terça-feira, 5 de março de 2024
assassinos à solta
Aquele dia… AB
Foi num desses dias, naquela estrada que tantas vezes vimos, ladeada de acaliptos direitinhos, por onde o sol entrava e com seus raios nos cobríamos, de mãos dadas e apertadas por tudo e por nada riamos, o amor segredava-nos aos ouvidos e com beijos os cobríamos para por ninguém serem roubados nem mesmo presenciados, era o nosso mundo selvagem que a felicidade abrangente escureceu e de repente, já bem perto, as chamas galgavam consumindo o que apanhavam e em cinzas se transformavam, como se do inferno viessem, trazer o pânico semear o medo, aos que por entre o arvoredo tentavam fugir ao degredo, deixando para trás o que amavam que num canto escuro se refugiavam, e os desesperado coitados tentavam fugir para todos os lados, mas só se viam automóveis embraseados e dentro deles corpos calcinados, acudam gritavam alguns já meio sufocados, procurando por todos os lados águas que pudessem vencer um mafarrico á solta ou encomendado. Já não tinham lágrimas para derramar nem alento para continuar, era um combate vencido, porque as armas que não tinham, e tantas esperanças perdidas, martirizavam suas cabeças enlouquecidas, em cada passo que davam, erguiam os olhos ao céu e suplicavam, que os deixassem pelo menos viver, depois de tudo perder. Tudo cheirava a fumo, à morte que os alcançou, à descrença que os condenou, tornando-os mártires daquele dia sem abrigo e sem nada somente o pó da estrada, que o vento dum dia varreu, mas a borracha não apagou tanto sofrimento grande desgraça esquecimento do que passaram, que jamais alguém poderá compreender
O QUE SE CHAMA SOFRER
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