quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Se ouvesse um tempo


8 h · Editado · 
 · 
... quase poema... ou do bom ano de 2015
Se houvesse um tempo, o ano de 2014 estaria mesmo à beira da morte, estranhamente solitário, numa agonia dolorosa, sentindo a ingratidão da humanidade que ruidosamente celebra o nascimento do novo ano de 2015. O ano de 2015 ainda é um tempo sem história, sem ontem, só um imenso deserto, ainda sem a tua chegada, em que o coração bate e ficamos presos na linha do encontro. Um ano sem emoções, onde ainda ninguém disse: - És tão bonito… e os teus olhos são amêndoas doces… és tão bonita!... e as tuas mãos são a seda de Bragança.
Mas o tempo é esta continuidade imensa... somente marcado pelo sol que se levanta magnífico, brilhante, vestido de lavado para ir beijar as flores e à tarde regressa feliz, do campo, para sua casa. Uma rotina sem ontem, nem amanhã, sem relógios, sem calendários, sem dias, sem meses, sem anos, sem séculos…sem pressa, até quando o sol se canse, apague o lume e vá descansar.
… e o Universo se cala e aguarda no tempo sem tempo, o infinito, o renascer de novo das cinzas do sol, dos planetas e tudo recomeça… e para sempre.
… mas na minha humanidade regresso ao ano de 2014 para agradecer, virado para o sol, para o magnífico sol, o privilégio de mais um ano. O meu tempo não se marca pelo calendário da mesquinhez política, marca-se pelo tempo das rosas, das maçãs, dos morangos, da horta em parto de novidade… o meu tempo marca-se pela tua chegada, pela fonte onde bebemos água e era tão fresca, pelas tuas lágrimas e tiveste medo, pelo teu sorriso e a tarde serenou… pelos olhos das crianças marcando o futuro, por tanta gente bonita que acredita na vida e encontrei à beira do acaso… à beira da surpresa, por tudo … o ano de 2014 foi um ano tão bonito!
… eu sei… os desempregados perdidos nas praças infindas do desespero, os jovens sem futuro à beira da emigração… da partida e ficam os sonhos, eu sei das falências e duma vida que parou, sem horizontes… eu sei dos doentes que roem as unhas nas longas esperas das urgências… eu sei!
… para todos as minhas lágrimas solidárias, fraternas e humanas… Um dia.. .nascerá uma flor e será verde… e sairemos todos à rua agarrando a esperança… nem que seja a última esperança!
… espero-te todos os dias… à beira da espera… para te desejar um bom ano de 2015!

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

feliz ano 2015


visualisações

Caros amigos: como me é possível visualisar todas as visitas deste espaço, diariamente, semanalmente, mensalmente, e até anualmente, do lugar onde são efectuadas, assim como a percentagem e a hora, resolvi hoje partilhar convosco o balanço de fim de ano que julgo surpreendente... fico imensamente grato a todos os visitantes pelo interesse dedicado, e espero poder continuar a alimentar as vossas curiosidades com a colaboração de quem quiser associar-se a esta nobre causa. Abraços atenciosos/ Sinceres salutations/ sincere greetings/ Abrações brasil/ abrazos España/ забота обнять russia/ fürsorgliche Umarmung, alemanha/ турбота обійняти, ucrania/ Salut, suiça,/ congretulations, canada 

and prosperous New Year to all the world
sempre; 

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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Um numero uma história

Júlia, que semeia curiosidades, está no barco dos 674 mil

Existem 674 mil pessoas que vivem da agricultura familiar - ou seja, 6,5% da população residente em Portugal, de acordo com os dados mais recentes do INE. Há agricultores, como Júlia, que lutam todos os dias pela sobrevivência: "O que ganhamos com o que vendemos não compensa o que gastamos". E depois há o caso da MyFarm, uma Farmville da vida real. Durante os próximos dias, o Expresso conta a história de um número - hoje é 674.000.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/julia-que-semeia-curiosidades-esta-no-barco-dos-674-mil=f903744#ixzz3NHvHiq3b

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

BOAS-FESTA


Para os filhos de Murçós que por qualquer razão não foi possivel estarem presentes ao vivo, ficam as imagens do que se fez nesta terra para os festivos Natalícios. Um grande obrigado aos que trabalharam neste sentido com o fim de dar animação, alegria e amor, como jamais faltou numa terra por todos adorada, e nas suas vivas recordações um especial pensamento para pos familiares aqui presentes que também não vos esquecem... Este cantinho deseja-vos as maiores felicidades com SAÚDE PAZ E AMOR.



quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Quando tinha vida boa

  “Quando tinha vida boa”…
Dizia o Óscar, meu sobrinho, ao postar esta foto de caras familiares e bem conhecidas dos sobreviventes à eufórica desertificação da bem conhecida e reputada Aldeia de Murçós, numa rede social… como eu te compreendo, meu rapaz! A vida não era assim tão boa no sentido próprio do termo, porém, na nossa juventude, apesar das numerosas peripécias que frequentemente desaguavam em percalços, contentávamo-nos com fragmentos do pouco que havia para distribuir, ao qual atribuíamos incondicional apreço, sem invejas vaidades nem outros sentimentos supérfluos que pudessem contagiar a aprazível felicidade, vinda de um simples gesto, presenteada simbolicamente, recebida com carinho humildade e amor. As coisas tem o valor que o ser humano lhe quiser atribuir, e quem não sabe valorizar o pouco, dificilmente poderá dar apreço ao muito… Eram outros tempos! Não vamos ser donos da razão e recriminar a evolução inevitável dos tempos frutífera e tão desejada… são esporádicas passagens nostálgicas que nos retrocedem no tempo e na maneira incentivando-nos a comparar, enaltecer, e por vezes criticar, fundamentados em argumentos alargados mas, nem sempre justificados.
Nesta quadra Natalícia, ladeados por cintilantes luzes de formas e coloridos diferentes, ornamentações majestosas, num frenesi dimensional quase apocalíptico, esquecemos mais facilmente um dever cívico e moral, humanístico o qual requereria especialmente a nossa atenção, como pobres mortais, sujeitos a tropeçar e cair na fatalidade caritativa, que nos humilha, envergonha, e martiriza o coração, frágil, ferido no amor-próprio que a dignidade tenta proteger nos esconderijos gelados, mortíferos, por não serem de ferro, sucumbiram à fome, sede, mas sobretudo à indiferença de quem passa bem perto deles, vestido e calçado com pérolas raras, apressa o passo para não chegar atrasado ao copioso repasto confecionado com os melhores produtos do mundo, no aconchego de mansões luxuosas, onde o calor se mantem à temperatura desejada, e os ânimos aquecem com o álcool ingerido, enquanto se aguarda a hora de abertura das ricas prendas, designada pelas doze badaladas do sino o qual
repenicará no dia seguinte com sinais defuntos. Todos sabemos e temos consciência de que Deus apenas enviou um salvador ao mundo, segundo as escrituras, contudo, por vezes, um pequeno gesto basta, para fazer a felicidade de quem vive sentindo-se só, desamparado, excluído… pese-nos a consciência durante todos os dias do ano, lembrando-nos dos que tem fome e frio, que vivem isolados e martirizados pela solidão, que esperam e ninguém vem bater à sua porta, dos idosos abandonados entre quatro paredes que lhe chamam “lares”, enfim… dos que não tem família para lhe desejar as boas-festas.
Quando tinhas vida boa, meu rapaz… eras apenas um puto que jogava ao pião, ou ao burro pelado no adro da Igreja ou no outão; não te sociavas com o que precisavas na mesa á hora do almoço ou jantar… alguém o fazia por ti. As roupas e o calçado apareciam no teu quarto, não por obra do Divino Espirito Santo? Alguém velava por ti… esse alguém está a teu lado, na foto e no céu, porque era um bom pai… um homem íntegro, honesto e trabalhador, que só desejava, como todos os pais, o bem-estar para os seus filhos.
Importante seria o reconhecimento do débito sem fiadores… para ter uma vida boa é necessário lutar por ela… herança não são apenas bens materiais; são sobretudo ensinamentos de princípios e valores dos quais se possam orgulhar os professores.
A vida é realmente boa, aparentemente, na infância e adolescência, sem compromissos nem responsabilidades, dores de cabeça nem insónias … mas, é nesta idade que se começa a urdir um futuro proporcional aos desejos e esperanças… toda a casa se começa a construir pelos alicerces, deles dependerá toda a restante estrutura. Também me recordo da minha vida boa, a de puto a quem o pai natal deixava no soco uma laranja ou dois rebuçados com os quais ficava radiante de alegria na manhã do dia seguinte, vindo a correr para a lareira, por onde ele era suposto passar… era um pai natal dos tempos pobres, que trazia o que podia, e nós agradecíamos felicíssimos. Tantos anos já passaram, e os pais natais se sucederam, sempre com o mesmo espirito convivial familiar, comemorando o nascimento de Jesus, o qual sempre trouxe para alguns, saúde paz e amor, como “no tempo em que tinhas vida boa”



terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Emigração

Todos os anos 243 mil cidadãos da União Europeia, dos quais 30 mil portugueses, emigram para o Reino Unido em busca de uma vida melhor. Mas as regras estão a mudar e Londres está a endurecer o discurso sobre as políticas de emigração. 
  
O governo inglês quer restringir o acesso de estrangeiros ao sistema de segurança social. Ou seja, quer livrar-se dos cidadãos que são um fardo para a segurança social e já o começou a fazer com alguns dos portugueses. Aceita bem médicos, enfermeiros e muitos licenciados, mas não quer desempregados nem pobreza pelas ruas. 
  
A Comissão Europeia diz que isso vai contra os princípios da União Europeia. Bruxelas diz que o princípio é o da livre circulação mas, no terreno, os que emigram, como os portugueses, já sentem sinais desta nova realidade. Foi o que os enviados da TVI verificaram. 
  
«(E)migrações» é uma reportagem da jornalista Alexandra Borges, com imagem de Paulo Ferreira e montagem de João Pedro Ferreira. 
  
   500.000 Portugueses residem já no Reino Unido procurando trabalho que lhes possa proporcionar melhores condições de vida, limitando-se os que não falam inglês aos trabalhos mais precários, salários baixos que mal pagam as rendas de casa, mas, contrariamente a nós que emigramos para outros Países em grande quantidade nos anos 60/70, as condições e os apoios sociais são muito mais vantajosos complementando os recursos com casa grátis, despesas de saúde transportes, e 1000 euros para um agregado familiar de 5 pessoas. Pode ver-se igualmente nesta grande reportagem locais de acolho Português inglês à procura de emprego segundo os corículos, intérpretes, e diversos estabelecimentos portugueses empregadores de centenas de conterrâneos. Compreende-se que a inquietação de excesso de pessoas a entrar diariamente no Reino Unido, nomeadamente Romenos, por parte dos dirigentes deste país, que ameaçam retirar-se da união se forem obrigados a seguir as normas de libre circulação na EU… quanto aos Portugueses sempre foram desenrascados e trabalhadores residentes em qualquer parte do Mundo. Outros Países acolhem a quantidade massiva de Portugueses obrigados a abandonar o nosso País como nos tempos Salazarista, só que hoje podem fazê-lo livremente para bem da nossa comunidade.

REPÓRTER TVI (E)MIGRACOES SEGUNDA NO JORNAL DAS 8

sábado, 13 de dezembro de 2014

Memórias

Decorriam os anos 60. Era então “o puto de vale-dos-amieiros” adotado pela casa grande, branca como neve, recentemente construída por um homem, oriundo da simpática Aldeia de Soutelo Mourisco, a quem poderiam chamar o banqueiro do povo, se nos referirmos às atividades praticadas, quando ainda possuía a tasca no centro da Aldeia de Rebordainhos, por onde passaram almocreves, forasteiros, e mesmo homens de reputação que a má sorte tinha conduzido ao colapso, vergando-se agora ao peso de um orgulho manchado pela vergonha e desprezo, porque os amigos só batem à vossa porta enquanto tudo vai bem… vinham pedir dinheiro a juros exorbitantes ao Sr. Ernesto, mediante fiança de duas pessoas possuidoras de bens superiores ao empréstimo, sujeitas ao pagamento das prestações em caso de falha do devedor, cujo documento passado no notariado chamavam “Letra”. Havia milhares de “letras” encafuadas naquela gigantesca “burra” (cofre) de ferro fundido, no aposento que servia de escritório, onde pessoas restritas tinham acesso, e a combinação para a abertura era guardada exclusivamente pelo próprio, não fosse o diabo  armá-las! Enriqueceu este homem com as 
gotas de suor dos malfadados, e em 1962, quando já morava na sua rica casa acabadinha de construir, adoeceu, falecendo nesse mesmo ano, deixando para trás os adquiridos honesta e desonestamente, com remorsos de consciência ou sem eles, não me sendo possível pronunciar, nem sequer fazer um julgamento, mesmo tendo assistido ao seu fechar de olhos definitivamente, junto do leito onde o P.e João lhe administrou a extrema-unção, e eu de bata branca e a cruz na mão o assisti.
Nesse mesmo ano, tinha o P.e João abandonado a casa de residência paroquial, situada junto do cruzeiro, próxima da Igreja, e foi viver com a mãe, uma santa mulher, a irmã D. Denérida na casa grande da qual era proprietária por herança, que exercia a profissão de professora primária em Espadanedo, e só vinha passar os fins-de-semana e férias. A pequena Angelina, oriunda de Penhas Juntas, foi, tal como eu, adotada para acompanhar a Sra. Professora nas suas deslocações por caminhos enlameados, sinuosos, e extremamente frios através da serra Mourisca onde jaz a fraga dita do “berrão” e as intempéries assustavam o mais corajoso dos humanos. As minhas funções eram de acompanhar o Sr. P.e, fazer os recados da casa,
 enquanto fermentava a ideia de ir a estudar para padre, desejo profundo da bondosa e caridosa D. Denérida, cuja reputação como professora não foi das melhores, segundo contam alunos seus de Espadanedo e arredores, e ainda os de Murçós que fizeram exames de 3ª e 4ª classe com ela, porém todos nós sabemos que a disciplina e o rigor existentes nestes tempos deram bons frutos, embora com alguns exageros…Como humanista foi , tal como a mãe, uma madre teresa exemplar, ajudando os pobres, mas sobretudo, ao retirar todo o efeito ás centenas de letras, que jaziam no fundo da “burra” de ferro, queimando-as  após a morte do seu marido. Trabalhavam na casa, no serviço doméstico, duas raparigas, ambas naturais de Penhas Juntas, que acompanharam o P.e João da Trindade Alves após a sua transferência
 
solicitada para vir substituir o P.e Amilcar, transferido recentemente por razões de mera importância, a D. Irene que casou e seguiu a sua vida, e a Luzia solteira, competente, desenvolta bastante agarrada á pouca família que lhe restava, um irmão por parte da mãe, que permanecera em África após o serviço militar, e escrevia raramente para dar noticias, e a própria mãe a seu encargo quando já velhinha… os caseiros, durante alguns anos, a tia Isaura e o marido, tio Bernardino, homem de tempera que lhe fazia a vida negra com maus tratos, como aliás a maioria dos homens destes tempos rudes, a fazia levantar par ir trabalhar no dia seguinte a um dos vários partos, e ela obedecia sem manifestar fragilidade, nem protestos que  só lhe podiam acarretar mais dissabores… Trabalhava, ou melhor, jardinava, quase por caridade, o Sr. Guerra, já com certa idade, carenciado, vindo não se sabe de onde, com quem tive conversas de adolescente para um homem da escola do mundo, que sempre me deu bons conselhos, e me prometia que um dia seria alguém na vida…
Uma cavalgadura de grande porte, manhosa e má como as mulas, servia para o transporte dos géneros alimentícios, dentro de duas alforges, que eu todos os fins-de-semana, ao Domingo pela tarde, ia acompanhado da moça e da professora, levar a Espadanedo, á casa de funções contígua à escola junto da igreja, onde uma rapariga demente, despida e descalça vinha vezes sem fim puxar as cordas do sino, e me metia medo, obrigando-me a fugir daquele local ás quatro patas, depois da missão cumprida. Mais tarde soube que teria sido internada, mas guardo ainda hoje na minha memória a imagem de uma rapariga selvagem de cabelos soltos ao vento, eriçados e sujos, completamente nua, rosto coberto de raiva que nem a sujidade podia esconder… era a demente que todos conheciam salvo eu…
Montado naquela cavalgadura parecia um pintassilgo na ponta de uma árvore! Um certo dia ao chegar perto se Soutelo Mourisco deu-lhe a pancada que tinha de vezes em quando, e não fosse o freio que apertei com todas as minhas forças ter-me-ia deitado para o chão, tal o estado de esquizofrenia, se assim se pode dizer de um animal, a tornou completamente louca, saltando aos pinotes, levantando as patas da frente, abrindo grande a boca. Capaz de me matar, furiosa como um touro bravo daqueles que se veem nos filmes Americanos. Consegui puxar a corda e prende-la a um cerdeiro junto do caminho, e sabendo que o tio Ernesto tinha um irmão a residir em Soutelo a quem chamavam de nomeada o “soquinhas”, perguntei pela casa dele e veio em meu auxilio, não podendo fazer grande coisa para domar o animal, propondo-se a guarda-lo até ao dia seguinte numa das suas estrebarias, e que disse-se ao Sr. P.e para mandar um adulto recuperá-lo. Estas e outras peripécias passadas em Soutelo e Espadanedo, que conheci nestas circunstâncias enquanto puto, não previam a minha vinda a residir para perto onde hoje tenho amigos, e recordo com nostalgia estes tempos loucos da minha adolescência.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

FELIZ NATAL

                   ESTE BLOG DESEJA A TODOS OS SEUS LEITORES E                              VISITANTES UM FELIZ NATAL NA COMPANHIA DOS SEUS ENTES QUERIDOS

Significado do présepio de Natal
O presépio é uma montagem com peças, que faz referência ao momento do nascimento de Jesus Cristo. Com o menino Jesus na manjedoura ao centro, o presépio apresenta o local  e os personagens bíblicos que estavam presentes neste importante momento cristão.
Origem do presépio de Natal
De acordo com fontes históricas, o primeiro presépio foi montado por São Francisco de Assis no Natal de 1223. O frade católico, montou o presépio em argila na floresta de Greccio (comuna italiana da região do Lácio). Sua ideia era montar o presépio para explicar as pessoas mais simples o significado e como foi o nascimento de Jesus Cristo.
No século XVIII, a tradição de montar o presépio, dentro das casas das famílias, se popularizou pela Europa e, logo em seguida, por outras regiões do mundo.
Tradição da montagem do presépio
É tradição em várias regiões do mundo a montagem do presépio na época de Natal. Os presépios podem varias em tamanho e materiais usados. Existem presépios minúsculos e outros em tamanho real. As peças podem ser feitas de madeira, argila, metal ou outros materiais. O mais comum, atualmente, é a montagem dentro das casas das famílias cristãs. Porém, encontramos também presépios em lojas, empresas, praças, escolas e outros locais públicos.
Peças do presépio (personagens representados)
- Menino Jesus (filho de Deus e o Salvador)
- Virgem Maria (mãe de Jesus Cristo)
- José (pai de Jesus Cristo)
- Manjedoura com palhas em um curral (local onde nasceu Jesus)
- Burro e Boi ou ovelhas (animais do curral, representam a simplicidade do local onde Jesus nasceu)
- Anjos (responsáveis por anunciar a chegada de Jesus)
- Estrela de Belém (orientou os reis Magos quando Jesus nasceu)
- Pastores (representam a simplicidade das pessoas do local em que Jesus nasceu)
Reis Magos (Melquior, Baltazar e Gaspar)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

AZEITONA

 Tempo de azeitona; já quase no fim, porque este ano o tempo esteve do lado dos pobres agricultores, começando-se mais cedo, embora o rendimento sofra pequenas alterações compensado com o peso.
Vou publicar algumas fotos do momento mais desejado do dia, que é a hora da merenda! As varejadoras não param e as lonas cobrem o olival. Deixando-o como  tapetado em verde, e o esforço excede as energias… há vezes que os limites são ultrapassados, mas, sempre com harmonia e boa disposição, que o sol brilhante aquece as encostas do Vale grande Pia ou Val-da-porca. E a noite chega e com ela o regresso ao povoado quase deserto, pois só os que já não podem ficam em casa.
Alguns dos filhos residentes fora vem dar uma mãozinha aos familiares, alguns de bastante longe, porque a agricultura embora esteja de rastos, é dela que nos alimentamos para completar as magras reformas, ou os ordenados irregulares (jeiras).
Em Murçós as noticias também escasseiam, mas como se costuma dizer:  quando não há noticias são boas noticias. Ficamos a aguardar a visita daqueles que tiverem a possibilidade de vir passar Natal neste canto perdido mas que jamais perderá as saudades de todos vós.