De tantas vezes bater com a cabeça, de apalpar às escuras, de andar à presa procurando o ilusório, de tanto subir e descer as escadas que terminavam sempre em becos sem saída, de curvar o dorso e alimentar esperanças vãs, de secar os olhos com lenços invisíveis, de contar as estrelas e jamais chegar a uma conclusão elucida, compreendi que viver é ser livre. Que ter amigos é necessário. E que lutar é manter-se vivo. Aprende-se que pra ser feliz basta querer. Aprende-se que o tempo pode curar… Que a mágoa pode ser uma nuvem passageira…e que deceção fere mas não mata. Na minha compreensão, surge o hoje como reflexo de ontem, num espelho deteriorado e traidor. Compreende-se que possamos chorar sem derramar lagrimas. E que os verdadeiros amigos possam permanecer? Concluí que doer é necessário para fortalecer… e que vencer engrandece. Compreendi que sonhar não é fantasiar…e que
pra sorrir necessitamos do
sorriso de alguém. E descobri; que a beleza não está no que vemos, mas sim no
que sentimos. Os valores estão na força da conquista…e há palavras que têm
muita força. Hoje sei que fazer é melhor que prometer… e que o olhar não mente.
Vive-se sempre aprendendo com os erros, com as pancadas, com o murchar das
flores, e as cores do arco-íris, que nos fazem vibrar e nos transportam para
onde não há inveja, nem avareza ou hipocrisia… onde se partilha tudo que veio
do nada, que entrou nas nossas casas sem bater à porta, e não escolheu lugares,
posições sociais, nem ideologias, seria esta a lição que todos devíamos aprender?
Pode até depender da vontade, como pode ser que não tenhamos escolha…o que há
de melhor é tentarmos ser nós mesmos; porque
se a vida tem um SEGREDO aprendi que era VIVER!
Cheguei ao fim da lição convicto de que
se deve viver apesar de…que necessitamos comer
apesar de… que continuamos a amar mesmo que…que não somos imortais mesmo que… e
cheguei à conclusão, que, depois de tantas reticências que nos encurralam, martirizam,
e nos tornam impotentes desviando-nos de caminhos imaginários de beleza, paz e
amor, o que aprendi já não sei…
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