quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Romaria do Senhor da Agonia dos chãos

Mais uma romaria que me deixou impressionado com a quantidade de fiéis, num dia de semana, vindos das diversas localidades. Uma pequena alteração nos horários da celebração da eucaristia, agora às 14 horas veio modificar os usos e costumes da merenda que se comia naqueles lameiros à sombra agradável dos freixos… Não faltava o salpicão caseiro, presunto bacalhau frito com ovos, bolos de bacalhau e azeitonas misturadas com uma salada de tomates caseiros que sabiam a regalar! São agora as tascas que fornecem o churrasco, entremeada, assados, ou o rancho do qual alguns tanto gostam assim como a posta assada na brasa… mas a maioria vem já saciados de sua casa, 5 ou 10 minutos antes da celebração, o que retira um pouco o charme dos nossos tempos. As tendas também já não são o que eram. Aqueles brinquedos de que tanto gostávamos, como o tiro às setas com arma de pressão, fazer o diabo sair da sua casa com uma chumbada, ou deitar por terra a pirâmide de latas com bolasde farrapos deixaram o lugar aos carrinhos de choque e uma ou outra barraca de ciganos que ainda mantém as armas de pressão. A exposição de tratores agrícolas e respetivas alfaias são hoje a atração dos sonhadores em grandes agriculturas numa região acidentada cuja rentabilidade resta provar. Há também as tendas e os tendeiros, não só os que vendem farrapos como ferramentas e diversificados utensílios. Os vendedores ambulantes de frutos e legumes situam-se na 1ª ala com pavias figos casulas cebolas e tuti quanti pode dar uns

  tostões nesta época das vacas magras. Por volta das 17h chegam os fanáticos da luta de touros numerosos e entusiasmados com uma luta que para mim não vale dois tostões, e para os proprietários dos animais uma magra recompensa, que nunca cobre os prejuízos, mas com é tradição, que se mantenha enquanto for possível.
A Romaria do Senhor da Agonia dos chãos, era a minha festa. Metia atestado de doença para poder ficar à minha adorada festinha, onde me encontrava com numerosos amigos, bebíamos um copo, jogávamos à bola à tardinha e á noite cá estava o divertimento do arraial. No dia seguinte ao 14 era para descansar e 16 para abalar para outras terras onde a felicidade sempre me sorriu e a minha gratidão para com aquelas gentes e aquele país será eterna












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