sábado, 23 de dezembro de 2017

FELIZ NATAL

 Os aministradores deste blog desejam a todos os
visitantes um Santo e Feliz Natal; em paz amor e
fraternidade. Em família ou com amigos não deixem que a tradição se perca. Em Murçós a missa do golo realizar-se-à no Domingo dia 24 pelas 22h na Igraja Mtriz.

Caravana



Esta é a caravana dos descobrimentos de belas imagens e videos apoiada pelo Município de Macedo de Cavaleiros por iniciativa  do Senhor Batista de Barros, hoje estacionada no largo de Murçós para depois fazerem a exploração do que possa ser histórico e beleza do território. Agradecimentos por me facultar esta foto... mais tarde veremos o viseo.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

O Reino maravilhoso

 O reino Maravilhoso
É assim que começa esta história; com um título que pertence a outras histórias, mas, tão semelhante às ocorrências reais nesta pacata e tão acolhedora Aldeia que é Murçós em tempos de recolta da azeitona.
Formam-se grupos, uns maiores outros mais pequenos, segundo as possibilidades de cada um, e logo pela manhã, ainda antes do nascer do sol, começam a ouvir-se alaridos e o roncar dos motores, dos atractores, carros carrinhas e mesmo o trotar de bestas já raras neste lugar. O nosso, intitulei-o, não dos sete, porque por vezes eramos mais, mas dos nove anões, tendo como branca de neve a geada que cobre campos, caminhos e arvoredo, com um manto branquinho e espesso derivado das baixas temperaturas durante a noite, (-3 graus) e do que por cá lhe chamam (senceno) nevoeiro. Encapuchados dos pés à cabeça, acomodados dentro de carrinhas de dois lugares, ou em cima dos reboques, lá íamos a tiritar de frio, até ao vale-grande, bicho ou jeropia, como  Schtroumfs encurralados por caminhos agrestes que o mato 
bravo vai tentando invadir. Todos os dias, à mesma hora, lá ia o casal de mais de noventa anos, agarrados à caroça puxada por um macho, dando exemplo aos menos corajosos que se ficam acomodados no conforto das suas casas, stressando, e acarretando depressões nervosas. Posso eu garantir ser uma das melhores terapias para a cura de males imaginários, de sensações de velhice e outros fatores que nos minam pouco a pouco, se nos deixarmos levar pela autodestruição moral ou física.
Chegados ao local de trabalho, retiravam-se os farrapos que pudessem impedir o desempenho das funções previamente definidos, uns com as máquinas, outros com varas e finalmente os da “lonas”. Havia entreajuda sempre que necessário, e como lobos lançávamo-nos ao derrube das oliveiras, como se diz lá para Ferreira, com coragem boa disposição, e sempre em mente o 
mais importante que era trazer para casa o maior número de kilos de azeitona para orgulho do patrão mais novo a quem vamos chamar REZINGÃO. Logo que os raios luminosos e quentes de sol apareciam, traziam com eles a boa disposição. Falava-se de tudo quanto pudesse trazer bom ambiente, troçávamos com carinho daquele que escorregava e caía naquele terreno acidentado com proporções de elevação fora do comum, do que escorregava nas lonas que pareciam lugares de patinagem, daquele que deixava escapar uma frase mais infeliz, do que se passava nos outros ranchos, recolhido como um jornal no café do Reis à noite, cantava o FELIZ oliveiras castanheiros, José Cid em inglês, e todos soltavam uma gargalhado que superava o ruido das duas máquinas, e o SABICHÂO deixava-se cair de riso, mas, logo o REZINGÂO se fazia 
ouvir chamando à ordem o pessoal; é talvez o melhor derrubador da terra com a máquina e uns bíceps que fariam inveja ao Rombo. Eu, único COTA sentia-me bem no meio da juventude, que vinte anos atrás jogaram futebol comigo, tendo tido sempre um espirito aberto na evolução dos tempos, dos meios,  e até dos juízos, mas tive os meus puxões de orelhas por parte do REZINGÂO que tinha olhos em toda a parte… Também a MIUDINHA lançava de vez em quando farpas que desapareciam de imediato porque quem tem bom coração tem tudo.
Chegado o meio dia, o SABICHÂO ia acender o fogo para os assados, e já no olival começava a cheirar a adobe do lombo que assava na grande grelha, assim como as chouriças e aleiras, que 
dias antes foram enchidas para este efeito. ATCHIM sentia o fumo entrar-lhe pelas narinas e dava uma olhadela ao relógio, porque também já a barriga dava horas. Finalmente ouve-se a ordem do rancho, e todos nos dirigimos e colocando-nos em volta da lareira, onde assavam alheiras chouriças e costela, mas sobretudo dos assados, salpicão caseiro, queijo, marmelada e frutas para sobremesa, não esquecendo o iogurte que a tia maria me mandava por saber das minhas restrições. Vinha também sempre café numa termos, e o bagaço como complemento. O ENVERGONHADO libertava-se e soltava uma piada para aqui, enquanto mastigava lentamente encostado a um canto.
Era realmente o melhor momento do dia, o da merenda, e o reino maravilhoso com paisagens fabulosas, abria-nos o coração para que os nossos olhos se deliciassem com a pureza e magnificência da natureza antes de voltar ao trabalho. Por terras de Murçós, no reino maravilhoso, viam-se finalmente pessoas por todos os lados, carros e animais. 

. ATCHIM sentia o fumo entrar-lhe pelas narinas e dava uma olhadela ao relógio, porque também já a barriga dava horas. Finalmente ouve-se a ordem do rancho, e todos nos dirigimos e colocando-nos em volta da lareira, onde assavam alheiras chouriças e costela, mas sobretudo dos assados, salpicão caseiro, queijo, marmelada e frutas para sobremesa, não esquecendo o iogurte que a tia maria me mandava por saber das minhas restrições. Vinha também sempre café numa termos, e o bagaço como complemento. O ENVERGONHADO libertava-se e soltava uma piada para aqui, enquanto mastigava lentamente encostado a um canto.
Era realmente o melhor momento do dia, o da merenda, e o reino maravilhoso com paisagens fabulosas, abria-nos o coração para que os nossos olhos se deliciassem com a pureza e magnificência da natureza antes de voltar ao trabalho. Por terras de Murçós, no reino maravilhoso, viam-se finalmente pessoas por todos os lados, carros e animais, era 
, era sorridentes para dar amor e tudo quanto a casa produz. Herança daquele maravilhoso homem, chamado tão cedo pela injustiça do destino, mas que continuamos a lembrar carinhosamente, publicitando os seu grandes dons do saber viver com humildade.
Foi o dia da “burra”, o fim da recolta que coincidiu com o aniversário dos gémeos adultos. A mesa encheu-se em volta de um festim preparado pelas mulheres da casa, com petiscos especiais que o Vítor Fernandes, como sempre traz; desta vez javali e coelhos do monte, pão- de-ló bolo rei e vinho do bom, e no calor deste exemplar lar, comeu-se e riu-se durante horas, num convívio fraternal até que o bolo chegou à mesa (com duas velas e um fachuco) e as rolhas da champanhe saltaram, a luz apagou-se, e em coro cantamos os parabéns aos aniversariantes. Este ano não ouve fogo de artificio, falha do habitual pirotécnico, por rasões que poderiam levantar polémicas, porque ele nunca falha! É um amante apaixonado da terra, considerado e respeitado pelo seu sentido de humor, carácter “coule” tal como o pai Poulo
 meu grande amigo. No seu coração não existe ganancia. Fomos varejar o seu olival; aquele que ele chama o melhor do mundo, e surpreendentemente, não se queixou de nada mesmo parecendo que tinha menos azeitona que os outros anos. Comemos o grande pão- de-ló que trouxe, carregamos as sacas e levou-as ao lagar tradicional de Ferreira. O rendimento compensou os kilos a menos, e os seus olhos luziam de felicidade, pelo liquido cor de ouro que faria feliz também mulher e filhas. Não por necessidade mas por amor à camisola. Se os homens do mundo fossem todos com tu, caro amigo não haveria tantas injustiças nem guerras na terra. Obrigado pelos bons momentos que me vais proporcionando, e pela amizade sincera um grande abraço 
Por António Brás Pereira texto e imagens





sábado, 11 de novembro de 2017

Anos 69/70

 Viveres III
Ao fundo da “rue trufault”, no último, andar do prédio, o 6º sem elevador, que servia de hotel mobilado, vivia eu, num quarto minúsculo, onde existia uma banca para cozinhar, um duche para me banhar, uma mesa duas cadeiras, cama para uma só pessoa, e um pequeno guarda-roupa. Tinha uma vista espantosa para a Cidade, sobretudo ao cair da noite, através de uma janela onde permanecia por tempo indeterminado, naquelas noites de fim de verão, a contemplar, admirativo, abstrato, como encantado, a beleza incomparável desta maravilhosa e linda Cidade que é Paris. A um passo da “ Butte Montmartre” e do requintado bairro onde se viam crescer as videiras com seus ricos cachos de uvas, a subida até ao Sacré Coeur pelas ruas estreitas ladeadas por casas de construção aldeã onde as pessoas vinham para a soleira conversar e davam as boas horas a quem por lá passava e se dirigia para a Praça do Tertre onde os pintores de renome executavam as suas proezas mediante numerosos espectadores envolvidos na arte e na imaginação criativas, bebendo uma bebida fresca na esplanada abarrotada de gente dos pequenos cafés circundantes, e os que iam divertir-se nos cabarets, dos quais sobressaía o famoso “chez michou;” com os seus emblemáticos óculos azuis, e extravagante vestimenta, o qual conheci mais tarde pessoalmente, no exercício das minhas funções de : “táxi driver”.

 Viviam também aqui alguns conterrâneos oriundos da zona de Vila-Pouca de Aguiar, com os quais me familiarizei sem excessos de confiança, tendo sido informado da reputação deles barulhentos que não correspondia com o meu sentido de pacifista. A disciplina de acesso era rigorosa, e o porteiro, permanente dia e noite à entrada velava pelo respeito, das entradas e saídas, e do silêncio a partir das 22h da noite.
Comecei a trabalhar na fábrica Citroên, em Levallois, no 1º turno das 6h30 até às 15h. Pelas 5h30 da manhã tocava o despertador, levantar e preparar para apanhar o 1º metro. Possuíamos um passe que mostrávamos à entrada dos grandes portões onde quatro porteiros verificavam as entradas minuciosamente. Pelas 10h da manhã fazíamos uma pausa para o café, e após o termo deste tempo, ouvia-se o toque estrondoso para recomeçar o trabalho, dirigindo-se todo pessoal cada um para o seu lugar previamente estabelecido.
Integrei-me bastante bem e rapidamente neste ambiente, e apesar da dificuldade para me levantar cedo de manhã, tínhamos a vantagem de dispor de bastante tempo livre da parte da tarde, que eu aproveitava para ir ao cinema, ou à biblioteca onde podia pedir livros emprestados por 8 dias. Destas frequentes idas ao cinema, surgiu a paixão pela comédia teatral, bichinho que já vinha mordendo desde a minha adolescência, e da minha terra natal onde tinha participado em marchas de rua, e algumas encenações e realizações de peças simples tal como os meios. Um filme marcou-me particularmente: “Mourir d’Aimer” onde Anie Girardo representou magistralmente o “rôle” de uma professora do Liceu que se apaixonou loucamente por um dos seus alunos, amor proibido pela hierarquia que rege as leis da Educação Nacional, e que a levou ao suicídio, deixando dois filhos entregues ao marido e uma carta onde o suplicava de lhe perdoar, e de velar pela felicidades deles visto ela o não poder fazer.
Esta fábrica tinha diversas sucursais onde trabalhavam milhares de pessoas, às quais proporcionava, a prática de grande diversidade de desportos inclusive o futebol. Foi nesta modalidade que me inscrevi fazendo os testes necessários para ingressar na divisão ao meu nível. Treinávamos duas vezes por semana, e jogávamos aos Domingos, com deslocações pagas, equipamentos e fatos de treino, postos à nossa disposição, assim como os terrenos de jogo, situando-se o nosso no Stade Francais em Bobigny.
Fiz aqui, neste ambiente desportivo, numerosos amigos, que hoje recordo nostalgicamente, mas, que nunca mais vi. Pouco importava a cor da pele, que viessem da antiga Jugoslávia, de Marrocos, de Portugal, Espanha, Itália etc. Existia entre nós uma cumplicidade discreta, uma amizade sincera, humilde, honesta que nos unia como irmãos, na partilha do entretenimento apaixonante, no respeito mútuo de emigrantes e filhos da pátria que nos acolheu de braços abertos fazendo de nós os homens que somos com princípios e valores, sem reparar nas posições sociais, as quais tanto afligem os seres humanos hoje em dia, cujos níveis académicos valem mais que tudo, como se os outros que por razões diversas, fossem leprosos contagiantes. Concordo que se orgulhem, mas não sejam cínicos nem desprezíveis, hipócritas nem amnésicos, pois grade parte dos que assim se comportam esquecem de onde vem e por onde passaram seus pais…
Hoje, na solidão dos tempos e do lugar, pesam-me as saudades, como os anos que passaram, esgueirando-se rapidamente, como um sopro, como uma luz que brilhou e pouco a pouco se vai extinguindo com a aproximação da noite. Longe para lá do imaginário, ficaram sepultadas não se sabe onde horas de euforia de delírio de felicidade intensa, em gestos e factos simples tal como sempre foi a simplicidade do meu ego.
Gostava deixar também um breve pensamento para as gentes de Santulhão com os quais passei momentos inesquecíveis, ao Nelo e Américo de Monção, ao pessoal de vinhas, ao Coelho e pessoal de Avintes, de Montalegre, Caves e Porto, jamais vos esquecerei, MEUS GRANDES AMIGOS.


sexta-feira, 3 de novembro de 2017

1 de Novembro 2017

O dia dos fieis defuntos continua a ser uma data muito especial
e os familiares de cada jazigo não se poupam a esforços
para deixar bem presente o quanto nos faltam os carinhos
daqueles que nos eram tão queridos.
Manuel Silva e Ana Xavier
descansem em paz

Sempre receptivo na sua casa, o Rafael Torres é lembrado com grande saudade
Descansa em paz

As campas foram ornamentadas com as mais lindas e perfumadas flores
com um retoque especial dos familiares que nunca vos esqueceão
João Silva
Descansa em paz

Esta é a csinha que abriga o meu amigo e praça Gilberto Fernandes
em Rebordainhos, um modelo singular que me deixou agradávelmente surpreendido... ele merecia , e a esposa e filhos sempre lhe dedicaram carinho, amor, e fidelidade...
Descasa em paz


Meus queridos pais: que grande vasio deixastes e não conseguimos superar
Amavais tanto os vossos filhos!
O nosso amor e tristeza também são grandes
Descansem em paz






Arranjos da autoria de Ana Prazeres Silva 

De visita ás covas para ripar a azeitona, cortilhá-la e metê-la em água com umas cascas de laranja para fazer partir a acidez e amargura.
Pelo caminho não encontrei uma viva alma, animal ou ave, apenas um roncar longinquo de um avião provávelmente rasgando as nuvens. Um silencio profundo que começou por me aterrorizar, como no tempo de criança com medo dos lobos... mas, refletindo alguns segundos dei comigo a falar sózinho: que parvoice, se não vi um único animal durante o trajecto é porque também já não há lobos! Devem ter partido para essas grandes cidade! Modernismo. Através da natureza fértil e generosa para com os moradores de Murçós, rica no solo onde se cultiva de tudo para a subsistencia, podendo até pensar que tal como os Catalães, também nós podiamos pedir a indepencencia, pese o facto de não podermos fazer tanto barulho, havendo de tudo em abundancia, para álém dos minerais em tempos extraídos pelas mineiras que deram vida á vida daqueles que obtiveram um trabalho e um salário para a criação dos numerosos filhos. Foram os tempos das vacas gordas apesar de hoje em dia se viver melhor com o decorrer das circunstancias permitindo estudar a uns e a emigrar a outros, não esquecendo os que ficaram no País com emprego em Lisboa Coimbra Braga Porto etc.

Aproveitei o percurso para retirar os "mamões" do estacal, porque infelizmente não há só "mamões" politicos e noutros desempenhos funcionais...
A mãe natureza premiou-nos este ano com oliveiras carregadas de azeitona por todo o lado, talvez para compensar o que nos retirou nas castanhas que com tanta seca, não se puderam desemvolver os ouriços e as castanhas ficaram minúsculas para esquecer este ano
Perplexo e pensativo na faina mamoneira, reparei que as oliveiras estão a ser afetadas por uma doença que afecta os ramos secando-os em alastramento e podendo infectar todas quantas as ladeiam num perímetro de 100m. Mais uma virose enviada pelos cientistas para a pobre gente que vive do seu trabalho e esforço... mas já estamos acostumados, nunca nos mandaram nada de bom!
Ao levantar os quadris para atenuar o canssaço, reparei nas Aldeias de Vilarinho e Arcas ali tão perto e como me pareciam distantes! Sintomas de solidão. Reflexção de quem prevê  a desertificação mais acentuada, e receia ter-se enganado no julgamento quando decidiu vir definitivamente residir na pureza do ar, na liberdade de movimentos?

As casas secundárias é uma das soluções escolhida por muita gente. Tal como as andorinhas vem no tempo bom e piram-se logo que as condições climatéricas não lhes oferecem conforto animação e comodidade.
Os tempos evoluiram e com eles as pessoas modernizaram-se um cibinho; temos hoje casas para enfrentar as adversidades do frio da chuva e da neve, e como companheira durante estes dias grandes a TV falando de misérias, mortes entre familiares por dá cá uma coroa... também por cá, apesar de poucos e sem vontade de trabalhar os campos existem cada vez mais quzilas, nas mudanças de marcos, na passagem que nunca por lá existiu, n'um palmo de terra roubada com ou sem intenção, porque das parcelagens que os antigos conheciam e respeitavam com a palavra de honra resta mato, mato e mais mato... mas como

a doença que afeta as oliveiras
os subsídios dos projectos (mamões) tal como os das oliveiras, continuam a atirar areia para os olhos de quem quer recebe-la... somos um povo que não desiste facilmente dos interesses pessoais, doa a quem doer, morra de fome quem morrer, será sempre "olho por olho dente por dente". Todo aquele que for justo e honesto jamais passará de pão e água... mas, ferem tanto as deceções dos que tinhamos em consideração e por umas cascas de alho se venderam! Mas sobem na vida. Que importa o que os padres dizem, se eles são iguais aos demais?
Somos hoje tão vaidosos, hipócritas, desumanos que poderiamos caregar um barco de indecências.
Não respeitamos ninguém ; nem velhos nem novos orgulhando-nos de ter filhos doutores, de fazer a volta ao mundo, de posuirmos a manssão mais bonita do que o visinho, gritando alto e bem forte: fruto do meu trabalho! Foi com muito suor que aqui cheguei.

Oliveira que não pode com a azeitona
E depois, no dia certo, chega a hora fatídica, aquela em que ninguém se importa do que somos, do que fomos, a da partida definitiva; com muitas izéquias mas que segue para onde iremos todos bons ou maus.

Aqui está a azeitona que fui ripar

as castanhas são de Rebordainhos


macão deliciosa bio

Que o diga o macho que comeu uma tonelada

Pêras de inverno comices uma delicia

Batata arrancada à força dos braços

as uvas secaram mas o gosto muscatel continua

um ovinho fresco e natural 

as tangerinas já doces como mel

Laranjas bio que não invejam as da Vilariça, no meu quintal





Quem poderá admirar tão belo jardim?

Quem pode comer um caldo de couves tão tenras?


Pão quentinho acabado de sair do forno

Arroz maninho

horta abençoada

Um repolho bio

uma tronchuda linda

até a raba se ri dos que as compram