sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Dia de sorte58

Dia de sorte 58 AB Durante aquela medonha noite Francisco não conseguiu fechar olho. À sua mente surgiam incessantemente lembranças de um passado recente que o torturava, sem o culpar, mas que se tinham agarrado ao seu coração onde permaneciam presas para sempre. Às 8h da manhã levantou-se tomou um duche vestiu a melhor roupa que tinha, um fato azul céu, uma camisa de alvura e uma gravata preta, meias e sapatos a condizer, tentou disfarçar aquela escuridão na parte inferior dos olhos, e desceu hesitante contando as escadas, voltando-se em cada uma à procura do que sabia jamais encontrar. Entrou na cozinha onde o esperava o filho assentado na grande mesa recheada de alimentos que a cozinheira fez questão de oferecer ao seu menino antes de partir para terras longínquas. Deu os bons dias educadamente, e apressou-se a dizer que não comia, e que ia sair não sabendo o tempo que demoraria. – Não se esqueça que tem avião às… -Não me esqueço… quanto ao teu futuro e do restante pessoal, não se preocupem, já tratei de tudo, esta continuará a ser a vossa casa enquanto o desejarem. Entreguei a gerência da quinta a pessoas honestas que tenho a certeza não me irão dececionar. Ia voltar-se quando notou que alguém lhe segurava o casaco. _ Também posso ir? Disse Fred com ternas e meigas palavras, tal um menino perdido num emaranhado de factos onde não existem preceitos nem razões. Francisco voltou-se e reparou que dos olhos da cozinheira corriam lágrimas a fio implorando a sua clemencia. Não teve coragem para repreensões nem para perguntar se o rapaz sabia onde ia. Vamos. Passaram por uma florista onde compraram doze rosas pretas com apenas suporte para os dois poderem transportar. À entrada do cemitério, francisco perguntou finalmente ao filho como sabia o seu destino, ao qual este respondeu: não podíamos embarcar sem dizer adeus aos avós! Junto da campa um silencio intenso vigorou durante muito tempo, já não havia lágrimas para derramar nem palavras para alentar, apenas dois corações cheios de dor e as imagens daqueles que permaneceriam sempre vivos onde quer que estivessem. Embarcaram ao meio dia, e durante a longa viagem só na hora da refeição pai e filho trocaram as palavras necessárias. Era a primeira vez que Fred viajava de avião, mas dadas as circunstâncias já nada o impressionava. Seguia um homem como um cão segue o seu dono, pronto para enfrentar as adversidades da vida, conhecedor dos antecedentes. Chegaram por volta da meia noite, esperavam-nos no aeroporto a chofer e o mestre cozinheiro. As apresentações foram breves, mas uma surpresa esperava Francisco dentro de um carro de luxo à entrada da sua herdade. Eram os Mailer, pai mãe e filha. Conseguiram o endereço através da funerária portuguesa, e fizeram questão de estar presentes à chegada de Francisco, para reconfortá-lo e apresentar as condolências pessoalmente. Foram convidados para entrar e permanecer a noite na herdade, mas recusaram acrescentando que tinham o hotel pago e no dia seguinte, voltariam a falar. Fred foi instalado num lindo quarto espaçoso, e elegante e com tudo que necessitava para ingressar na sua nova escola particular de reputação irrefutável, incluindo computador, net impressora etc. No dia seguinte receberam para almoçar aqueles que lhe abriram as portas e o ajudaram quando chegou aos USA. Durante a refeição falou-se apenas da desgraça familiar, mas Francisco não se sentia à vontade junto daquela mulher que tentou violá-lo, e temeroso que tal facto chegasse aos ouvidos do marido. Foi durante a sobremesa que a bomba explodiu. Não tens que te sentir humilhado Francisco. Sei de tudo, a minha esposa contou-me assim como à nossa filha. Ela, a única culpada, tem um temperamento vergonhoso, porém já a perdoei e a nossa família continua unida como sempre

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Casos

João Carlos Duarte 18 de Novembro de 2020 · CARTA enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um telejornal da RTP1. "Carta De Mãe para Mãe... Cara Senhora, vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, presidiário, das dependências da prisão de Custóias para outra dependência prisional em Lisboa. Vi-a a queixar-se da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que vai passar a ter para o visitar, bem como de outros inconvenientes decorrentes dessa mesma transferência. Vi também toda a cobertura que os jornalistas e repórteres deram a este facto, assim como vi que não só você, mas também outras mães na mesma situação, contam com o apoio de Comissões, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, etc ... Eu também sou mãe e posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro, porque, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho. A trabalhar e a ganhar pouco, tenho as mesmas dificuldades e despesas para o visitar. Com muito sacrifício, só o posso fazer aos domingos porque trabalho (inclusivé aos sábados) para auxiliar no sustento e educação do resto da família. Se você ainda não percebeu, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a uma bomba de combustível, onde ele, meu filho, trabalhava durante a noite para pagar os estudos e ajudar a família. No próximo domingo, enquando você estiver a abraçar e beijar o seu filho, eu estarei a visitar o meu e a depositar algumas flores na sua humilde campa, num cemitério dos arredores ... Ah! Já me esquecia: Pode ficar tranquila, que o Estado se encarregará de tirar parte do meu magro salário para custear o sustento do seu filho e, de novo, o colchão que ele queimou, pela segunda vez, na cadeia onde se encontrava a cumprir pena, por ser um criminoso. No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas "Entidades" que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto ou indicar-me quais "os meus direitos". Para terminar, ainda como mãe, peço por favor: Façam circular este manifesto ! Talvez se consiga acabar com esta (falta de vergonha) inversão de valores que assola Portugal e não só ... Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos" !!!" Eu acrescentaria: Existem pequenos "chips" que devidamente implantados no cérebro, reduzem em 100% as probabilidades de reincidência no crime!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

IN DESTINOS

Destinos e destinados 104 por António Braz A noite caía por entre a vegetação e as folhas voavam com o soprar de um vento Outonal nos jardins que lentamente se despiam do encanto admirado e acariciados por olhares melancólicos em dias longos e quentes, onde a magia da frescura que partilhada com os que por baixo saboreavam em merendas conviviais, fugindo do stress das grandes aglomerações onde havia de tudo menos a serenidade que alimenta desesperos, cansaços e rotinas. Carlos continuava a viver no seu vistoso apartamento como um perdulário longe de tudo e de todos, respondendo à criada apenas sim e não. A senhora que vivia no seio de uma família normal, sentia apertos de coração e muitas vezes enquanto arrumava o quarto sentiu as lágrimas descer silenciosas pelas faces que o avental acolhia, rezando baixinho onde pedia clemencia para um ser humano que cortara os laços todos que o ligavam à vida. Não era gratidão que sentia pela pessoa que lhe salvou a vida quando aquele carro o podia ter livrado de tanto sofrimento, desde que perdeu a mulher e sempre se responsabilizou pela fatalidade. Assentado à mesa, Carlos aguardava para jantar sem apetite, quando a campainha tocou. Pelo seu cérebro passaram ondas geladas, até que a senhora voltou e numa amargura infinita apenas conseguiu balbuciar: - o seu pai…. O seu pai faleceu Carlos fechou os dois punhos para suster o queixo, tremendo dos pés à cabeça. Os seus lhos já não podiam chorar, mas o coração batia a um ritmo incontrolável. Sentia agora os remorsos da cobardia, da insensatez, da dor que lhe lembrava um passado cheio de amor carinho, sempre disposto a defendê-lo, quando por toda a gente era desprezado, humilhado e até terrorizado por um viver à margem das leis que regem, julgam e condenam comportamentos. Permaneceu nesta posição durante muito tempo até que a criada voltou a perguntar: -Que quer que eu faça? Por favor não me deixe pensar o que nunca desejaria que fizesse… - Chama um táxi enquanto eu vou ao meu quarto vestir-me. Voltou vestido com um fato azul escuro, camisa branca e gravata preta. Tinha passado gel pelo cabelo e penteado para trás. Os sapatos refinavam a elegância de um homem que queria honrar aquele que lhe deu tudo, caminhou ao seu lado, de braço dado, minimizando a crueldade do destino, pagando a sua subsistência, provar-lhe que o amava embora tardiamente. Entrou na herdade onde circundavam numerosos automóveis estacionados nos quais a colisão da bengala guia, o guiavam por caminhos mais acanhados que aqueles que o direcionavam para a sua casa, onde teve todo o conforto, alegria e amor. Subia as grandes escadas em granito quando o olfato de alguém bem conhecido lhe invadiu as narinas e logo uns braços de mulher o abraçavam ternamente, como n’outros tempos, e as lagrimas molhavam-lhe o rosto frio coberto pelo desalento embebido em sentimentos de uma atrocidade desmedida. Não foi pronunciada uma única palavra, ambos sabiam que o destino tinha levado aquele homem bondoso, honesto e carinhoso que jamais traria de volta, Sofriam em silencio para não manchar as suas virtudes.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Feliz Natal

Pelo sexto ano consecutivo o largo S. João de Deus, em Bragança, tem um presépio construído por um morador desta zona do centro da cidade. São já cerca de 300 as figuras que este ex-emigrante em França construiu ao longo dos últimos 13 anos. José Santana tem as réplicas de monumentos e personagens expostas num quintal, junto ao Rio Fervença e, na quadra natalícia, seleciona algumas para fazer o presépio no jardim do antigo Hotel de S. José, que se encontra encerrado. O presépio divide-se entre aquilo a que chama a cidade e a aldeia. O artesão conta que tem a preocupação de fazer um presépio diferente todos os anos. “Praticamente não é nada repetido. Na parte a que eu chamo aldeia há figuras tradicionais, que fizeram parte do presépio em anos anteriores, mas na parte da cidade, nunca há nada repetido”, refere o artesão. José Santana utiliza vários materiais nas suas peças, desde a madeira até ao próprio cabelo. “O cabelo de S. José é o meu próprio cabelo, que fui juntando quando ia ao barbeiro”, revela José Santana. O artesão conta que desde criança que gosta de fazer presépios e espera que o neto continue a tradição. “Gostei sempre de presépios. Quando era criança, havia um senhor que se chamava Manuel Mirandela que fazia um grande presépio na igreja da Sé. Ás vezes ia para o pé dele e, se calhar, veio daí o gosto por presépios. Tenho um neto, que está em França que acho que vai continuar esta tradição, gosta muito disto”, acrescenta o ex-emigrante. Este ano, uma das novidades é a réplica do Santuário de Fátima. José Santana está já a preparar uma réplica do Santuário de Outeiro, no concelho de Bragança, que conta colocar no presépio do próximo ano. Pelo menos até ao dia de Reis, este presépio vai continuar exposto no largo S. João de Deus, em Bragança. Escrito por Brigantia. sANTO E FELIZ NATAL ESPECIALMENTE PARA QUEM VISITA AB

sábado, 17 de dezembro de 2022

Joana Marta Deitado 21 de Maio · Um dia após o meu suicídio, apaixonei-me pelo meu marido ao vê-lo chorar no chão do quarto, abraçado à minha camisa suja de sangue com as minhas fotos espalhadas à sua volta. Eu vi tanto amor nos olhos dele! Um dia após o meu suicídio, eu senti o quanto os meus pais me amavam, por mais que muitas vezes eles fossem durões. No meio de tanta tristeza, eles falavam com os olhos cheios de lágrimas o quanto sentiam orgulho de mim e o quanto eu era sensível com o próximo! Um dia após o meu suicídio, vi que o Zé Bob (o meu cachorro) era mais incrível do que eu podia imaginar. Sempre que alguém saia do elevador, ele corria para a porta e esperava por mim, ao ver que não era eu, deitava-se em frente à porta e continuava a esperar-me! Um dia após o meu suicídio, encantei-me pelos meus irmãos ao vê-los sentados na sala com os olhos cheios de lágrimas. Eles lembravam-se das vezes em que brincávamos na nossa infância... Que época boa! Um dia após o meu suicídio, eu senti o quanto era querida e amada por aquele grande amigo. Ele estava a olhar as nossas fotos juntos, e lembrava-se de todos os nossos momentos! Ele chorava por tantas vezes não ter tido tempo e ter rejeitado os meus convites. Um dia após o meu suicídio, senti que era importante para muitos amigos . Eles culpavam-se por não terem feito nada. Já de noite, fui até à morgue ver o meu corpo. Incomodou-me. Olhei para mim e disse: Tantos sonhos que tínhamos. Tantos amores. Tanta gente para conhecer. Tinhas pessoas que te amavam e mesmo assim, mandaste tudo para o alto. Felizmente isso foi só um sonho. Ainda estás aqui e podes mudar a tua vida para sempre. A vida não é tão má como às vezes parece. Existem pessoas que te amam, que te querem por perto! Dá mais uma chance para a vida e às pessoas que estão ao teu lado. Existe cura para a dor, abre-te com alguém. Já superaste tantas coisas, tenta mais uma! Não estás sozinho(a)! Procura um profissional que te possa ajudar. VAI FICAR TUDO BEM!!! A dor da alma é algo que não encontramos remédios em cápsulas, só poderemos achar "remédios" em abraços apertados, olhos nos olhos, cafunés, colo sem críticas e ombros amigos... O mais difícil é encontrar pessoas dispostas a nos medicar !
Caelibatus (CELIBATO) Herdado do latim para designar uma pessoa solteira e a sua manutenção durante os anos que o destino lhe acordou, suscita apreensões que relativizam imperativamente estados de espírito e sentimentos repressivos guardados ao abrigo daqueles que são enxergados desta forma, secretamente não se justificando críticas negligentes ou propósitos inoportunos inerentes à liberdade de cada um. É tão lindo o estado de solteiro, desfrutando do melhor que a vida nos dá, limitando a sua longevidade aos limites impostos para a procriação, ou formação familiar, que todos os seres vivos no seu estado natural, procuram instintivamente. O agregado familiar, com marido esposa e filhos são os pilares da casa que os abriga, onde comem, bebem, riem, choram, partilham, até que os voadouros permitem o afastamento para também eles constituírem uma família. Pessoalmente não concebo viver uma vida duradoura, para alguns chega aos 100 anos, sem herdeiros legítimos, a trabalhar como negros até que a fisionomia perde todo alento, sem desfrutar de um dia convivial, amealhando migalhas, alimentando-se como mendigos, vestindo-se com farrapos que tem a idade deles e calçados de feira cujo conforto não existe, apanharem dias inteiros vago de azeitona que as intempéries deitaram ao chão, comer uma tigela de caldo e uma côdea de pão antes de se deitarem em camas geladas, sem amor nem carinho, de um companheiro ou companheira que tanto ajuda a palmilhar caminhos agreste, trilhados e pisados com esforço mas dignamente, até um dia… em que são obrigados a tudo deixar, a quem muitas vezes não tem um pensamento afetuoso, lembrando-se apenas que o não podiam levar com eles. Independentemente dos desejos amorosos e sexuais, e mesmo que os tenham procurado em lugares de prostituição, a solidão é como um moinho a moer, e doi tanto! Felizes aqueles que conseguem não desfazer o que tanto custou a fazer! A resposta da atualidade é: melhor separar-se que viver uma vida infernal. Não precisam de muito para largar aquilo que em tempos consideraram o seu tesouro…É como na lenda de Salomão cortar o menino a meio. Talvez seja por estas razões que anda tudo embrulhado, e o celibato atinja um número inconcebível? AB

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Desejos Quem me dera, poder um dia, voar e poder o mundo abraçar. Levaria comigo nas asas, os que tanto amo e suas casas, para longe da falsidade, onde não houvesse maldade e de mãos dadas em harmonia, amar à noite e sonhar de dia, como quando era mais novo, e sentia o calor do povo que num sorriso passageiro, abria as portas ao desvaneio, longe de preconceitos de invejas, orgulho e vaidade contagiante, esquecendo que todos fomos viajantes, e nas variadas fases da vida fomos esquecendo o guia, aquele que nos deu abrigo, nutriu com afagos e esperança, quando o coração batia forte, e o medo de não encontrar o norte, que o vazio da esperança e da sorte, procurava em terras de ninguém. Quem me dera ter nascido, longe de pessoas que conheci, que em tempos foram companhias, e hoje são estátuas de mármore, seletas e seletivas, porque se julgam maiores, mais poderosas, e independentes, que a sociedade lhes foi legando, e que eu jamais esqueci. Não é o tempo que muda os seres humanos, são eles que mudam com o tempo. Quem me dera viajar nestas asas longas e fortes, e nunca mais baixar, e nem sequer aterrar, atravessar nuvens, ver estrelas, e aquele lindo luar, um céu azul para dormir e o sol para me orientar. São sonhos esfarrapados, são desejos a voar até onde poderem chegar, AB

sábado, 10 de dezembro de 2022

No impulso remoto, repousam em silencio, desgastados e moribundos, átomos decimados que as arestas farejam nas trevas e a reminiscência arrasta pelas encruzilhadas sem tino, como se nunca tivesse existido sem lamurias e a amnésia supervisa, forjando supostos relatórios para não alarmar suscetibilidades, de um passado que foi, de um futuro sem nascente e de um presente em ponto morto, à espera do amanhã que em nada difere do hoje. Gostaria tanto de subscrever-vos meus companheiros de viagem! Voltar a ter, ainda que fosse por um segundo o que nos falta com toda a certeza a todos… mas sei que é impossível, mesmo quando as saudades apertam e o nó da corda vai-nos sufocando sem dó nem piedade. Será, que como eu, passais noites velando o nosso passado? Aquela felicidade duradoura que nos incentivava a loucuras das quais não nos arrependemos? Toda a gente passa por estas margens do rio, mas nem todos os rios são iguais… o orgulho que nos manteve unidos em defesa das mesmas causas, brilha onde quer que estejais. Não era amor o que sentíamos uns pelos outros, era afeto incontestável, magia, fascinação que nutríamos praticando desportos contagiosos de onde se libertava o corpo e a alma, daquele emaranhado de confusões ridícula, sem fundamento nem justiça. Compartilhávamos uma liberdade repleta de etnias onde vigorava o respeito a convivência, e o fascínio utilizando a linguagem única e verdadeira sem atritos nem repreensões, La sagesse st le plaisir de vivre dans un Pays merveilleux qui nous a ouver les portes e le coeur sam rien demmender en échange. Acceulliment déxcélance que este impulso notálgico que hoje me invadiu, transporta no coração enquanto poder respirar. Tchau mês grands amis António Braz

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

IIN DESTINOS E DESTINADO AB

Destinos e destinados 302 por António Braz Era mais um dia de fim de verão, as folhas amarelavam prevendo que brevemente cairiam mortas, num chão frio, mas a paisagem era primorosa com aquela variação de cores anunciando um outono ventoso com mudanças de temperatura, obrigando as pessoas a agasalhar-se nas suas casas ou fora. É uma das estações do ano cheia de imprevistos, que dá entrada a falatórios mais ou menos realistas, com insinuações e previsões de despedidas. Ás seis da manhã, junto à vivenda dos Avós de Fernando C estacionava uma ambulância do INEM, e três pessoas dirigiram-se com o porteiro para o interior a passos largos e apressados. Subiram pelas escadas, duas a duas, levando com eles todo o equipamento de socorro, só a cama de encarte entrou mais tarde quando o médico tinha instalado o maquinismo ao qual ligou imediatamente o moribundo que de olhos fechados não conseguia responder às perguntas, com os lábios colados um ao outro. O enfermeiro interrogava com o olhar o médico o qual brevemente chegou a um diagnóstico - Crise cardíaca severa, (infarto do miocárdio) opinou o médico, precisamos de conduzi-lo ao hospital o mais rápido possível…

Feliz Natal para toda a humanidade

Feliz Natal Cantem, Cantem os Anjos A Deus um Hino, Cantem, Cantem os homens Ao Deus Menino. bis Em Belém à meia noite, Foi na noite de Natal, Nasceu Jesus num presépio Maravilha sem igual! Em Belém à meia noite, Noite de tanta alegria Nasceu Jesus num presépio, Filho da Virgem Maria. Em Belém à meia noite, Nasceu dos Céus o sorriso, Para nos abrir de novo As portas do Paraíso.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Dia de sorte 56 AB Durante aqueles amargurosos dois meses passados naquela quinta que cativou o seu amor e paixão, dentro de Francisco nasceu um vazio medonho que o martirizava impotente e sem recursos morais que alimentaram, noutros tempos, o seu espirito, o corpo e a alma, que um sopro de vento levou para longe deixando-o órfão de carinhos e afetos, de palestras diversificadas, assentados debaixo de uma árvore, saboreando ao mesmo tempo a frescura do calor humano, rindo ou comendo a merenda com os criados, foi o paraíso terrestre que nunca mais teria o mesmo significado. Também a avó falecera passado um mês, o seu coração não aguentou a pressão que lhe corria dos olhos, e o alento fraquejava, em noites de solidão, naquela cama fria sentia-se abandonada pelo companheiro carinhoso com o qual percorreu caminhos ladeados de sombras incógnitas, mão na mão, concordando em tudo, sempre com o sorriso e o beijo de quem se ama apaixonadamente, e na igreja se prometeram fidelidade, confiança nas adversidades, e amor eterno. - Não é justo – gritava francisco junto da cascata onde com o avô, tivera os conselhos de um pai, reivindicando ponderação e compreensão, perdoando à filha o que ele jamais perdoaria à mãe. Legou-lhe aquele lugar sagrado, sabendo que era ali o seu verdadeiro reino, porque fugir é cobardia e já não resolve o que o destino ditou…fingir durante uma vida não é ter coragem – dizia-lhe ele – podes ser o homem mais poderoso do mundo ou o cordeiro mais humilde do rebanho, um dia terás de escolher. Montou o cavalo preferido cheio de ódio e raiva que o animal sentiu quando as esporas lhe sangravam o ventre. Levantou as patas da frente obrigado pelo sofrimento, descomedido, galgou paredes, saltou lagos, deu volta a colinas agrestes banhado em suor num bufar de exaustão, enquanto o cavaleiro não via nem ouvia sentia apenas uma dor que lhe apertava o coração sem poder raciocinar, só se apercebeu da crueldade ao chegar à estrebaria quando saltou para o chão e reparou no estado do alazão. Agarrou-se ao seu pescoço e vezes sem fim pediu perdão como se fosse um ser humano. Chamou um criado a quem ordenou de o recolher o mais rápido possível, o limpasse com panos quentes, e lhe servisse uma boa ração de aveia, e só depois lhe desse de beber água” morna” Entrou em casa tristonho e arrependido, já com roupa normal vestido, dirigiu-se à cozinha para beber também um copo de água. Assentado numa cadeira o filho aguardava a sua chegada, como previamente combinado. Levantou-se e aquele olhar meigo foi ao encontro do do pai que disfarçou dizendo: Esperavas-me? - Não foi o que combinámos pelo telefone? - Ah! Sim foi. Já falamos enquanto almoçamos. Durante ao almoço, assentados lado a lado, nenhum dos dois conseguia balbuciar palavra. O filho, humildemente, com a timidez que o caraterizava, pôs a mão no ombro do pai, sendo imediatamente repelido com violência e desagrado. Uma lágrima caiu-lhe silenciosamente pela face vindo desfazer-se no canto da boca trémula, retirando-lhe o apetite. Francisco apercebeu-se emocionando-se, mas apenas disse. - Amanhã seguimos viagem para Nova Yorque arranja as tuas malas que eu mando alguém buscar-te. Certo? Isto é se não mudaste de ideias e que ainda queres ir viver comigo? - Sim quero muito…

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Sabado foi dia de azeitona, sempre a rodar com um rancho de pessoal impecavel e uma merenda comida no campo que sabe melhor que qualquer bom manjar. A natureza foi bastante sínica com muitos agricultores que tiveram pouca ou nenhuma, eu estou grato falhou um pouco e tinha já caido, mas graças a deus ou ao adubo que lhe deitei e o bom trato, estou satisfeito.

domingo, 4 de dezembro de 2022

PEDAÇOS DE MIM Tu não sabes como são os meus dias Os meus silêncios são momentos de reflexão E enquanto escrevo nessa folha de papel perfumada Com as mãos frias com um coração Cheio de tudo e cheio de nada A alma está como os meus dias Cheio de imagens vazias Lá fora ouço a chuva cair no telhado E no meu rosto a chuva que cai São as lágrimas que dizem tudo O que os meus silêncios não falam E esta noite sinto-me mais perto do céu Em cada vazio eu sinto Que mais um pedaço de mim se perdeu Tu não entendes a minha dor Porque ela não é a mesma que a tua E por entre os silêncios Por entre as palavras guardadas E entre as poesias rasgadas A minha alma vagueia perdida E o meu corpo aos poucos Se entrega lentamente nessa despedida Mas espero que um dia as mãos frias Que um dia escreveram tantas poesias Alguém entenda tudo o que se escreveu No meio de tantos silêncios E que abrace cada palavra imperfeita E que o perfume das palavras Possa ser luz nos seus dias E se outra alma entender Se outra alma sorrir Então a minha alma pode partir… Pedro Duarte domingos Martins

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Saudade, Ahhh Que saudade, disse a mente, é verdade responde o coração acelerado, Me lembro de cada detalhe disse o olhar apaixonado, não me aguento, disse a lágrima quase caindo, Calma, disse a razão, quem sabe um dia, disse o tempo sorrindo! Enquanto isso a memória calada, remoendo cada palavra escrita ou falada! O sorriso maroto até insistiu mas logo foi vencido, porque a lágrima caiu, o tempo diminuiu, o olhar perdeu o brilho, a vida saiu do trilho, a razão se perdeu no meio do caminho e enquanto a saudade quiser ficar, a alegria esvai rapidinho, o pouco que sobrou, e o coração? Ahhh pobrezinho, quase parou. Autor Marcos David. via Nanci Nan