terça-feira, 6 de março de 2012

HÁ DIAS


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Há dias em que o tempo para… os relógios não tem corda; falta o brilho do sol, a beleza e o encanto da natureza, não vemos nem ouvimos ninguém, uma escuridão medonha, na perplexidade fantasma e abismática projetada gigantescamente pelo imaginário que percorre velozmente através da referenciada atitude sintomas pragmáticos detectados pelo scâner de uma alma moribunda, que grita e pede socorro, mas… há dias em que ninguém ouve!
Há dias em que as horas passam rápidas como os minutos… não há tempo a perder, nem desperdícios de felicidade. Há dias tristes, lagrimosos, avarentos, feitiço de mau-olhado passageiro, mas entranhado nas profundidades dos pontos carentes e sensíveis, do corpo humano… há dias em que a sorte nos sorri, a alegria nos apraz, a ilusão nos transporta ao dela das convenções, e, a desilusão efêmera, traz-nos de volta à realidade realista!
Há dias em que a saudade nos mata… porque o tempo passou, e jamais voltará! Há momentos luminosos, com paz alegria e amor… tão raros! Mas há. Dias harmoniosos, fascinantes, inesquecíveis, onde a lucidez preponderante desarma o alarmante sigilo da insignificância…
Há dias em que o céu nos cai em cima… e as nuvens derramam seu peso sobre os corpos já martirizados pela mentira, indignados pela hipocrisia, feridos pelas injustiças, e desiludidos com o nascimento, acusando e pondo em causa o criador, os propagandistas representantes, postos no mundo para ajudar, onde as frases de incentivo à dignidade são lançadas como calhaus, e tentam omitir e esconder as verdadeiras razões pelas quais sacrificam apenas o tempo; dinheiro, só pelo dinheiro, unicamente pelo dinheiro… há dias assim. 

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