Entre Soutelo e Rebordainhos Por Antonio Brás
É na serra
da pena mourisca, onde os lobos uivavam com fome e o frio entrava pela pele
dentro até às entralhas das ossadas, mediante a beleza incomparável dos “farrapos”,
gigantes, de neve, que caía com a densidade e a ternura amorosa, ou puxada por
um vento de quem quer levar tudo, não se sabe para onde nem de onde veio; e os
pinheiros já plantados minha geração dobravam como as beatas curvando-se às
exigências dos deuses, receosas de pecar e ir parar ao inferno.
degradação,
porque por aqui não passa o deus de todos, e os presidentes camarários, da
união de freguesias, como a maioria dos funcionários públicos aproveitam-se da
pandemia para se baldar, uns com o pretexto de fazer teletrabalho, outros fogem
do bicho para as canárias, algarve e outros destinos, já protegidos com as duas
doses de vacina e dinheiro que já não cabe nos bolsos… as silvas fetos e outras ervas daninhas foram
ao funeral dos cantoneiros e voltaram resplandecentes tentando construir
portagens para embolsar algum… é indigno saber que tanta gente de bem vive na
miséria, porque perderam os seus empregos, e os que podem trabalhar escondem-se
por detrás de mentiras malabaristas. Noutros tempos havia o chico que apesar de
dividir com os membros da
assembleia os pequenos ordenados, para ter a certeza de ser eleito nas seguintes eleições, e de ser considerado pelo que levava no saco quando ia pedir ao Município, as três pequenas aldeias vivam com os direitos dos grandes? Foi ainda no tempo do Pescadinha aquele presidente da Câmara apenas com as habilitações literárias 4ª classe. Aos tubarões não lhes agradava o cargo porque não chegavam do fundo de financiamento, os milhões… estes que contaminam médicos e arquitetos, nobres profissões que outrora tinham prestígio e acómodo financeiro. Depois veio o Luiz Vaz que mal conheci, fazendo, para nos mandatos do Beraldino ordenarem desfazer. Foram os mandatos que deram para Murçós através do “ministro” das aldeias do bufo que encheu os bolsos, e de um presidente de freguesia, a viver em Lisboa, se conseguiu o maior financiamento de sempre, para esgotos, condutas de água, explorações, asfalte e abertura da rua de vale-de-cavaleiro, refeição do cemitério, calcetamento do largo do outão e todas as ruas em falta, relhas de retenção das águas pluviais,
edifício
da junta de freguesia, e paroquial, mas sobretudo a refeição total da igreja
por dentro e por fora com adro e muros. ( o telhado foi pago pelo povo). Quem será
capaz de fazer a cálculo exato destas despesas? Eu podia fazer, mas para que
serviria? Foi então que se deu o divorcio entre os líder camarários do PSD e o
presidente que não renunciou ao partido em que acreditava para integrar o deles…
mas todos estes benefícios foram acordados porque as grandes jantaradas naquele
anexo várias vezes por mês de vereadores, presidente, o bufo naturalmente,
empregados camarários, que comeram à grande e à francesa do camarão à lagosta,
carnes do melhor que havia, caça grande e pequena, peixinhos do rio e vinhos
branco e tinto a preços exorbitantes, que os deixavam num estado tal que o
ministro até assinou num guardanapo o financiamento de
um
campo multiusos que só não foi feito por falta de terreno. Ainda quando o Sr. Luís
Vaz era deputado foi feito um pedido na assembleia da república, num programa que
era o POPH do qual nos foram concedidos 360 mil euros para a construção de um
lar para idosos, comprometendo-se também a camara municipal comparticipar com
15% que correspondia a 150.000 euros, tendo em conta o iva ao qual ainda tínhamos
direito, que se situava em cerca de 200.000 euros, a percentagem correspondente
a 1 milhão de euros custos avaliados no final da obra. Como era necessário
começar por algum lado, foi pedido ao povo ajuda, uns deram 500 euros ouros
mais e outros menos da minha casa saíram mil euros, para pagar o projeto de as especialidades,
no total de 16 mil euros, os quais foram entregues pelo padre Pera, visto mais
ninguém poder aceder à conta bancária. Deste pequeno homem saiu a recusa em
construir um lar, mentindo aos paroquianos e blasfemando a sua profissão.
Também o vispo atual e o ex-diretor da segurança social, assim como gente da
Aldeia que se dizia melhor e mais inteligentes, com passados duvidosos ousaram
acusar quem se mortificou para levar a cabo um projeto imensamente útil à
aldeia. Hoje muita gente torce a orelha, mas não há um que admita
que deitou a
perder o que outros construíram com grande empenho e imenso sacrifício. Este
senhor com mais alguns são os coveiros da Aldeia de Murçós, ainda hoje adulterados
por gente tão pobre de espírito?
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