domingo, 24 de novembro de 2024
Lembra-te…
Do presente que rapidamente se torna passado. Dos que caminharam sempre a teu lado, das árvores despidas por outonos vindos, do leito construído para nele te deitares, daqueles a quem refusaste carinho e mimo, e dos que por ti passavam que sempre desprezaste. Como loucas rias do seu lento andar julgando que a tua jovialidade jamais iria acabar. Lembra-te enquanto puderes, para se um dia chegar, a amnésia, feroz, sem sentimentos, e não te deixe pensar. Esta vida é parca, ligeira a correr, insensível, desdenhosa, cheia de nuvens a chover. Lembra-te como foste, imagina quem podias ter sido? E nunca te esqueças, do tempo perdido. Tudo se deve, e paga, mais cedo ou mais tarde, esperanças vãs girando com alarde, escaladas medonhas, sem abrigo, desespero adquirido, que chega atrasado. E se n’um dia de sol a luz se apagar, é tarde demais para te lembrar, Só ficam vivências para alguém recordar.AB
sábado, 9 de novembro de 2024
Amores…AB
Tendo como referência o poema de um escritor, onde, supostamente exprimia o desejo de ter junto dele familiares e amigos próximos, no dia da partida para a viagem sem destino, surpreendem-me os comentários, no Facebook, que gosto de ler, onde os comentadores, malabaristas, tentam substituir o autor, outros lavando a “roupa suja” dos seus viveres, os sábios, que talvez através do google pesquisa obtenham informações, enriquecimento pretensioso de intelectuais falhados, muitas vezes útil, porque ninguém sabe tudo, e os que fazem do amor arma eficaz dos tempos modernos, visto a hipocrisia não pagar impostos, agarram-se como raízes de ervas daninhas, a propagandas a baixo custo, que elevam o ego, quando muitas vezes nem carinho ou afeto souberam dar. Frustração? O amor creio ser a palavra mais utilizada em todas as linguagens, servindo de pretexto para esconder o que ninguém gosta de ver. Não será amor, o que os avarentos sentem quando recebem informações sobre as exorbitantes contas bancárias? Os que passeiam em automóveis luxuosos, e os que cospem veneno, maldade, desprezo perdendo pelos cantos recônditos o que os sem abrigo jamais encontraram? Ensinamentos teológicos de crenças que o poder e o abuso subtraem da vulnerabilidade, da benevolência aparente, onde o ter e o ser gritam, reivindicando todos os direitos humanos. Quem está certo e que está errado neste mato cerrado de animais selvagens domados para servir de “bico” calado!? Os frívolos servem de suporte aos ávidos e a pureza de cadeira de rodas aos preponderantes. Os poemas e os poetas escrevem bacorejos e os leitores leem com lupas.
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