sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Trovante «Saudade»

Saudade

Trovante

Há sempre alguém que nos diz: tem cuidado
Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco
Há sempre alguém que nos faz falta
Ahhh, saudade...
Há sempre alguém que nos diz: tem cuidado
Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco
Há sempre alguém que nos faz falta
Ahhh, saudade...
Chegou hoje no correio a notícia
É preciso avisar por esses povos
Que turbulências e ventos se aproximam
Ahhh, cuidado...
Há sempre alguém que nos diz: tem cuidado
Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco
Há sempre alguém que nos faz falta
Ahhh, saudade...
Há sempre alguém que nos diz: tem cuidado
Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco
Há sempre alguém que nos faz falta
Ahhh, saudade...
Foi chão que deu uvas, alguém disse
Umas porém colhe-se o trigo, faz-se o pão
E se ouvimos os contos de um tinto velho
Ahhh, bebemos a saudade...
Há sempre alguém que nos diz: tem cuidado
Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco
Há sempre alguém que nos faz falta
Ahhh, saudade...
E vem o dia em que dobramos os nossos cabos
Da roca a S. Vicente em boa esperança
E de poder vaguear com as ondas
Ahhh, saudades do futuro...
Há sempre alguém que nos diz: tem cuidado
Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco
Há sempre alguém que nos faz falta
Ahhh, saudade...

Pelo termo...

                                                                               
                 Foi mais um passeio matinal debaixo de intensa chuva, fria, gelando-me o rosto (como na canção de Mariza) e o vento forte soprava provocando grandes dificuldades, para segurar o guarda-chuva, meu companheiro de viagem, com o qual trocava impressões relativas à desertificação das pessoas integras, das quais só restam vestígios de um olhar para trás… atravessando, uma vez mais a Aldeia de lés a lés, vendo apenas uma velhinha que tentava regressar ao aconchego da lareira, onde se refugiam os restantes moradores desta terra com semelhança fantasma no sentido de desambiguação dista da civilização que a minha mente colocou lado a lado com a “Rue du Fauboug Saint Honoré, num dia próximo das festividades Natalícias, onde os engarrafamentos medonhos suscitavam nos passantes correndo apressadamente de um lado para o outro, como formigueiro, à procura das ocasiões


excecionais de compras onde se situam as lojas mais reputadas e caras da cidade de Paris… e neste penar de lamentações, surge o olhar para a frente, ou seja, o envelhecimento que fora premeditado de forma diferente, em tempos otimistas de ilusões, onde os cidadãos sabiam fazer a diferença entre o civismo e o : “olho por olho, dente por dente”! Nestes tempos, de dificuldades e pobreza, vivia-se em harmonia, o que não acontece hoje em dia, por omissão ou esquecimento, porque ninguém precisa de ninguém, e o parasitismo paira por aí, como abutre referenciado aguardando a hora certa para aplicar o golpe fatal.
Chegava ao Santo António, e ao voltar-me deparei com a placa em zinco que dizia: - BEM-VINDOS À FREGUESIA DE MURÇÓS – e a tristeza invadiu-me… na perplexidade dos meus sentimentos, surgiram passagens diversificadas desde a adoção até a adaptação morosa, mas, que viria a enraizar com tanta grandeza, ao ponto de não suportar ouvir dizer mal, nem do sítio nem de quem ca vive. Contudo, continuo a ser considerado como forasteiro, e, apesar de não me afetar no dia-a-dia que vivo a meus custos exclusivamente, torna-se cansativo, desmoralizador, desprezível.Os lugares por onde passo regularmente nos meus passeios solitários para desenferrujar os membros inferiores, e oxigenar os pulmões com um balão de ar puro, tornaram-se rotineiros, sem aquela beleza paisagista, “charmosa” que as giestas, estevas, pinheiros, e outros

arvoredos campestres suscitavam atenciosamente, e os caminhos conduzem-me sempre a esta casa onde me refugio a ler o último livro comprado, cujo titulo e um texto publicado nas redes sociais, que visito frequentemente e me deixam cada vez mais desapontado os conteúdos publicados, vindos da prefabricação para extorquir fundos monetários, e publicidades mentirosas, me desiludiu o autor com o vocabulário, talvez perspicaz para esta geração á “rasca”, mas deveras repugnante contextualmente. Saturado das amizades virtuais que servem apenas a coscuvilhice, travo lutas desenfreadas no jogo de damas contra opositores não sei de onde, mas, que como eu, gostam de ganhar ainda que seja a feijões… eis o meu matar do tempo, enquanto Ontem desci pela estrada de Ferreira até água-dalte, subi o caminho que vem dar ao velho campo de futebol onde me quedei alguns minutos relembrando os tempos em que as equipas de Murçós e Rebordainhos ali se defrontavam, com o mínimo de condições para o exercício deste desporto. Fomos derrotados uma destas vezes por 8-o, mas não saímos de lá humilhados… em primeiro lugar porque Murçós quase sempre teve uma equipa melhor que a nossa, e depois porque o campo tinha uma elevação gradual, sem linhas, balizas de madeira com trave de corda, e um “bec” que metia a bola na baliza com a mão nos lançamentos de fora. Lembro não chega o tempo bom para a apanha da azeitona.com grande emoção o nosso guarda-redes Albino, que faleceu com um cancro cerebral no auge da idade, deixando três filhos de tenra idade ao encargo da esposa cujo sofrimento compartilhou durante o tempo de fase terminal, regressando despedido dos médicos a casa, e, como um mártir, soltava gritos que se ouviam do centro da Aldeia… de salientar que nesse tempo ainda não era aplicada a morfina para atenuar o sofrimento, pelo que jamais esquecerei este amigo, bom e generoso, trabalhador e honesto, herança de uma família exemplar. Que Deus te reserve o lugar que mereces no céu, grande amigalhaço.

sábado, 22 de novembro de 2014

Pelos caminhos de Vinhais

  Tinha passado dois dias terríveis a consultar, analisar, com senso, maestria, e complacência, fatos pessoais que me deram volta à cabeça de forma tão radical, que o eu já não era eu… senti na pele um pavor excessivo, e no coração a mágoa do desespero, que nos retira todo discernimento, caindo num raciocínio indutivo. De volta a casa, após uma noite passada ao relento, num estado de insonolência agravado, fui tentado por “espíritos malignos,” acordado, a fugir para longe dos seres vivos, esconder-me nas profundezas do silêncio, cego, mudo, sem corpo nem alma; apenas uma silhueta misteriosa, errante pelas ruas desertas de uma terra que como eu perdera a dignidade, o fervor e a alegria de viver… poucas ou nenhumas, foram as pessoas com quem me encontrei na minha rota sem destino, e na abstração de conversas fúteis, num fugitivo saudar de boas horas de cara voltada para o lado oposto, e no desinteresse comum de manifestar o desejo do cessar da chuva, já com as últimas castanhas apanhadas e vendidas a bom preço este ano, ruminava vezes sem fim no meu pensamento, aquela alegria exuberante que um dia me trouxera aqui, com fé, mas sobretudo esperança, de viver dias felizes aos quais todos os seres humanos tem direito, independentemente do lugar onde tenham nascido…
E inconscientemente, contei mentalmente as casas existentes na pacatez desta Aldeia… duzentas - segundo os sensos realizados em 2011. Mais de metades estão desabitadas, e é grande a percentagem das que mora lá apenas uma pessoa… como é triste! O autocarro escolar vem buscar 4 crianças com mais de seis anos e apenas duas com menos… e os idosos vão partindo cada vez mais numerosos na rota do desespero que os isola deixando-os temerosos com o que possa acontecer numa destas noites escuras e frias de inverno, que já nem um cão se ouve ladrar! - Murçós foi uma das aldeias que sofreu muito com a desertificação massiva e o envelhecimento – confidenciava-me um colega de formação em Macedo de Cavaleiros – Murçós é hoje simplesmente o refúgio dos inconscientes e dos que julgam ser tarde demais para abandonar o barco à deriva…
 De volta a casa, manifestei numa rede social o meu precário estado de espirito pensando aliviar o peso que me sufocava com remorsos de consciência, culpabilizando-me dos resultados infrutíferos, desastrosos, dos quais me sentia responsável embora indiretamente…
Pelas 21 horas recebi um telefonema de dois primos de passagem pela terra, que alertados por um terceiro, homem exemplar de bondade, sempre disponível benevolamente para ajudar os outros, carenciados ou vulneráveis, de incondicional fé em Deus e na religião cristã que pratica assiduamente, me convidaram para almoçar com eles num local marcado. O convívio é realmente uma terapia saudável que nos ajuda a combater os preconceitos e os percalços que a vida nos reserva…
 Após o almoço fomos passear o resto do dia lá para os lados de Vinhais, onde as paisagens outonais sublimam olhares tristes, e consolam corações martirizados. Foi realmente o “golfo” de oxigénio que os nossos pulmões precisavam para voltar a sorrir, rir e brincar esquecendo todos os problemas do mundo. Os castanheiros outoniços de Mós e celas, velhos de centenas de anos começavam a despir-se o que lhes dava um “charme” peculiar, enquanto na encosta, Negreda e a sua quinta dos castanheiros aguardavam sorridentes a chegada dos hospedes vindos para aliviar do stress cotidiano; do outro lado, Martim, Refoios e Zoio, serenavam na última recolta da castanha. Chegados a Nunes começamos a ver Vinhais esplendoroso na
 
 encosta, e a magnifica Aldeia de Cidões, ladeada de serras e banhada pelo rio, uma maravilha! Numerosas foram as fotos que do miradouro majestoso tiramos, como crianças que brincam alegres e felizes, alheias às peripécias da vida. Até o grande assador de castanhas, o maior do mundo, podendo assar uma tonelada, de cada vez, nos acolheu de braços abertos. Estou imensamente grato aos primos e sobretudo ao Carlos que mesmo de Lisboa não lhe passou despercebido um problema familiar.







quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Missão cumprida

  Todo ser humano necessita extrair, de vez em quando, aquele bichinho que o microscópio não enxerga, nos pesa na consciência, ou martiriza o coração, se esgueira como enguias… e o sentimento supera a discrição, a humildade sujeita-nos momentaneamente a exigências formais onde só existe uma razão; a verdadeira: Aquela que passamos a vida a esconder para salvar as aparências… simulamos ironicamente o que queremos ser, mas, chega o tempo em que a corda parte… resistiu tanto tempo!
Era uma consulta de rotina, com o médico de família. A Dra. Pareceu-me mais atenciosa que de costume – todos nós temos dias assim, de melhor disposição – pensei enquanto folheamos discretamente o processo clinico. E o verdadeiro tema de conversa inesperado iniciou com o ruido de três pancadas suaves na porta, e a abertura da mesma, aparecendo a enfermeira, com a informação de que uma senhora paciente, utente sua, se sentia mal…
- Não posso recebê-la… estou em consulta… que aguarde.
E a enfermeira apreensiva lança-me um olhar de compaixão, como um SOS, ao mesmo tempo que me pergunta:
- O senhor viu-a… ela parecia realmente mal?
- Se está mal porque não se dirigiu diretamente para a urgência? Encaminhe-a para lá…
E a enfermeira aprestava-se a desistir da sua persistência, desiludida e frustrada, por não ter conseguido que a pobre mulher recebesse ali os primeiros socorros. Saiu e fechou a porta, lentamente levando consigo a revolta de quem não é ouvido em defesa de uma boa causa…
- A senhora parecia realmente mal… – disse eu num tom de voz suplicador.
E a razão aliada com a justiça venceu. A médica levantou-se – enquanto a incentivava com estas palavras; vá que eu tenho tempo… - e correu atrás da enfermeira. Administraram-lhe os primeiros socorros, assentaram-na numa cadeira de rodas, e enviaram-na com uma enfermeira para a urgência, onde telefonicamente falou com um colega e lhe explicou o caso e a patologia da doente.
Quinze minutos depois, quando voltou, olhou-me olhos nos olhos, e parecia querer justificar a sua hesitação…
Mas antes que ela balbuciasse palavra, disse eu:
- Não se pode ser velho!
- Pois não – retorquiu com os olhos inundados de água, que me sensibilizaram ao ponto de sentir também uma lágrima deslizar lentamente pelas faces, cujos óculos testemunhavam apenas, não podendo exercer a sua opacidade.
Às nossas mentes tinham chegado as imagens dos nossos pais, e talvez a confirmação do que nos espera futuramente…
Conversamos durante tanto tempo que perdemos a noção. O tema englobava o passado e os nossos progenitores… ficaram de lado os preconceitos e o pudor, e, como dois miúdos inocentes, contamos parte da história que marcou as nossas vidas.
Oriundos de uma Aldeia do concelho de Macedo de Cavaleiros, seus avós maternais possuíam uma casa de lavradores abastada, e uma numerosa família que enviaram estudar, nos tempos salazaristas, salvo uma rapariga, a mãe da nossa médica, não por falta de meios ou discriminação, mas porque segundo a lógica de critérios dos antepassados, uma rapariga nunca deve abandonar o lar maternal, para velar pelos mais velhos em seu tempo, e vigiar os criados ao serviço da casa… esta senhora jamais demonstrou ressentimentos, cumprindo com os valores e princípios adquiridos, em detrimento de estudos que lhe poderiam ter dado outro estatuto na sua vida ativa; também não manifestou arrependimento pelo cumprimento do seu dever de filha. Casou com um homem honesto, trabalhador, e que sempre lutou pelo bem-estar das três filhas, enviando-as a estudar para Bragança, onde estiveram hospedadas, numa das duas residências existentes de um lado e do outro da praça da Sé, cujo rigor disciplinar era bem conhecido das estudantes dos anos 80. Estudiosas, empenhadas e responsáveis, as três raparigas, terminada a escolaridade secundária, inscreveram-se nas universidades do Porto e Coimbra, de onde saíram diplomadas, em germânicas, medicina, e advocacia. Seu pai, recebeu um dia um telefonema da filha mais nova anunciando-lhe o resultado do seu último exame, que lhe permitia exercer, a partir daquela data, a profissão de advogado, ao que ele respondeu soltando um suspiro: MISSÃO CUMPRIDA.
Pelo caminho ficavam as dificuldades das raparigas, nas suas deslocações, a Coimbra e ao Porto, em tempo de férias, pela linha de caminhos-de-ferro do Tua, em invernos medonhos, enquanto o coração dos seus pais batia a duzentos km hora, apertava enquanto não recebiam a notícia de que tinham chegado bem ao destino. O pai falecera – e novamente os olhos da Doutora se inundaram de lágrimas – com o sentimento de ter cumprido a missão que o dever de pai lhe impunha. A mãe, de 92 anos de idade, vive com a filha médica, tendo as três irmãs chegado a um comum acordo, após ponderarem, a possibilidade de a institucionalizar num lar particular, ao qual renunciaram em reconhecimento pelo que tinha feito por elas e pela própria mãe, e conscientes de que estavam a trair um sentimento nobre, enviando aquela mãe carinhosa para uma prisão da qual guardariam os remorsos durante o resto das suas vidas.

Contei a minha história. A de uma mãe carinhosa de filhos e netos. Que sofreu, e foi feliz junto daqueles que tanto amava, e eram tão numerosos! Tentei tudo para mantê-la na sua pobre casinha, até que uma manhã vim encontra-la estatelada no soalho junto do leito, e perante a recusa de a senhora que cuidava dela em vir dormir para a sua casa, não tendo outra alternativa, resolvi institucionaliza-la, continuando a ver, a todos os instantes da minha vida, aquele olhar suplicante de não a deixar naquele lugar mórbido, frio, aterrorizador, onde as aparências são tão diferentes da realidade! Onde esperam dia após dia o fim do calvário, com o sentimento de serem abandonados pelos entes queridos, tratados como estátuas ou pior, como trapos velhos, sem remorsos nem sensibilidade humana, como contam as empregadas que lá trabalharam… mudei-lhe as fraldas, mas, não cumpri a minha missão. Sei que me espera um tratamento idêntico, talvez assim possa aliviar os remorsos de ter tomado a decisão, que tantos filhos tomam: a mais conveniente.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

casos

Seguindo a cronologia,  ciência das divisões do tempo e da determinação da ordem e sucessão dos acontecimentos, relatados parcialmente, nos postes anteriores, formulei a tese, que defendo sem oscilar, com o sentimento de subjetividade, afetivo, indignado, incrédulo e inundado na impotência preponderante de nada mais poder ter feito para evitar que as ovelhas taciturnas prevalecessem teimosamente em seguir um pastor maquiavélico por caminhos sinuosos cuja conduta os levaria à rutura irreversível e desastrosa, que as lágrimas derramadas e os remorsos de consciência jamais poderão trazer de volta…ser bom e honesto não paga; viver num País onde não existem valores nem princípios, onde o civismo se torna um metabolismo abstrato; a avidez se associa à presunção; a traição abismal contagia com a vicissitude alargada, arrepiante, nefasta, sem remissão, é o calvário imposto pelo supremo, a quem trocou inconscientemente uma vida feliz por um viver incerto, conjuntural…
Quando se sabe que nas freguesias circundantes, nas últimas eleições autárquicas, foram recenseados 60 ou mais eleitores, no último dia do tempo imposto por lei, podendo dois dias depois, mudar a residência, a troco de 3 euros, preço pago pelos presidentes hoje eleitos, e que os eleitores encontrados até nos hospitais, desconheciam, sendo levados ao colo votar, e provavelmente desprezados até que haja novas eleições… se isto não é politica de falcatrua, então o que é? Quem permite tais procedimentos é o nosso governo, os legisladores, subornados e corruptos, utilizando o INE e as estatísticas desastrosas, para decidir a manutenção das freguesias, e servindo-se da (BDIC) base de dados de identificação civil, cujo cartão de cidadão integra um chip, com as palavras passe correspondentes, às diversas institucional idades, podendo ser modificadas por tempo indefinido, apenas verbalmente, sem exigência de qualquer comprovativo oficial.
Quanto à pergunta: porquê tantas lutas para aceder ao poleiro de presidente de freguesia que ganha durante os 4 anos de mandato a bagatela de 3.000,00: é um sujeito “tabout”… presumem-se determinadas ações de malabarismo que fogem à legalidade, dividindo o bolo com os técnicos oficiais de contas, e outros intrusos, refugiando-se ao abrigo das fiscalizações inexistentes dos tribunais, arquivando as denuncias ou pedidos de auditoria… sabe-se que os fundos de financiamento das freguesias possuidoras em média 200 eleitores, enviam para estas cerca de: 125.000,00 em prestações (4) anuais… que o Município comparticipa na quase totalidade da execução das obras, e que a venda das campas 250,00 reverte totalmente, assim como licenças de cães, e pagamento de águas, prevalece a pergunta: ???
A eleição de um executivo não residente, que vive e trabalha não se sabe onde, é mais um dos problemas que afetam gravemente os cidadãos eleitores que pagam os seus impostos, e batem com a cara na porta da sede da junta fechada, esperando pelo fim-de-semana dia em que passa rapidamente um dos três, para assinaturas prováveis. A este propósito, confidenciou-me uma senhora respeitada oriunda de Murçós o seguinte:
- Desloquei-me do Porto a Macedo de Cavaleiros, na carreira, um dia de inverno medonho, frio, chuvoso, para legalizar uma propriedade urbana, cujas finanças, me exigiam um atestado formal, passado pela junta de freguesia, que justificasse o prédio ser propriedade minha… como não sabia quem era o presidente da freguesia, dirigi-me ao Município, solicitando esta informação, onde me responderam ser um senhor de Espadanedo. – Onde posso encontra-lo? – Perguntei.
- A estas horas em lado nenhum – responderam – trabalha para a Câmara na barragem pelo que , só à hora de almoço…
- Podem então os senhores passar-me o a testado que necessito?
- Não.
 Podem então dar-me o contacto, por favor?
- Também não podemos, mas… posso eventualmente contactá-lo eu.
Ligou para o senhor que respondeu, passar às 13h por Macedo, e falar com a senhora no Município, teria de esperar cerca de duas horas.
Como não aparecia às horas marcadas, a senhora pediu à telefonista para lhe ligar novamente, pedindo para falar diretamente com ele…
- Vá ter comigo ao café x que eu estou lá a almoçar…
A senhora ficou perplexa, apreensiva, respondendo que não tinha por costume falar com um representante do povo num lugar que não frequentava, e para cúmulo da pouca-vergonha nem sequer conhecia…
- Pergunte por aí que toda a gente conhece. E  desligou.
Não tendo outra alternativa, e, depois de ter feito uma viagem tão maçadora, a senhora, saiu perguntando a Pedro e a Paulo onde ficava o ditoso café, onde esperou pelo sujeito meia hora. Finalmente dirigiu-se-lhe um sujeito, ao qual expôs o seu problema.
- Não tenho aqui nada para poder satisfazer o seu desejo, minha senhora…
- Mas… não é o presidente da junta? Então exerça as suas funções, porque eu vim do Porto e não saio daqui sem ter o meu problema resolvido.
A senhora aconselhou-o a ir ao Município fazer o ditoso atestado, ao que ele aquiesceu, mas quando voltou, dirigiu-se á senhora nestes termos: Volte Sábado próximo, dentro de cinco dias porque não tenho o carimbo…


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

requerimento tribunal

VER EM BAIXO: fazer contas à vida VI os coveiros de Murçós fim





Tribubnal

Requerimento
Tribunal Judicial de Macedo de Cavaleiros
Processo: 377/12.5TBMCD insolvência Pessoa coletiva V. Ref. 739532 08/01/2013
    
Eu, ANTÓNIO BRÁS PEREIRA, portador do CC Nº03539453, venho por este meio informar, tendo como referência uma notificação para o dia 20/02/2013 às 14 horas, cujo motivo seria a reunião de assembleia de credores para apreciação do relatório, que: me demiti do cargo citado, Secretário do Centro Social e Paroquial S. Lourenço Murçós, no dia 25 de Setembro de 2011, como atesta fotocópia da carta entregue pessoalmente, “em mãos próprias,” mediante testemunhas presentes, ao Sr. Presidente do mesmo. Perguntou-me o Pe. Sérgio se o ia abandonar deixando-o numa situação desconfortável, ao que respondi: que podia eventualmente ajudar no que estivesse ao meu alcance, mas por diversas razões a minha posição era irreversível.
Quanto ao alegado, pelo Pe. Sérgio, no processo de insolvência, não reflete minimamente a verdade dos factos, omitindo voluntariamente, decisões tomadas, pessoalmente, sem consultar qualquer membro do executivo ou da fiscalização, violando assim os Estatutos que regem o funcionamento da instituição supre citada. Nomeadamente: reprovação do projeto de construção. Agendamento de reuniões com o Sr. Bispo, narrando Ata sem dar conhecimento do conteúdo, nem arquivar documento, do mesmo modo com a Segurança Social, onde prometeu ter uma reunião com o povo, para esclarecimento dos donativos, quanto à utilidade para pagamento das especialidades; Enviou um ofício, sem conhecimento da direção, para a Segurança Social em Lisboa desistindo da verba 360.000.00 euros, acordada pela PIDDAC, aprovada em Assembleia da Republica e firmada protocolarmente, na sede da Junta de Freguesia, mediante várias personalidades; Diretora S/S, presidente e variadores do Município e outros representantes… Na sua tomada de posse, conferida pela Corporação Fabriqueira que funcionava, e continua a funcionar ilegalmente, sem atividade iniciada nem fiscalização, abertura de conta na Caixa Agrícola, infringindo a lei decretada pelo Banco de Portugal, nomeações verbais dos seus membros, contabilidade sem reconhecimento oficial, etc. herdada, teve conhecimento da situação em que se encontrava o projeto, que nessas datas não possuía cativo nem passivo contabilístico, mas funcionava legalmente com todos os requisitos. Quanto a reuniões, nunca tinha tempo para agendar nem comparecer, sendo eu obrigado a ir ao local da sua residência, ou esperar na Sacristia para a assinatura de documentos, alegando que o Lar só lhe dava dores de cabeça, e não tinha nenhum interesse social, dado que hoje estava aqui e amanhã podia estar n’outro lugar, pelo que as atas eram narradas por computador, e não havendo sede nem arquivos, ficavam arquivadas no gabinete da GATECMAC Lda. e na Segurança social. Mais tarde, quando começou a haver movimentos bancários, com os donativos, cujas fotocópias dos nomes tem em seu poder, fomos os três membros à caixa geral de depósitos reconhecer as assinaturas, onde o Sr. Presidente exigiu que qualquer movimento de conta teria que levar a sua assinatura. Assim sendo, está em contradição, ao dizer que não tem conhecimento contabilístico, sendo ele a assinar todos os movimentos de conta. Foi-lhe igualmente facilitado pelo contabilista oficial de contas, o resumo alargado, assim como as declarações feitas nas finanças e Segurança social., Como atesta quadro emitido pelo Sr. Presidente que me enviou por e- mail.
É lamentável e inconcebível como um homem de Igreja pode ludibriar tudo e todos, com falsas acusações e insinuações mentirosas, sem fundamento nem boa fé!? Foi uma das razões que me obrigaram a demitir-me, ao saber que tinha procedido da mesma forma n’outras Paróquias…
Refere o Sr. Presidente, no ponto 10º que tem conhecimento de um ativo bancário de 80,00 euros, porque terá consultado a conta, e devia ter pedido um extrato integral de depósitos e levantamentos autorizados por ele, e,  tem apenas conhecimento por comunicado, desconhecendo o seu valor, por lhe dar jeito ignorar, sendo fácil para esse tribunal pedir confirmação no registo Predial, de um prédio rustico onde era suposto construir um Lar para idosos, que ele tentou já vender à Junta de Freguesia? Insinuar com falsidade este e tantos outros factos sem remorsos, demonstra a sua falta de personalidade, a faculdade de camuflar a veracidade dos factos, convencendo da sua isenção de responsabilidade, que atira para quem sempre trabalhou benevolamente, honestamente, socialmente.
Não me compete julgar nem avaliar responsabilizando quem foi o eminente indigno compulsivo encenador dos diferendos existentes, por já não fazer parte desta direção, pelo que peço a isenção legal de comparência, na dita reunião.
Junto anexo alguns documentos comprovativos.
Atenciosamente António Brás Pereira

Ex.ma Sra
Presidente do conselho Directivo
D. Mariana Ribeiro Ferreira
Sua ref: SSC-45460/2012    assunto: rescisão do protocolo de financiamento      28/06/2012


Venho por este meio informar V. Ex.ª  do desconhecimento e desaprovação por parte de dois membros da direcção DO: CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL DE MURÇÓS, António Brás Pereira e Jaime Manuel Fernandes, fundadores e requerentes do financiamento deste projecto, activos eleitos por um prazo de três anos, do envio  de um oficio pedindo a rescisão. Pelo contrário, este projecto continua em vias de concretização, sendo pedida a prorrogação de Alvara por um ano ao Município de Macedo de Cavaleiros, e deferido.
É lamentável que o Sr. Presidente tenha tomado tal decisão sem nos consultar, sendo obrigado por Lei a marcar uma reunião com toda a direcção, obter a aprovação por dois votos, e narrar uma Acta para o efeito. Assim sendo, e segundo o projecto aprovado no âmbito do PIDDAC, com a assinatura protocolar de 27 de Agosto de 2010, não poderá vigorar esta rescisão enquanto não expirarem os dois anos acordados.
Recordo que esta instituição funciona legalmente, com actividade iniciada, três membros do corpo Directivo, e três do serviço fiscal, pelo que pode  levar a Tribunal, este caso por incumprimento das leis que o regem.

Com os melhores cumprimentos



O secretário:

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL S. LOURENÇO MURÇÓS


--- Contabilidade básica global
Detalhada nos extractos bancários…
Ver 1 extracto anual ANEXO

ANO 2011

Totalidade de donativos: receitas =                       16.794,00
 PAGAMENTOS: despesas =                                      16.350,00
Para  2012 =       Transporta                                                444,00

Pago por cheque  GATE MAC especialidades…… aos 14/01/2011              8.800,00
Pago por cheque  GATEMAC  % especialidades.. aos 21/06/2011             4.400,00
Pago Arquitecto Adelino % projecto arq……………aos 22/09/2011              1.500,00
Pago  Eng.º Bruno Pinto % Concurso empreit……aos 16/10/2011                  900,00

RIS em curso, contabilidade organizada.

Ex.mo Sr. Padre

Após ponderada reflexão, associando e resumindo a sua prática na Eucaristia de Domingo, e o pedido contabilístico referente ao Centro Social e Paroquial S. Lourenço de Murçós, cheguei à lamentável conclusão, que me pena e desilude, ao mais alto nível humano e honesto. Os correios, que nos nossos meios, funcionam de : “boca a ouvido”, quase sempre sem fundamento verdadeiro, levaram por certo até si, informações mentirosas, formuladas intencionalmente, para denegrir a honestidade de quem trabalha, benevolamente, com o intuito de levar a termo um projecto de carácter social, e ao mesmo tempo, demolir invejosamente, pela simples razão de escapar à sua liderança.
Foram-me transmitidos valorosos princípios, num meio Sacerdotal e Paroquial onde vivi durante seis anos, pelo que não admito a ninguém, que ponha em causa, a minha boa fé, dons, mas, sobretudo honestidade. Por conseguinte, para satisfazer o solicitado por V. Ex.ª, permita-me sugerir-lhe que consulte os estatutos, Diocesanos, assim como a conta bancária do Centro, de onde pode mandar extrair os extractos necessários, as finanças com actividade iniciada e declarada, e ainda o Instituto de Segurança Social. Contrariamente à instituição “comissão fabriqueira”, o Centro funciona legalmente, competentemente, e transparentemente.
Quanto à contabilidade, que o meu filho faz, benevolamente, oferecendo os seus serviços de contributo, para além do donativo, se houver dúvidas, está disponível para esclarecimentos…
Se o Sr. P.e manifesta o desejo de cancelar um projecto desta envergadura e utilidade social, pelo simples facto de não lhe interessar, e lhe dar dores de cabeça, assuma publicamente, para nós podermos tomar medidas a nível Episcopal e comunicação social.
Grato pela compreensão, com os meus respeitosos cumprimentos

António Brás Pereira

INFORMAÇÃO
O secretariado do: CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL S. LOURENÇO MURÇÓS, informa a população desta Freguesia de que, a continuidade dos procedimentos para iniciar a construção do lar de idosos está exclusivamente dependente de um ofício deferido pela Câmara de Macedo de Cavaleiros, referente ao apoio técnico (fiscalização Eng. Paulo Vilares, coordenação técnica superior, Sra. Belisa Maria Silva Pinto Rua) que detêm em seu poder o Sr. João Fernandes presidente da junta de Murçós, desde o dia 23 do corrente mês, atrasando e pondo em causa o tempo limite que nos foi acordado pela Segurança Social de Lisboa, correndo-se o risco de congelamento, o que é de lamentar, tais procedimentos para com uma obra social de que todos precisamos.
Mais informo, que estes dois Engenheiros disponibilizados pela Câmara a nosso pedido, gratuitamente, nos custariam no exterior 26.000,00, pelo que responsabilizo pessoalmente o Sr. Presidente da junta pelo que advenha das consequências.
Se o deferimento do oficio não nos for entregue, como de direito e dever de um Presidente de Junta que se preze velar pelos interesses da Freguesia, não podemos dar seguimento à obra tão desejada, pois já seguiram em Acta para Lisboa os nomes acima citados.
Para que o bom senso reine, quem não quer fazer, não desfaz… este é o ponto da situação.

O secretário:
António Brás Pereira
Centro Social e Paroquial de S. Lourenço Murçós
Lg. Jogo dos Paus
5340-360 Murçós






                    Exma. Senhora. Vereadora
                                                             Eng.ª Sílvia Cristina Raposo Montes Ferreira Garcia





Sua referência                                         Nossa referência                                     Assunto                                  Murçós
Reg. Ent. N.º 4362                                  29/08/2011                                             Pedido donativo                      26/09/2011            




ASSUNTO: ESCLARECIMENTOS REFERENTES AO PEDIDO DE APOIO FINANCEIRO DO: Lar de terceira idade do CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL S. LOURENÇO MURÇÓS.
           


Como solicitado por V. Ex.ª, vimos por este meio, informar sobre os pontos:
           
1.    Custo previsto para a construção:  780,000.00 euros

2.    Montante do financiamento assegurado pela PIDAC(S/S): 374,000.00 euros

           
3.    Donativos, de instituições, particulares e Junta de Freguesia, na ordem dos 10 a 15%, complementado com empréstimo bancário necessário.

4.    Montante do apoio solicitado: 30% da totalidade dos custos da obra,  234,000.00.


Ficamos desde já gratos pelo empenho do Município na prestação de serviços e ajuda, a fim de levar a bom termo esta obra importantíssima, não só pela carência que se fazia sentir de tal instituição com as mesmas características, nas numerosas Freguesias limítrofes, como pelo facto orgulhoso da aprovação de um projecto regional, por parte do: PIDAC, cuja realização depende agora dos Munícipes de Macedo de Cavaleiros.

Com os meus respeitosos cumprimentos,


O presidente do Centro Social


Ex.mo S. Presidente
              Do Centro Social e Paroquias
S. Lourenço Murçós






           

Venho por este meio, apresentar a V. Exª, a minha demissão, do cargo de Secretário do Centro Social e Paroquial S. Lourenço Murçós, que me foi conferido pelas Entidades legais, o qual tive a honra desempenhar com dignidade e dedicação até esta data.
            Por razões pessoais, cuja divulgação julgo não ser oportuna, e após longa e reflectida ponderação, resolvi deixar este cargo aberto à candidatura de benévolos motivados e confiantes à realização do projecto importantíssimo decorrente.

            Lamento não levar a termo esta missão, desejando coragem ao meu substituto, e certifico a minha possível colaboração, em tudo quanto me seja possível.

Sem mais assunto, apresento ao Sr. Presidente os meus respeitosos cumprimentos,




Murçós, 25 de Setembro de 2011



O secretário:


___________________________________
António Brás Pereira

 PA N.ª 10/2010

Ac. Admn. Esp. N.º 318/05.6BEMDL



                                                           Exmo. Sr.
                                                                       Juiz de Direito do
                                                                        TAF de Mirandela


Não pocedendo meios para o pagamento de um Advogado, a fim de colocar uma acção de impugnação, ao qual faz referencia este processo, venho por este meio informar, após leitura, a omissão de factos a saber:
Houve uma reunião preliminar no dia 8 de Novembro de 2009 como atesta reclamação que anexo, enviada ao Sr. Governador Civil de Bragança, podendo ser solicitada a cópia a esta instituição.
Nesta reunião, não houve acordo referente à votação por unanimidade de lista, ou voto secreto, porque o Presidente Eleito quis fazer valer seus poderes de eleição por ordem da sua lista, da qual discordamos vários membros, sugerindo-lhe a segunda possibilidade, como exige a lei, do voto secreto.
2 – O Sr. Jaime Manuel Fernandes, apresentou a sua demissão por escrito, à Presidente da Assembleia cessante, Adelaide Ferreira Órfão, por motivos de saúde e residir em Lisboa, cuja deslocação para as reuniões se haverava complicada.
3 – O Sr. Governador civil, tentou telefonicamente, conciliar o bom senso informando das regras a seguir, e , tempos depois, reunimos novamente, concordando com o voto secreto, mas como ainda se verifica agora, ninguém narra actas.
4 – O Sr. presidente pôs à votação, dois a dois, como se pode verificar em anexo 2, cujos arquivos narrei e guardei no computador, logo após os acontecimentos.
5 – Junto anexo convocatória, 5
6 – Sugiro que seja apresentado o livro de actas, onde existem suspeições, Nº 45 não coincidindo com o N.º de páginas 40 excessivo.
7 – Quanto à tomada de posse da Assembleia tardia, cabe exclusivamente a responsabilidade ao Presidente eleito e ao Município cujos poderes de execução de obras conferiu por escrito e a nomeação de um elemento, António Carrazedo, para o substituir nos seus cargos e assinaturas, de Dezembro 2009 a Março 2010 visto ele morar em Macedo de Cavaleiros. Acrescento que a realização de obras, calcetamentos, executada pela sua Empresa, e por sua iniciativa, junto das residências dos membros da sua lista, não foi adjudicada a ninguém, segundo resposta sua à pergunta que lhe foi colocada na Assembleia de Câmara, à qual o Sr. Presidente respondeu que seria paga por ele próprio. Julgo não haver transparência, dado o elevado custo, ainda que o Município tivesse oferecido os paralelos.
Fica ao critério do Sr. Dr. Juiz a confirmação destes dados, pessoalmente pelos membros da lista.
            Com os meus respeitosos cumprimentos

Murçós, 29 de Setembro de 2011-09-29



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Quinze anos depois VI fim


Fazendo contas à vida VI

Foi em fins de 2008, em Setembro se não estou errado, que o P.e Zé Maria foi substituído pelo três pêlos, vindo escorraçado de Ala com ameaças físicas, e precedentemente de uma Aldeia do concelho de Mirandela, onde deixou um “calão”por pagar de 25,000.00 ao empreiteiro Cunha e Reis; aqui colocaram-lhe à porta de casa um tacho com uma faca, e ele com certeza compreendeu o significado, não esperou pelos trocos… tinha o destino ingrato de fazer com que aterrasse em Murçós, para infelicidade dos que cá moravam, até à sua chegada…
É um homem pequeno em todos os sentidos do termo, forreta ao ponto de não encontrar quem o acompanhasse com as lanternas, nem com a caldeira da água benta, na visita pascal, querendo que os lacaios o acompanhassem gratuitamente enquanto ele enchia os bolsos. Como diz a adágio e muito bem: - Diz-me de onde vens dizer-te-ei quem tu és!

Herdou a presidência do centro social e paroquial de Murçós, ao herdar a paróquia, e já estava em andamento o projecto da construção de um lar para idosos (15) valências, centro dia, (30) e (30) apoios domiciliários, após três concursos, GIESTA, POPH, e PIDAC, cujas dificuldades para a sua aprovação pelo último, constituíram grande perca de tempo, dinheiro, mas sobretudo dores de cabeça, para encontrar os meios e as pessoas certas à concretização do sonho de um homem, o qual lutou até à exaustão, convicto das necessidades sociais de um povo que eram as suas gentes, esperançado de levar a bom porto, um barco, à deriva, mas… como ele dizia: - Nem que tenha de ir pedir por esse mundo fora… a ingratidão e a má sorte brindaram-no com o desprezo e a invalidez da qual as serpentes venenosas se regozijam ao abrigo da traição que os conduzirá ao inferno, se ele existe…
Sabe perfeitamente a Dra. Teresa Barreira, directora nessa altura, da segurança social de Bragança, o Eng. Rui Correia coordenador regional de Vila Real, a assistente Dra. Teresa Moreira, assim como a assistente social, do percurso sinuoso empreendido pelos que trabalhamos benevolamente, numa luta constante, a fim de recolher o parecer das numerosas entidades, as assinaturas burocráticas requeridas, os pedidos de ajuda, sobretudo ao eng. Benjamim, enfim… kg de “dossiers” exigidos pela segurança social de Lisboa que financiava a obra com a comparticipação de 374,000.00.
Na assinatura do protocolo, como se pode ver na foto, estiveram presentes na sede da junta de freguesia, numerosas pessoas, para além das personalidades camarárias, segurança social, gabinete das especialidades, engenheiros, arquitecto etc. A Dra. Teresa Barreira salientou a prioridade de comparticipações por ser um projecto financiado parcialmente pela PIDAC, acrescentando que a 1ª verba chegaria no inicio da obra no valor de 90,000.00, o que foi revogado pelo novo governo que entrou, que em virtude dos numerosos projectos começados e não terminados, teriam os concorrentes agora de apresentar garantia financeira, e os fundos chegariam à medida que a obra avançava.
Para dar seguimento ao empreendimento já sob a presidência do Sr. três pelos, eram necessários fundos disponíveis  para pagar as despesas correntes, bastante complexas e dispendiosas, tais como: as especialidades, custo mais iva: 25,000.00, concurso público da empreitada em dois  jornais, envio de alvarás, fiscalização e acompanhamento da obra por dois engenheiros com especialidades distintas, pelo que o nosso sonhador, sabendo de uma conta bancária restrita a poucos euros, resolveu pedir às pessoas residentes ajuda, caso contrário o processo estagnaria, e os prazos para a realização expiraria. A recolta dos donativos foi de 16,000.00 que serviram ao pagamento parcial das especialidades, e arquitecto, como se pode verificar neste anexo contabilístico. Sugeri antes de esta opção que julgava perigosa, em caso de “echec”, que se contraísse antes um empréstimo bancário, ao que o presidente e o tesoureiro recusaram. Porém, quando foi necessário pagar ao solicitador o processo virtual de 278.00 tive de avançar o dinheiro do meu bolso, não existindo essa quantia no banco. Foi a partir deste percalço por mim ponderado que resolvi demitir-me do cargo, anexo aqui, mas prometendo ajudar enquanto não fosse encontrado um substituto. Foi pedido um orçamento a dois engenheiros especializados, para acompanhamento e fiscalização da obra cujos custos eram de cerca de 30,000.00. Resolvi deslocar-me a Mirandela a uma associação de engenheiros, solicitando estes serviços grátis, o que me responderam que só seria possível se a obra se situasse no concelho. Resolvi pedir à Câmara, e mesmo de má vontade consegui, ver anexo. Entretanto também solicitei a comparticipação da câmara a obra em 30% da totalidade; foram-nos concedidos 15% pela assembleia o que representava: 150,000.00. Solicitei também várias vezes em assembleia de freguesia a comparticipação cuja percentagem necessitávamos saber ao que o Sr. das areias sempre respondeu: não temos dinheiro, e a obra não é nossa…
O concurso à construção da obra foi ganho pela empresa Cunha & Reis perante 12 concorrentes, cujos orçamentos e condições ofereciam as melhores condições (ver anexo). Entretanto já com a data de inicio da obra marcada faltando apenas a assinatura das duas partes, chegou uma carta de Lisboa exigindo uma garantia financeira de 250,000.00 cota parte que nos cabia já que o iva, apesar das informações erradas que os traidores tentavam dar ao presidente, reunindo-se com ele em particular, enchendo-lhe a cabeça com canalhices sem fundamento, eram reembolsados. Também a empresa Cunha e Reis foi obrigado a fazer uma garantia de construção que lhes custou 1000.00. Foi na assinatura do contrato que o Sr três pelos, influenciado pelos venenosos lacaios em quem confiava cegamente, resolveu abortar um projecto importantíssimo para esta gente simples, crente, vulnerável… foi uma facada pelas costas que deixará sequelas para sempre, e impunes os criminosos, mentirosos, que se serviram de propósitos indignos para justificar a morte de uma obra para a qual trabalhamos de alma e coração. Tentamos ainda por todos os meios salvar com protestos, reunião na segurança social com toda a junta de freguesia, comissão fabriqueira, e membros do cento social, o que podia ser salvo, com o apoio total e a promessa do presidente da segurança social de Bragança Dr. Martinho, que conheci e com quem brinquei enquanto puto, mas o três pelos trazia o diabo no ventre, e nem um engenheiro que participou na obra do padre Miguel em Bragança, experiente conseguiu  dissuadi-lo da obstinação. Foi falar directamente com o bispo que ludibriou com mentiras e falsos argumentos, e, no dia seguinte marcou uma reunião com este e nós todos; com a lição já bem aprendida, o bispo argumentava factos contraditórios, e o Sr. das areias que podia salvar a situação, manteve-se mudo como quem está ali mais para salvar as aparências… supliquei o bispo de ponderar uma decisão importantíssima para as gentes de Murçós e arredores, ao que ele respondeu: - Façam uma reunião com o povo para ver se chegam a um consenso. Mas o Sr. das areias sempre disse que não era obra sua, pelo que baixou os braços combinado com o três pelos com o qual se reuniu numa jantarada  para dar o golpe final enviando uma carta para Lisboa a desistir da verba. Tentou ainda culpar-nos do fracasso, com a vinda de um cónego fazer um sermão de mentiras na igreja. O povo acreditou nele, mesmo havendo dezenas de testemunhas do que foi dito nestas duas reuniões… as gentes de Murçõs vivem da hipocrisia e só tem o que merecem, embora muitos dos que não merecem sofram também as consequências desastrosas. Podiam ter um freguesia activa e um lar para idosos, preferiram seguir os inimigos… amen