E o povo chora a desgraça… lamenta-se arrependido, grita mas ninguém o houve… alguns ameaçam verbalmente, mas, não passa de um desabafo! Um descontentamento justificado, lamentável, inadmissível, vergonhoso mesmo! A reputação grandiosa de uma Aldeia com princípios e valores, vai-se afogando pouco a pouco, tal como um peixe no seu universo natural… adoece, e tenta nadar a contra-corrente, mas, falta-lhe a água, essencial para a sobrevivência. O mundo vai-se tornando cada vez mais avarento… e os bons sentimentos transformaram-se em espinhos formando uma coroa como a que foi posta na cabeça de Jesus quando foi crucificado…
Murçós vai
deixar de ser Freguesia e tornar-se uma anexa de Espadanedo ou Ferreira,
seguindo o imposto pela Lei dos agrupamentos. O executivo em funções, não soube
lidar com a situação dos seus residentes, que segundo a BDDIC (Base de Dados de
Identificação Civil) ultrapassa os duzentos, mas, que nos sensos efectuados
recentemente, aparecem apenas 134, não atingindo o Nº exigido por Lei para se
manter Freguesia, que é de 150.
Uma Junta de
freguesia é eleita para defender os interesses da mesma, e dos seus eleitores,
os quais, vulneráveis, foram ludibriados, chantageados e até ameaçados, pelos
enviados Municipais, nomeadamente um dos Variadores a quem chamavam: “ministro”
das Aldeias.
O nosso
actual executivo é dotado de tudo menos de competência, dedicação, justiça e
ambição… coitados! Encomendam tudo feito, fazendo enormes sacrifícios para
assinar! O Sr. Presidente, tal como o Secretário e o Tesoureiro, não sabem
abrir um computador, nem o que são programas, nomeadamente: o POCAL,
obrigatório para a execução da contabilidade organizada, simplificada, que
custou centenas de euros, e agora pagam outras centenas a um técnico oficial de
contas, que vem periodicamente, mas como é óbvio, ao Sr Presidente basta
assinar os Ofícios que a funcionária de apoio ao cidadão narra, e entregá-los
em mão própria no Município que diz ser casa sua!
Quanto ao
secretário cuja tarefa árdua não deixa dúvidas, assina as provas da vida,
declarações ou atestados vindos da mesma fonte de execução.
Ao
tesoureiro cabe a ingrata tarefa da assinatura dos cheques, passados a quem o
Sr. Presidente quiser, pois, segundo palavras suas: - Não tenho que dar
satisfações a ninguém…
Não existem
reuniões de Assembleia Há mais de um ano. Primeiro porque a presidente bateu as
asas para França, sendo a única capaz de narrar uma acta, e o cargo foi
recusado pelos restantes membros da lista por incapacidade. Segundo porque
sendo ditador, o presidente, basta reunir quatro membros do seu partido e
pedir-lhe para assinar o que ele quiser… Todas estas infracções à lei foram
denunciadas ao Tribunal Fiscal de Mirandela, pedindo uma auditoria para a
contabilidade e facturação duvidosas, mas, tal como em todo o País, é deixar
andar à balda e marimbar-se para os contribuintes.
Fica um
pequeno relato do que são as Autarquias locais, e como funcionam, pagando o
Estado, através do fundo de financiamento, somas exorbitantes, cerca de cento e
trinta mil euros por mandato e por freguesia com cerca de duzentos habitantes.
Cortar o mal
pela raiz seria a solução adequada, ou seja: Ficar apenas o Município… embora o
de Macedo de Cavaleiros rasteje há já três mandatos, deixando fugir de lá tudo
o que era útil e necessário, pedindo empréstimos exorbitantes, que jamais
pagarão, até 2017, e mais cedo ou mais tarde tornar-se-á uma aldeia, sem
comércios, finanças, bancos, escolas etc.
Quero ainda
deixar mais uma lamentação dirigida à incapaz junta de freguesia, referente à gerência
da água, a qual não corre nas nossas torneiras desde Novembro do ano passado, e
que o executivo obriga a pagar sem qualquer direito jurídico. Um depósito com
capacidade de retenção de 70.000 litros, que enche em 48h, é a prova negligente
da vossa incapacidade e da revolta de quem quer tomar um banho, fazer a comida
ou lavar a roupa e não pode.
2 comentários:
Viva, Tonho
Regresso de férias e da vontade de te ver... Acabaram-se as férias e a saudade ficou por matar, mais uma vez.
Espero que estejas bem. Com garra, vejo que sim, porque continuas o denunciar a incúria de quem tem obrigações a cumprir e o não faz.
Beijos
Olá Fátima! É com grande alegria e felicidade que recebo o teu comentário... imagina que te julguei doente, saturada do blog. de Rebordainhos, onde havia tempos não publicavas... reparo com grande satisfação no erro do meu julgamento, tal como desejava.
Quanto ao não te ver por lá, creio dever-se ao facto de eu ter estado em Rebordainhos apenas duas vezes durante o mês de Agosto... numa delas ainda parei à vossa porta, mas, vi tudo fechado, imaginei que andasses nos preparativos da festa, que infelizmente é quase sempre no dia da de Murçós. Estive na sueca, mas, como é óbvio era tarde... depois vi a Olímpia de passagem, mas vinha com muita presa apenas a saudei levantando a mão... espero que tenhais passado excelentes férias, ralaxado, longe do viver stress ante de Lisboa...
Por aqui tudo bem... de tempos a tempos a minha rebeldia vem à superficie, mas estou bem integrado e gosto desta terra e desta gente. Beijos saudosos
Enviar um comentário