São numerosos os filhos desta terra a escolher esta linda cidade que é Savigny, e outras circundantes, por diversas e variadas razões, pessoais ou de conveniência, para palco residencial, onde construíram – ou mandaram construir – o seu lar confortável, com o suor do
seu
trabalho, e a boa gerência económica, abdicando de privilégios e submetendo-se
a sacrifícios, inclusive o de trabalhar nesta construção durante os fins-de-semana
durante muito tempo. Mas valeu a pena! Valeu sim senhor… citemos como exemplo o
meu interlocutor, um homem humilde, filho de pais que eu conheci muito bem, e
pelos quais tinha grande consideração e carinho – com o qual converso
frequentemente numa rede social, e surpreendentemente me confidenciou, para
além de específicas atividades, bem ao gosto e maneira cá da terra - tais como
a confeção das famosas alheiras e chouriças, que fazem a delicia reputada do
fumeiro, bem representado na nossa região. Tudo foi planeado ao pormenor,
programado e executado com maestria, que se pode dizer: “chapau” amigo Alípio
Silva! Ele e a esposa pensaram em tudo… nas tripas que levaram de Portugal numa
visita imprevista e triste… nas carnes compradas no talho de “ chez Leclerc” na
enchedeira comprada
também no nosso País, sem a qual o trabalho não poderia ter uma boa execução…
nas varas, para embarrar, e a afumação essencial para estes chouriços. Na sua
casa, o jardim ocupa-lhe os tempos livres, e as variadas espécie orgulham o meu
amigo, cuja visita orientada me proporcionou virtualmente. Fez ainda questão de
me enviar as fotos da execução nas
diversas fases, que me são familiares , por presenciar e
ajudar a minha esposa na confeção destes deliciosos alimentos, que ornamentam
as lareiras em tempos invernais. O que me surpreendeu mais foi o facto de eles,
marido e mulher – ele enche a esposa aperta – chegarem a um consenso que
imaginava impossível em terras gaulesas, mas sobretudo numa grande cidade…
Existem ainda outros fatos que orgulham os nossos Emigrantes
das gerações anteriores, talvez por não terem a oportunidade nem os meios
necessários para realizar projetos e sonhos no local de onde são nativos, que
são os percursos universitários e académicos, dos filhos com aproveitamento
digno e meritório de louvores sendo filhos de gente modesta.
Confidenciava-me
ainda o meu amigo, sem vaidades, mas com imensa felicidade e grande orgulho: -
O meu filho acabou o estágio de engenharia, e hoje mesmo começou a trabalhar no
16em arrondissement, na empresa onde esteve a estagiar! – compreendo perfeitamente
a felicidade de um pai o qual acrescentou: - Ele ajudou-me a
mim e eu ajudei-o a ele… concordo plenamente com a ajuda mutua, e só me resta
felicitá-los aos três!
Como o
filho do meu amigo, também outros filhos de emigrantes, são hoje em terras longínquas,
médicos, gestores, arquitetos, professores, advogados, para além dos cursos
profissionais que são honráveis e permitem ganhar a vida honestamente. Fica uma
frase que usei noutras redes: não é vergonha ser emigrante… - resposta de um
comentador filho da terra: - pois não é vergonha mas não precisávamos sair do
país se não tivéssemos governantes corruptos e ladrões… o seu a seu dono.
Assunto convergente e divergente segundo opiniões
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