quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Si...

Si pudiera vivir nuevamente ...
"Si pudiera vivir nuevamente mi vida
en la próxima trataría de cometer más errores.
No intentaría ser tan perfecto, me relajaría más.
Sería más tonto de lo que he sido
De hecho tomaría muy pocas cosas com seriedad.

Sería menos higiénico; correría más riesgos, 
haría más viajes, contemplaría más atardeceres,
subiría más montañas, nadaría más rios.
Iría a más lugares a donde nunca he ido,
tendería más problemas reales y menos imaginarios.

Yo fui una de esas personas que vivió sensata y
prolíficamente cada minuto de su vida, 
claro que tuve momentos de alegria,
pero si pudiera volver atrás, trataría de tener solamente
buenos momentos.

Pero si no saben, de eso esta hecha la vida, solo de
momentos; no te pierdas el de ahora.
Yo era uno de esos que nunca van a ninguna parte sin un
termómetro, una bolsa de agua caliente, um paraguas y un
paracaídas; si pudiera volver a vivir, viajaría más
liviano.

Si pudiera volver a vivir comenzaría a andar descalzo a
principios de la primavera y seguiría así hasta concluir el otoño.
Daría más vueltas en calesita, contemplaría más amaneceres
y jugaría com má niños, 
si tuviera outra vez la vida delante.

Pero yá vem, tengo 85 años y sé me estoy muriendo!..."
Desconhecidoimagem do google

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Destinos e destinados


Destinos e destinados        Por António Braz
2ª Parte
Fernanda foi encontrada num jardim público, no dia seguinte, quase morta de frio fome e sem alento, por um Senhor que passeava seu cão. Não sabia como tinha ido parar ali, apenas se recordava que estivera à beira do abismo. O suicídio era a única saída que via, porém, algo ou alguém a agarrava puxando-a … e depois de tantos avanços e recuos caiu numa espécie de coma barbitúrico. Assustado com a descoberta do seu cão lavrador, o senhor Félix, médico de profissão, tomou imediatamente o pulso da rapariga. Vivia; embora em estado de hipotermia avançado. Pegou no telemóvel para ligar à polícia, mas logo a rapariga, mesmo em estado de debilidade, gesticulava com a mão negativamente. -Não? Mas… levou a moça para a sua casa e só quando já tinha recuperado, teve conhecimento da sua história com todos os pormenores.
Era Sexta-feira, e como em quase todas as Sextas-Feiras, a família do Carlitos, preparava-se para ir passar o fim-de-semana na casa do campo. Ao pequeno-almoço repararam, que a mesa não tinha sido posta como de costume, o que afligia a Senhora Beatriz, visto o marido poder ficar de mau humor para o resto do dia… gritou percorrendo toda a casa, à procura da Fernanda, subiu ao andar superior onde ela dormia, e nada. Perguntou ao Carlinhos se a tinha visto e este respondeu negativamente sem se sociar do que poderia ter acontecido…
Na casa do campo morava um caseiro e a esposa disponibilizar-se-ia para as tarefas correntes, pelo que o caso Fernanda caiu brevemente no esquecimento, e, criadas não faltavam por aí…
Para o Carlitos e júlia era mais um fim-de-semana tão desejado que não hesitavam em zarpar para os lugares secretos que tão bem conheciam, e onde podiam dar asas aos desejos de beijos ardentes, sem jamais terem passado essa barreira imposta pela moça que sabia perfeitamente que aquele homem por quem estava apaixonada nunca seria seu marido dadas as diferenças sociais, e os pais não eram de sentimentos. Brincavam como gaiatos enrolados num prazer de felicidade em cada minuto que passava, como se aquele viver pudesse durar eternamente… corriam pelos campos fora como loucos, nadavam nus na ribeira, trocavam olhares apaixonados, e riam, riam de tudo quanto era imposições, obrigações, comportamentos, indiferenças, enfim… só existiam eles no mundo. Mas o Carlitos possuía o dom de predador com orgulho desmedido, e na sua cabeça cogitava desde há muito tempo, a maneira astuciosa de fazer cair na esparrela aquela moça que fazia palpitar seu coração, e por quem nutria um ansejo incontrolável de possessão. Já tinha desperdiçado demasiado tempo pelo que chegara a hora de passar aos atos concretos. Foram dar uma volta de automóvel até ao castelo deserto, e pelo caminho as suas mãos zanzavam pelas partes intimas da moça, que incomoda ia sapeando resistindo, resistindo, até que: Pararam o carro num caminho escuro e deserto. E enquanto se beijavam ardentemente o Carlitos carregou no botão de baixar o assento. Caíram um sobre o outro e aí ficaram enlaçados num ato consumado.
De volta a casa, Júlia reparou na mudança de atitude do rapaz, e não compreendia aquele inédito abstratismo, perguntou: - Não foi bom Carlinhos meu amor? Porque ficaste assim? Não era o que desejavas desde que nos conhecemos?
- Pensava que eras só minha? Esperava tanto ter-te só para mim…
- Em que século vives? Eu sou só tua.
- Como posso acreditar, se a tua virgindade pertenceu a outro?!
- E tu? Será que podias ser-me fiel, e casar comigo?
-Falamos de ti… e acredita que me dececionaste. Gosto de ti, mas…
- Mas tens namorada com quem vais casar e eu que fique para aí à espera do Rei que traz um sapo na barriga, disposta a aceitar os teus caprichos de menino mimado que não vive no mesmo século dos outros mortais e faz exigências convenientes ao seu ego. É assim?
Separaram-se nestes termos, e quando se aproximavam de casa sentiram os olhares dos pais do Carlos que pareciam adivinhar o que se tinha passado e a mulher olho para o marido com ar interrogativo ao mesmo tempo que dizia:
- Creio que devemos averbar o casamento, não achas?

sábado, 10 de novembro de 2018

Puridade

 Puridade
Por António Braz
Passadas QUATRO décadas no “frenezy” da tutoria inerente, começaram a manifestar-se, na personalidade específica do puto, sintomáticas mutações depauperadas recorrentes da apatia, talvez assolado pela saturação e monotonia, ou pelo pavor de envelhecer eremítico longe de tudo e de todos, sem carinho nem afeto; sem uma verdadeira família, esposa e filhos para dar e receber carinhosamente, o que um bom coração encerra e não permite espairecer. Viveu, até esta data, tão intensamente, segundo os seus próprios critérios de conduta, simples e honestamente, guardando o mais secretamente possível, momentos inesquecíveis, de fraqueza, os quais poderiam ser considerados errôneos, de profanações pelos que creem em propagandas baratas de teólogos os quais põem o carro à frente dos bois e não se cansam de dizer: “fazei o que eu digo e não façais o que eu faço! E o puto regredia no tempo e revia o filme desses bons pregadores, transgredindo, praticando atos malévolos, abandonando filhos para preservar o sacerdócio, dar aos ricos o que pertencia aos pobres, e sem remorsos partir para o que: alguns lhe chamam de outro mundo, sem deixar o legado de um tostão àqueles a quem concebeu a vida, e uma simples confissão baniu do pecado.
Voltando ao puto, matutava, cada vez mais frequentemente, na ideia de deixar de lado este viver, que, mesmo sendo maravilhoso, a longo prazo tornar-se-ia subversivo. Começou a frequentar “dancings” na esperança de encontrar a sua metade a fim de construir um futuro, porém, rapidamente notou que não eram de todo o género de pessoas que procurava. Os amigos apresentavam-lhe fêmeas que também não possuíam os requisitos necessários. Continuava a divertir-se com elas sem pretensão alguma nem ofensa do termo, mas, o tempo escasseava, oscilava, e começava a sentir vexame em convívios com pessoas mais jovens, embora espiritualmente guardasse rejuvenescimento.
E num dia de primavera, estacionado na praça de táxis da “porte de champerret”, enquanto esperava os clientes, teve uma espécie de sonho tão profundo, onde a sua vida iria ter uma reviravolta tão acentuada que o levaria a deixar a profissão que exercia e o saturava, encontrar uma mulher com quem casaria, e juntos trabalhariam agradavelmente num prédio de seis andares; teriam duas filhas tão lindas que na rua as pessoas mandavam parar o carrinho para as admirar, um lar tão feliz como o dos contos de fadas. E foi uma real visão que o puto teve… no decorrer desse mesmo ano, num baile de verão, na pacata terra que era a sua, foi chamado para um canto mais discreto por um amigo mais velho que ele, e vinha acompanhado de uma senhora, que lhe apresentou… cumprimentou-a cordialmente, sem deixar transparecer a empatia. Foram dançar várias vezes mas o diálogo não se estabelecia… até que por fim ela deu-lhe o seu endereço em paris caso quisesse visitá-la.
Não ficou muito entusiasmado o puto, porém, para satisfazer a curiosidade, foi visitá-la chegando pouco tempo depois à conclusão que era a mulher que aparecia na sua visão. Também os ouros desejos se concretizaram, e o puto que não acreditava em visões foi subjugado de onde saiu feliz.

sábado, 3 de novembro de 2018

Dia de todos os Santos

 Dia de todos os santos por: António Brás
Tal como cantava “ Carles Aznavour; ils sont venus ils sonttous là “ para honrar os heróis da terra, que o uivar do vento numa noite invernal de pavor silenciou perante a estupefação dos sincelos (candeolos) pendentes dos beirais, também eles envelhecidos pelo tempo, e as impressões digitais deixadas na brancura da neve, nos caminhos que tantas vezes pisaram, revelam nostálgicas saudades, daqueles que jazem noutro panteão, por esse mundo fora… e o cemitério seria tão pequeno… e na igreja não caberiam todos… e a Aldeia já não os reconheceria… porque deixaram seus ninhos, e como as andorinhas só voltaram alguns filhos, um ou outro neto, não fugiram, perderam-se, andam à deriva ou estão em paraísos, assim estava escrito.
Com perfumadas flores ornamentamos os vossos túmulos, com lágrimas expandimos as saudades, e com carinho e amor recordar-vos-emos para sempre.
                                               DESCASEM EM PAZ