quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

PARA MATAR SAUDADES

O inverno rude e frio ainda não apareceu por estas bandas. Pelo contrário, temos tido um sol Primaveril, com seus raios luminosos e quentes. As árvores começam o florescimento, os abrunheiros, temperões, com sua linda flor branca cobrindo toda a rama tal a oliveira carizmática, coberta de neve. Neste lugar, continuam a juntar-se numerosas pessoas, enquanto aguardam os três toques do sino afinado, como sinal de que está para breve a Eucaristia. No final, é tambem aqui que são rematadas ofertas pelas devoções dos variados Santos. Leitões, coelhos, salpicões, etc. As conversas, são várias e diversificadas... fala-se de tudo e de nada, apenas para conviver, porque ninguém gosta fechar-se na casa! A população diminui de dia para dia, e os citadinos vem cada vez mais raramente... contudo, há sempre aquela animação distinta proporcionada pelos contadores de histórias do passado, as quais continuam a fazer rir, ainda que as tenhamos houvido desenas de vezes. Da Igreja para o Outão, as pessoas guardam os costumes dentro dos seus corações, fingindo uma felicidade já afectada, mas tolerada com resignação. Abraço

1 comentário:

Fátima Pereira Stocker disse...

Que saudades, Deus meu, de uma geada valente! Este ano, o Inverno fugiu de nós - de mim, que gosto tanto dele!

Beijos e muito obrigada pelas saudades que me ajudaste a matar.