segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A COLHEITA DA AZEITONA


                                                        A colheita da azeitona por Jaime Fernandess
A partir de meados do mês de Novembro, e até  meados  de janeiro, pratica-se uma actividade  tão dura como gratificante, que é a colheita da azitona.
É um trabalho duro, pois é quando faz mais frio , caem as grandes geadas e o nevoeiro, matreiro cerrado , não ajuda nas tarefasmas; como os  olivais estão situados  a Sul da Aldeia  , e distanciados , as pessoas  preparam-se com bons casacos, luvas e chapéu ,sobem para os revoques dos tractores, e, lá vão elas com as varas , lonas e sacas, não esquecendo a merenda, bem-vinda e apreciada, após horas de trabalho


 Quando chegam aos olivais,  começam  a colocar as lonas debaixo das oliveiras, bem “esticadinhas”, dispostas a acolher a caída das azeitonas, cuja teimosía, não resiste às varas manejadas com firmeza e discernímento pelos homens decididos a “varejar” até todas cairem.

 Antigamente, utilizavam-se exclusivamente  varas de madeira, e,4 ou 5 homens  subiam para uma oliveira, batendo adecuadamente, como só eles sabiam fazer!



Felizmente, hoje com o modernismo, e as varejeadeiras, ( varas mecanicas) basta  um par de homens par fazer o  trabalho,  sendo  mais fácil e mais rápido…
é  gratificante, porque quase todas as familias da aldeia colhem azeitona  suficiente,   da qual  extraem azeite para consumo proprio  durante todo o ano.
Algumas delas, mais abastadas,  colhem por volta dos 20 mil kilos, que logo vendem ás cooperativas, receptivas e atentas ao mercado mais rentável… é uma frágil compensação para o árduo trabalho permanente durante todo o ano, mas… de gão a grão enche a galinha o papo… e os tempos não estão fáceis para ninguém. O homem nasceu para trabalhar!

QUE O AZEITE SEJA ABUNDANTE

1 comentário:

João Manuel Carvalho disse...

Olá Jaime!
Recordo bem aquele tempo em que as mãos ficavam simplesmente congeladas na apanha da azeitona, com outras roupas... qual trator ou qual carapuça.Orgulho-me de ter sido educado e caldeado na dureza desses tempos,o que terá feito de mim cidadão do mundo nascido em MURÇÓS, sem virar a cara à luta pela sobrevivência e às adversidades e condicionalismos que naturalmente temos de enfrentar.