terça-feira, 11 de junho de 2013

O Tempo das Cerejas

                                                                                 

  Aproxima-se a passos largos a festinha do s. António, que todos os anos se realiza em volta da capela com eucaristia campal seguida do convívio de comes e bebes durante o resto da tarde. Para que todos possam estar presentes resolveram fazê-la no domingo próximo depois do dia 13 que lhe pertence.                                                                                                                                                                      
 Chegaram também as cerejas abundantemente e gosto “exquis” para fazer a felicidade dos amantes e convidados que levam para fora de Murçós centenas de kilos gratuitamente, porque, e agora já me repito, aqui não se vende nada… a recolha não é de todo fácil, e os moradores preferem comê-las nos cerdeiros (cerejeiras), pela fresca com um naco de pão.
Cestos e caixas cheias delas coradinhas, surgem nos braços dos moradores, vindos de caminhos diversos, para enviar a um familiar ou doar aos amigos… é uma fruta refrescante, e a sua aparência convida ao consumo, quanto mais não seja para entreter o vício

 Na hora do descanso, frente ao café do Reis, nunca faltam comentadores do que se vai passando pelo concelho, e contadores de anedotas, daquelas que fazem rir, sobretudo o Mi-tonho ao qual já lhe ouvi as mesmas centenas de vezes. Mas, ainda há quem ria.
Apesar da quantidade reduzida de moradores, pelo envelhecimento e pela partida para outras terras onde se pode ganhar a vida, em Murçós há sempre aqueles que os passantes chamam de “calaceiros” para animar as horas vagas porque o trabalho não apresa, amanha outro dia virá…

8 comentários:

Fátima Pereira Stocker disse...

Ai que lindas, Tonho!

Em Rebordaínhos só maleitas, e bem pequeninas!

Bom proveito.

Beijos

Anónimo disse...

Não quer dar mais uma caixinha delas? Só de olhar cresce a água na boca! Abrem mesmo o apetite! Abençoadas essas terras que tudo dão e fazem esquecer a crise.


Cumprimentos

antonio disse...

Olá Fátima! Em Rebordainhos só mais tarde... estas estão realmente apetitosas. Este ano tenho muitas, de cerejeiras já plantadas por mim... se por acaso vieres para estes lados diz que eu levo-te algumas. Obrigado pela visita. beijos.

antonio disse...

Viva Sr Anónimo (a). Seria com grande prazer que lhe oferecia uma ou mais caixas de cerejas se estivesse perto daqui... nós, apesar de tudo, somos realmente sortudos pela abundancia das coisas que até damos pouca importancia, e que nas cidades tem que comprar tudo... Crise também se nota, porque as pessoas não podem viver apenas do que cultivam, e os mercados estão cada vez mais inacessíveis par quem tem pequenas reformas, ou que ainda não tem como eu... os salários são igualmente relativamente mais pequenos que nas cidades... mas enfim... há gente mais infeliz que nós.
Bem-haja pela visita. Cumprimentos

Anónimo disse...

Pode crer Sr. António!

Tomara muita gente ter um pouquinho daquilo que nessas terras se estraga devido á abundância. Claro que também sentem a crise mas passa mais ao lado. Enquanto que nessa terra, vão à horta e ao galinheiro buscar as batas, os feijões, as alfaces e um frango para por na mesa, nas cidades quem tem dinheiro põe-no na mesa, quem o não tem passa fome e vira os caixotes do lixo.É o que se vê e cada vez mais infelizmente!

Passe bem.
Cumprimentos

antonio disse...

Concordo totalmente consigo... também já vivi n'uma grande cidade, e, de facto as coisas eram diferentes, mesmo em tempos de menos crise... pena é as pessoas não poderem usufruir do que se estraga... mas como é óbvio os intermediários também querem ganhar o deles, e Madres Teresas ou Abbé Pierre há cada vez menos.
Saudações

Edson Machado disse...

E ando eu aqui a pagá-las a 4 euros o Kg!!!

antonio disse...

Há vantagens em viver em Murçós Edson... sabes bem que aqui é fartura, e então este ano muito boas e abundantes...
Olha temos a festa do Porto no Sabado... não queres vir? Somos por volta de 50 pessoas é o 6º convivio que fazemos e sempre se passou maravilhosamente. Obrigado pela visita, abraço grande