosos, com o mínimo de visibilidade, inconsciência
jovem, quando uma vez de Vidoedo voltamos 15 em cima do azul sem reboque… foi o
nosso táxi para diversos e variados lugares; Bragada para ver um jogo de
futebol, Lanção, Vidoedo Paçó Rossas Vale de Nogueira etc.
Finalmente o mais novo, sem carta e já começava a namoriscar,
combinamos ir ter com umas gaiatas a Soutelo da Pena Mourisca, que andavam a
estudar em Bragança, e organizavam um baile em nossa honra no recinto da Aldeia,
creio que ao som do realejo, num tarde de verão. Fazer o percurso a pés estava
fora de questão já que o azul se encontrava disponível, embora sem ser pedida permissão,
ou seja o proprietário mais novo apesar de mal chegar aos pedais encheu-se de coragem,
pusemos o azul a trabalhar de empurrão e la fomos nós como paxá nas suas limusines.
Correu tudo bem até ao regresso onde n’uma descida acentuada o condutor
improvisado quis meter outra mudança mais lenta, desengatou o azul, que atingiu
uma velocidade medonha e nos pregou um susto tão grande que ainda hoje se me
arrepiam os cabelos.
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