A colheita da azeitona por Jaime Fernandess
A partir de meados do mês de Novembro, e até meados de janeiro, pratica-se uma actividade tão dura como gratificante, que é a colheita da azitona.
É um trabalho duro, pois é quando faz mais frio , caem as grandes geadas e o nevoeiro, matreiro cerrado , não ajuda nas tarefasmas; como os olivais estão situados a Sul da Aldeia , e distanciados , as pessoas preparam-se com bons casacos, luvas e chapéu ,sobem para os revoques dos tractores, e, lá vão elas com as varas , lonas e sacas, não esquecendo a merenda, bem-vinda e apreciada, após horas de trabalho
Quando chegam aos olivais, começam a colocar as lonas debaixo das oliveiras, bem “esticadinhas”, dispostas a acolher a caída das azeitonas, cuja teimosía, não resiste às varas manejadas com firmeza e discernímento pelos homens decididos a “varejar” até todas cairem.
Antigamente, utilizavam-se exclusivamente varas de madeira, e,4 ou 5 homens subiam para uma oliveira, batendo adecuadamente, como só eles sabiam fazer!
Felizmente, hoje com o modernismo, e as varejeadeiras, ( varas mecanicas) basta um par de homens par fazer o trabalho, sendo mais fácil e mais rápido…
é gratificante, porque quase todas as familias da aldeia colhem azeitona suficiente, da qual extraem azeite para consumo proprio durante todo o ano.
Algumas delas, mais abastadas, colhem por volta dos 20 mil kilos, que logo vendem ás cooperativas, receptivas e atentas ao mercado mais rentável… é uma frágil compensação para o árduo trabalho permanente durante todo o ano, mas… de gão a grão enche a galinha o papo… e os tempos não estão fáceis para ninguém. O homem nasceu para trabalhar!
QUE O AZEITE SEJA ABUNDANTE
1 comentário:
Olá Jaime!
Recordo bem aquele tempo em que as mãos ficavam simplesmente congeladas na apanha da azeitona, com outras roupas... qual trator ou qual carapuça.Orgulho-me de ter sido educado e caldeado na dureza desses tempos,o que terá feito de mim cidadão do mundo nascido em MURÇÓS, sem virar a cara à luta pela sobrevivência e às adversidades e condicionalismos que naturalmente temos de enfrentar.
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