terça-feira, 11 de setembro de 2012

A arranca da batata

Uma das tarefas agrícolas, próximo do final de verão, onde cada um, segundo os meios ao seu dispor,  ( antigamente às "ganchas), vão acarretando para casa, tal como a cigarra, para durante o inverno consumir, ao abrigo das intempéries, juntamente com os entes queridos, os quais ajudaram no fabrico até à recolta. A entreajuda prestada pelos conterrâneos é importantíssima, colmatando a desertificação das Aldeias,  procurando-se meios engenhosos, utilizando as novas tecnologias, associadas aos antigos métodos, da charrua puxada pelos animais, vacas ou bois, e mais tarde, mulas ou " machos".

Aqui, prende-se uma charrua ou arado ao escarificador, a pequena distancia, no lado oposto ao andamento do tractor, e,  lentamente o lavrador, vai dirigindo para não danificar as batatas recolhidas, pelos obreiros, munidos de luvas para desenterrar alguma que não tenha ficado à vista.
Já várias invenções foram testadas e não aprovadas, excepto nas grandes planícies, cultivos de grandes dimensões, cujos meios de elevado custo, são compensados pela venda dos produtos.
Ainda existem Aldeias no Nordeste transmontano, onde a arranca da batata é feita como antigamente, às "ganchas", mesmo em quantidades relativamente
grandes, ( 30 toneladas) mas, infelizmente, os "rachos" ou "camaradas" de trabalhadores diminuíram consideravelmente, e a venda dos produtos é praticamente nula, absorvida pelos preçários Espanhóis... para consumo pela abundância!...
O "mata-bicho" é já bem-vindo... o sol projecta seus raios quentes, e a coragem começa a fraquejar!
Vamos lá malta, só mais três sulcos....


E foi assim a nossa manhã de arranca de batatas....




2 comentários:

Vitor disse...

boa tarde amigo António.
já sei que vou ter direito a uma saquinha de batatas.
já á figos?
as uvas já estão maduras?
estou a pensar ir ai nas vendimas.
abraço

antonio disse...

Olá Vitor! já sabes que tens todos os direitos.
Sim já há figos e começa a haver uvas, embora esteja tudo com atraso de 10 a 15 dias. És sempre bem-vindo à tua terra... traz umas histórias para contar. Até breve. Abraço