CSPSL Murçós
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sábado, 9 de novembro de 2024
Amores…AB
Tendo como referência o poema de um escritor, onde, supostamente exprimia o desejo de ter junto dele familiares e amigos próximos, no dia da partida para a viagem sem destino, surpreendem-me os comentários, no Facebook, que gosto de ler, onde os comentadores, malabaristas, tentam substituir o autor, outros lavando a “roupa suja” dos seus viveres, os sábios, que talvez através do google pesquisa obtenham informações, enriquecimento pretensioso de intelectuais falhados, muitas vezes útil, porque ninguém sabe tudo, e os que fazem do amor arma eficaz dos tempos modernos, visto a hipocrisia não pagar impostos, agarram-se como raízes de ervas daninhas, a propagandas a baixo custo, que elevam o ego, quando muitas vezes nem carinho ou afeto souberam dar. Frustração? O amor creio ser a palavra mais utilizada em todas as linguagens, servindo de pretexto para esconder o que ninguém gosta de ver. Não será amor, o que os avarentos sentem quando recebem informações sobre as exorbitantes contas bancárias? Os que passeiam em automóveis luxuosos, e os que cospem veneno, maldade, desprezo perdendo pelos cantos recônditos o que os sem abrigo jamais encontraram? Ensinamentos teológicos de crenças que o poder e o abuso subtraem da vulnerabilidade, da benevolência aparente, onde o ter e o ser gritam, reivindicando todos os direitos humanos. Quem está certo e que está errado neste mato cerrado de animais selvagens domados para servir de “bico” calado!? Os frívolos servem de suporte aos ávidos e a pureza de cadeira de rodas aos preponderantes. Os poemas e os poetas escrevem bacorejos e os leitores leem com lupas.
segunda-feira, 7 de outubro de 2024
Serge Gainsbourg
Je t'aime, je t'aime, oh, oui je t'aime
Moi non plus
Oh mon amour
Comme la vague irrésolue
Je vais, je vais et je viens
Entre tes reins
Je vais et je viens
Entre tes reins
Et je me retiens
Je t'aime, je t'aime, oh, oui je t'aime
Moi non plus
Oh mon amour
Tu es la vague, moi l'île nue
Tu vas, tu vas et tu viens
Entre mes reins
Tu vas et tu viens
Entre mes reins
Et je te rejoins
Je t'aime, je t'aime, oh, oui je t'aime
Moi non plus
Oh, mon amour
Comme la vague irrésolue
Je vais, je vais et je viens
Entre tes reins
Je vais et je viens
Entre tes reins
Et je me retiens
Tu vas, tu vas et tu viens
Entre mes reins
Tu vas et tu viens
Entre mes reins
Et je te rejoins
Je t'aime, je t'aime, oh, oui je t'aime
Moi non plus
Oh mon amour
L'amour physique est sans issue
Je vais, je vais et je viens
Entre tes reins
Je vais et je viens
Je me retiens
Non, maintenant viens
quinta-feira, 26 de setembro de 2024
Dia de sorte, fim. Por AB
Foi um impulso excessivo que levou Fred como se estivesse dentro de um sonho, onde tudo é permitido e se acorda na desilusão de uma noite bem passada, pensando que o seu coração batia novamente ao som do amor, mas quando se levantaram no dia seguinte a surpresa foi como um balde de água fria que lhe caía sobre a cabeça. A fada tinha desaparecido, e deixou escrito num pequeno papel perfumado que dizia o seguinte:
Não me procures, sou uma mulher casada, embora tivesse passado a melhor noite da minha vida nos teus braços, foi uma aventura e o meu marido sabe de tudo.
Fred ficou estupefacto e mais uma vez não era o seu dia de sorte. Regressou imediatamente a casa sentindo-se sujo, nem o lindo sorriso daquela que gostava dele, o retirava daquele sonho maléfico, e decidiu declarar-se contando-lhe toda a história que o martirizava. Não faz mal, nem altera o quanto gosto de ti, e ainda não estávamos casados, pelo que se gostas um pouquinho de mim, proponho que tomemos desde hoje a promessa de formar uma família com muitos filhos em volta de nós. E… o teu pai? Eu encarrego-me do assunto e vamos celebrar um matrimónio memorável se concordas como é óbvio? Ó minha linda, eu não te mereço…
Tinha um grande carinho, afeto e respeito por esta boneca que jamais lhe podia dar aquele amor apaixonado, que tinha sido banido do seu coração, e quem sabe o tempo cura lentamente feridas que à priori não tinham resgate. Casaram na quinta envoltos numa massa humana, conhecimentos do pai, onde não faltou nada. A noiva ia linda e Fred sentiu que agora tinha uma família que aumentava com o tempo, eram já dez à mesa, três rapagões e três meninas, graciosas alegres e educadas que faziam o orgulho dos avós babados e felizes enquanto envelheciam, naquela grande quinta, rodeados de cavalos, cães e outros animais que faziam parte integrante da felicidade que se propagava pelos cantos mais ocultos e o luar banhava perante a admiração das estrelas cintilantes. O pai era agora proprietário de um império que construiu com a força de vontade e o seu sentido dos negócios. Deslocou-se muitas vezes ao estrangeiro e foram raras as vezes que não dormiu no seio da sua maravilhosa família. Numa das suas deslocações de negociante, encontrou-se embaraçosamente numa mesa onde comiam o pai, a ex. namorada e a irmã que era agora uma mulher. A sua primeira reação foi retirar-se para longe daqueles traidores. Puxou dos óculos escuros, e a irmã que não tinha culpa de nada dirigiu-se a ele e sem dizer palavra deu-lhe um beijo na fronte. Sensibilizou-o, mas quando o repasto terminou cada um seguiu o seu caminho. Á noite quando estavam todos à grande mesa, contou os acontecimentos do dia, mas ninguém ousou opinar o que realmente sentiam. Conheciam todos a história da sua vida, mas jamais comentaram o que quer que fosse a este respeito. A felicidade parecia agora sorrir-lhe com a maravilha dos filhos que adorava.
terça-feira, 24 de setembro de 2024
Pensamentos
Hoje pedi dispensa dos meus cargos e obrigações, e, oito meses depois fui visitar o Facebook, mais precisamente uma página cultural literária ficando deliciado com os poemas partilhados de vários autores famosos.
Pesa-me o facto de já não se escrever em papel e as canetas deixaram o seu lugar a teclados onde os ficheiros são os manos escritos dos tempos modernos verificados e supervisão pelo google com várias opções para o erro cometido assim como o sistema contabilístico em calculadoras que dão imediatamente os resultados certos onde a antiga tábua é um quebra cabeças, com descarregamento ou falta de energia para os cursistas do ensino secundário ou superior. Quando vejo um programa de cultura geral cujas perguntas se baseiam nos nomes de artistas estrangeiros, omitindo que somos Portugueses e que dentro deste País há coisas extraordinárias que acabam por desmoronar. À mesa, numa refeição familiar, crianças e adultos, ornamentam-na com telemóveis e tabletes não perdendo fio à meada em banda desenhada ou vídeos desrespeitando a manutenção correta e educada que se aprende em todos os países do mundo. Esta é a nova geração, e nós, os que aprendemos a conviver com os outros em jogos naturais e saudáveis, vergamo-nos ás exigências de crianças de tenra idade para agradar aos pais, que raramente vem visitar os pais deles, e fazem-no quase por obrigação, porque não querem nada com os velhos farrapos, esquecendo que eles também para lá caminham.
Não é minha intenção dar lições de moral a ninguém, e, muito menos tentar modificar o comportamento de outrem, quem sou eu?
Mesmo não me identificando como (o santo do pau carunchoso) foram-me transmitidos valores e princípios que respeitarei até ao fim da minha vida, embora siga a evolução dos tempos. A.B.
quarta-feira, 28 de agosto de 2024
Amizades desvanecidas AB
Eramos adolescentes, pobres e vizinhos sem qualquer empatia especial. Eu com quatorze anos de idade, ele um ano mais novo. Afastou-se da violência doméstica e do miserável casebre arrendado, com a ajuda dos patrões endinheirados e respeitados que acabavam de chegar à terra vindos de colónias ultramarinas libertas de tantos anos de opressão. Integrado numa congregação religiosa, como uma dezena de rapazes tinham conseguido a admissão, através dos mesmos meios, conhecimentos e braços longos quedou-se por lá pouco tempo, apenas dois anos, desconheço as verdadeiras razões, ser padre era a finalidade… durante este tempo, recebeu o pároco da freguesia uma carta sua na qual segundo este me mandava um abraço. Atônito respondi ainda incrédulo: mande-lhe também um meu. Pouco tempo depois voltava à terrinha e após um primeiro encontro comecei a considerá-lo como o meu melhor amigo. Fomos crescendo, com fome ou sem ela, (porque também os famintos crescem) e namoriscando, dando voltas sem fim ao povoado, na esperança de nos cruzarmos com as pretendidas em qualquer canto, ou que viessem à porta ou à janela com um pequeno aceno de mão que já nos ajudava a dormir melhor. Confidenciamos um com o outro, levando recadinhos, porque os pais não eram de cocegas, e quem pagava as favas eram elas. Estes namoricos tornaram-se em verdadeiras paixões proibidas pelos familiares que só por terem uns pedaços de terra se julgavam superiores esperando casar as filhas com melhores partidos sendo nós considerados “pandilhas”. Não houve conformismo nem cedências e os invernos iam passando neste enredamento. No mês de outubro, completava eu dezoito anos e ele dezassete. Ponderamos no facto de dar o salto para França onde supostamente se ganhava para viver melhor mesmo sendo longe daquela espelunca que amávamos profundamente incluindo os familiares. Com 50 escudos no bolso desloquei-me a Bragança para requerer o bilhete de identidade. Pela primeira vez na minha vida confrontei-me com o suborno e a corrupção reles do funcionário do registo civil metendo ao bolso os 50 escudos, caso contrário não havia bilhete de identidade para ninguém. Voltei para casa com a barriga a dar horas e felizmente tinha tirado o bilhete de ida e volta, caso contrário só me podiam valer as pernas. Durante os dias que se seguiram fomos contactados por um “passador” e em troco de uma certa soma de dinheiro acompanhava-nos até Paris. Partimos à uma da manhã, no dia de todos os Santos, mas o pai do meu amigo não deixou que ele seguisse viagem connosco
No mês de agosto seguinte voltávamos de férias já com a papelada no bolso para poder trabalhar na França depois de várias peripécias durante este tempo. Por cá os namoricos continuavam no mesmo ritmo e não tinha mudado nada em relação às restrições. No mês de setembro voltamos a embarcar e desta vez o pai do meu amigo não teve hipótese de o proibir a dar o salto. Deixámo-lo no quarto de um primo que tentou arranjar-lhe trabalho, mas como não tinha dezoito anos feitos foi obrigado a falsificar o BI. Trabalhava e estudava já com o 2º ano concluído que trouxe da congregação. Era inteligente e progrediu na vida à força dos seus braços e inteligência. Quando a sua amada atingiu a maior idade, casaram, voltaram juntos para frança, para uma região que visitei sendo várias vezes convidado com uma amizade crescente juntamente com a esposa e filho. Tudo se desmoronou com o decorrer do tempo, e hoje sou apenas um estranho que cruzou na sua adolescência e toda a nossa amizade sumiu. Pergunto-me vezes sem fim porquê? E não encontro uma razão válida ou suscetível de ser. Concluo que não há amizade
quinta-feira, 11 de julho de 2024
Com o meu perdão AB
Coisas do amor
Nas coisas do coração
Com muita ou pouca paixão
Com mais fogo ou menos chama
Existe sempre um motivo
Pra que se mantenha vivo
O sonho que nos inflama
É no sonhar que consiste
A força de quem persiste
Na caminhada futura
E quase sempre é possível
Transformar um sonho incrível
Numa coisa bela, pura
Cada passo que o amor
Vai dando, leva a supor
Que o amanhã logo vem
Assim, de passo marcado
Cada um tem o seu fado
Nos fados que a vida tem
segunda-feira, 25 de março de 2024
Rascunhos intensos
Rascunhos intensos
Uns rascunhos sobre lousa, que ditam e sentenceiam, com incerteza, do que pode ser ou não o amor, dependendo do tempo onde se esconde a intensidade. Teólogos, psicanalistas, filósofos tentaram chegar ao íntimo do amor sem conseguirem com veracidade absoluta, sem concluírem com certeza expressar o que é ou não é. Muitos inocentes foram enforcados e levaram com eles para a cova as injustiças do homem, outros foram ilibados e amaram ao longos dos anos de vida. Amar é um enfeite ou adorno para os poetas, um desejo profundo com o qual nascemos, a quebra do cordão umbilical dividido entre a mãe que nos pariu e nós que guardamos como lembrança eterna. Quem é dono da verdade para afirmar, que ouve ou não ouve amor passageiro, fosse por um dia ou sem anos? Mulheres que deram á luz 22 vezes foram amadas ou simplesmente desejadas? Um coração que bate em surdina a 200 à hora será um coração que ama? Ou será apenas afeto, consideração e carinho? Só se ama uma vez que se prolonga durante o nosso viver. O resto são fragmentos impulsivos para as ocasiões. Querer não é amar, desejar também não, receber a bala que estava destinada ou outro é apenas um ato de coragem e heroísmo. Nos livros Romeu e Julieta, morrer por amor, ou amor de rascunhos intensos perdição, cujas propagandas deixavam uma lágrima no canto do olho, vieram de uma imaginação fértil e rentável. Quantas vezes ouvi dizer: eu amo os meus filhos e com o decorrer dos tempos são abandonados, roubados, mal tratados e encarcerados em asilos para dementes. Há ainda aqueles amores platónicos que Platão examinou na sua obra: o banquete, As uniões que subsistem às tempestades por mero interesse, e aquelas que fingem, simulam ou guardam bem escondidas a fim de preservarem uma imitação de felicidade.
Amar e ser amado só nos romances
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