quinta-feira, 30 de julho de 2015

confissões intimas



Não me considero possuído por poderes sobrenaturais tais como: feitiço, encantamento, sortilégio, nem credito a existência, que serve de pretexto (ao benfazejo e ao malfazejo) à dissimulação gradual dos seus próprios defeitos ou fraquezas, onde qualquer tentativa de justificação, por mais convincente se “avere” recai todavia e sempre na dúvida. A psicanálise do  Ego extraída das várias e diversificadas teorias filosóficas conduz a conclusões aproximativas e a diagnósticos frustrados derivando de um contexto aparente, de um ato irrefletido, de uma conduta menos convencional, de um pressuposto deficiente ou até mesmo errado. Expresso este pequeno resume, com o intuito de tranquilizar (se realmente se preocupavam) certas pessoas que considerava humanistas, amigas e até familiares, e que ao mínimo desaire involuntário me esfaquearam pelas costas, traíram a confiança cega que nelas depositava, e desiludiram-me profundamente, utilizando para cúmulo da hipocrisia, aquela frase Bíblica; quando Jesus ao ser cruxificado, pede ao pai que perdoe os seus malfeitores porque não sabiam o que faziam…

Não minhas falsas amigas, minhas parentes traidoras, culambistas de 1ª categoria, felizmente ainda me não foram “detetados” sintomas depressivos no sistema nervoso… talvez Parkinson herança genética da minha querida mãe, que me deixa apreensivo mas sem medo de morrer, sabendo que é o fim de todos nós… vou de consciência tranquila, porque jamais poderei ser acusado de enxovalhar quem quer que fosse… pelo contrário. Terá sido uma pretensiosa descarada que tentou humilhar-me contradizendo o meu direito de expressão de forma ignóbil, valorizando os seus atributos sabichões, com títulos académicos comprados no “mestre Mako”. Diz o provérbio que: no mais branco pano cai a nodoa… neste caso considerações fictícias…porque o pano já nasceu manchado.

Por vezes pergunto a Deus que mal lhe fiz nesta última década para ser metralhado de infâmia? Sei que nunca passarei de um pobre diabo, e as minhas ambições restringem-se a viver em paz. Será que é pedir demais? Vou cortar literalmente os vasos condutores de vaidade, egoísmo, falsidade e até mesmo os de cidadania, que tanto prezava.
Tenho plena consciência de que não estou isento de culpas, excedendo-me, revoltando-me e irrefletidamente atiro-me para dentro do grande oceano onde me deixo imergir pelas gigantescas ondas, que no meu subconsciente se transformam em vulcões medonhos, lacrimejando lavas que surgem para nos cremar. “Fervoroso defensor das injustiças mundanas, não concebo que humilhem os humildes, e sempre defenderei com unhas e dentes os nossos queridos idosos, que tantos sacrifícios por nós fizeram, para serem apelidados de “velhos farrapos”. Quem ousa narrar o que lhes vai na alma através de um olhar cansado, piedoso? É tão fácil falar deles em termos teóricos! Tenho a certeza que a realidade é outra no exercício da profissão…

4 comentários:

Anónimo disse...

Oh Antonio porquê sofrer com as opiniões alheias? Reconheço que por vezes há coisas que magoam mas, se os afectos tivessem forma, nunca seriam quadrados. Nos cantos dos quadrados, não devem ficar afectos arrumados. Os cantos são lugares sombrios que guardam afectos que não se conseguem assumir ou que perdemos e não queremos libertar. Se os afectos tivessem forma, nunca seriam triangulares. Nos bicos dos triângulos, não devem ficar afectos espetados. São como lâminas que ainda ferem, afectos que doem, afectos que causam sofrimento e muita tristeza. Se os afectos tivessem forma, seriam circulares. Os afectos que preenchem o ser humano são redondos, são energias circulares que provocam reacções em cadeia, elos de um gigantesco colar que nos ligam a todos e todos um a um. Daí que vivemos num mundo redondo, que nunca será a preto e branco.
Um abraço e boas férias !
Eduarda

antonio disse...

Bem-haja Eduarda pelo seu lindo comentário que me tocou o coração... tenho plena consciência de que tudo quanto escreveu é a verdade. Acontece que me sinto tão cansado das injustiças mundanas, da hipocresia das pessoas que considerava, dos que só andam contentes enquanto por conveniencia retiram beneficios... enfim... dos que se aproveitam da minha venevolência vunerável... mas, não consigo ser mau, e refugio-me no silêncio mesmo sabendo que não é a solução mais conveniente para a minha saúde, e, sobretudo, não sou eu com os defeitos e virtudes que toda a gente tem.É cobardia? Talvez.
Um saudoso abraço e boas férias.

Anónimo disse...

António,

Ainda que haja noite no coração, vale apena sorrir para que haja estrelas na escuridão.


Um abrço

antonio disse...

Sim. Concordo com a expressão. Obrigado Sr.(a) anónimo (a)Pela visita. Desejo-lhe óptimas férias.Retribuo o abraço.