sexta-feira, 29 de junho de 2012
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Uma formação que os devia conduzir lá onde merecem... |
São tantos os formados em seminários com fundos da cidadania, que o episcopado e a diocese de Bragança lançam para o abismo e a perdição, subornados ou amantes de patrimónios obscuros, onde o dinheiro prevalece com prioridade e abundância, indiferentes às necessidades sociais, às carências físicas, ao dever, como tão bem pregam, mas... por aí se ficam!
Não os há, porque a juventude não acredita neles... apenas um ou outro velho, obcecados com as chamas do inferno que os chantagistas ameaçam para que os fundos monetários entrem nos seus bolsos...
O padre de Murçós dispõe de 7 freguesias paróquias e 5 anexas.Por cada freguesia são tributários de pagamento anual por volta de 200 moradores, com o equivalente de uma geira de trabalho, ou seja: 40 euros, que soma um total de 56,000 euros, mais a visita pascal, entre 10 e 20 euros por morador, mais as celebrações semanais, um dia em cada aldeia, com média de treze no-tinhas de 5 euros, e 10, cada um... coitados! Vivem miseravelmente! E como por magia, isentos de RIS! Ámen.
O padre de cá, creio que se chama pêra, eu chamo lhe "dois pêlos na ponta do queixo" um metro e pouco de altura, vaidoso, sem personalidade, sem carácter, mas ambicioso, frívolo, conservador dos seus bens materiais, foge dos vivos sem tostão, e tem medo dos mortos, mesmo ricos!... talvez por saber que dali já não leva nada!? Não permite a abertura dos caixões durante os funerais, na Igreja, em casa ou no cemitério, enquanto está presente!!! Também não conseguiu homens para o acompanhar na visita Pascal, e teve de recorrer a garotas familiares daqueles que o rodeiam e defendem com unhas e dentes, cuja reputação passada deixou vestígios indesejáveis, por razões já bem conhecidas de avareza.
Também a reputação do padre "dois pêlos" é já conhecida no concelho e arredores, tal como as urtigas onde não há perus, e comentada em termos bastante elucida-dores. O seu despedimento forçado e abreviado de onde exerceu precedentemente, trouxe-nos a nós uma herança não certificada, e muito menos aprovada, a não ser pelos que comungam todos os dias, cujos pecados carregavam um comboio antigo...
Este padre que já me está subindo por cima dos cabelos, deu-se ao luxo de enviar um oficio para a Segurança Social, no mês de Abril, no qual pedia a rescisão do acordo protocolar de financiamento da obra: lar para idosos, sem previamente reunir com a direcção e serviço fiscal,tentar obter dois votos favoráveis, e narrar uma acta com requer a lei. Autentico ditador, tinha imensa pressa em demolir o que os fundadores construíram com tanto trabalho e sacrifícios, sem vergonha nem remorsos na consciência, não podendo esperar que o praso terminasse, com a influencia de outros tais como ele.
A lista dos doadores será mais tarde aqui publicada, assim como o resumo contabilístico, para que as pessoas possam responsabilizá-lo e até pedir-lhe o que foi doado, visto todos os cheques de pagamentos terem sido assinados por ele, cuja directiva exigiu do banco, não podendo entrar nem sair um cêntimo sem o seu consentimento.
Para o Sr. Bispo fica o apelo de o retirar desta paróquia onde diz ter dores de cabeça e poucos interesses, ou retirar-lhe completamente o exercício de funções incompetentes e mafiosas.
quinta-feira, 21 de junho de 2012
AMARO NA ADOLESCÊNCIA (FICÇÃO)

Amaro II parte
Grande conhecedor das espécies animais, mais concretamente, da
passarada, com a qual conversava, na falta de humanos pelas redondezas,
enquanto guardava as vacas. Sabia ninhos de melrros, carriças, xedres, gaios
rolas, pintassilgos, etc. Conhecia todas estas aves, e muitas mais, pelo
cantar, e mesmo no ar, cujo prazer imenso manifestava ao vê-las ir de um lado
para outro, livremente, pousando para descansar ou bicar comida, mas sempre
livres de movimentos, era fascinante. Assentava-se, na parte mais alta do
lameiro, cruzava as pernas e ali permanecia horas, meditando, pensando, como
uma criaturazinha, mais ou menos nos seus nove ou dez anos, estrutura pequena
para a idade, não lhe faltando poder e força de vontade, para vencer o fardo
pesado que muitas vezes transportava, às costas ao ombro, ou apertando aquelas
mãozitas de ferro enquanto cerrava os dentes, de raiva, ou de coragem… Pela sua
cabecita passavam só Deus sabe que género de coisas; sorrindo de vezes em
quando, tornando-se melancólico momentos depois, ao ponto de lhe cair uma
lágrima pela face, talvez provocada, pelo vaguear de pensamentos, que o
projectavam para um mundo maravilhoso, onde os garotos são idênticos, possuem
as mesmas oportunidades, dispõem da equivalência de deveres e direitos, de
valores adquiridos com mérito, menosprezando actos meramente interessados, os
quais regem os adultos. De vez em quando, para libertar o formigueiro ressentido
nas pernas, dirigia-se a uma árvore bem definida, onde havia ovos num ninho, ou
filhotes já mais crescidos, e fazia-lhe uma festinha, acariciava-os, como
gostaria ser acariciado, pelos seus pais, a mãe, já que a vida lhe roubara o
pai, pouco dado a essas coisas intimas, mas úteis, necessárias, de rotina para
um cidadão residente em lugares muito diferentes dos das Aldeias.
Este ritmo, infernal, tanto em trabalho, como na falta de
divertimentos com garotos da sua idade ia tornando o Amaro cada vez mais
pacato, sofrendo silenciosamente, abrindo-lhe feridas cada vez mais profundas
no coração moribundo, ignorante, incompreensível, enfim…infeliz.
No dia catorze de Setembro daquele ano, pelas nove horas da
manhã, estava eu no café da Chave, a tomar o meu café, quando reparo e vejo, lançando
um rápido olhar na direcção da porta de entrada, o Amaro. Vinha entrando, vestido
e calçado decentemente, com um grande sorriso nos lábios.
- Ena! Vais à cidade puto? Com esse vestuário Domingueiro
pareces outro…
- Vou à festa! Dos chãos. E tu? Não vais?
- Claro que sim. Já viste passar alguma festa dos Chãos sem
que eu não estivesse lá?...
Pois. Então vemo-nos lá.
- Posso dar-te boleia…
- Não, obrigado. Vou a pé, para amaciar estes sapatos novos
que o Sr. Carlos me fez.
Desatou a correr pela canada de vale de espada, só, como
sempre, predestinado à solidão, ou escolha sua de preconceitos, ou
complexidade, tomando pelo “carreirão” da quinta, em direcção às Santas
Engrácias, onde fez uma pausa, voltado para a Capela, iniciou o sinal da cruz,
e rezou três ave-marias…Depois, a passo lento, porque os pés começavam a sentir
o cansaço, passou por outros peregrinos, alguns deles conhecidos, e já depois
de Vale de Nogueira, lançou um olhar ao céu, jubiloso, agradecido pela felicidade
ressentida naquele preciso momento. Sentiu-se como os passarinhos que tantas
vezes viu iniciar a primeira saída do ninho. Receosos, temerosos,
inexperientes, frágeis, tentando enfrentar a realidade da liberdade.
Depois da tradicional missa e procissão, hora em que se
comem as merendas, deparei com o Amaro encostado a uma parede da tasca, junto
da Igreja, olhar distante, meditando não sei em quê.
- Então rapaz, burras nos pés, não é? Bem feito…
Como não respondeu, fiz-lhe outra pergunta desta forma: trouxeste
merenda? Acenou negativamente com a cabeça. Então vamos fazer assim: ou vens
comigo, a comer, deve chegar para todos… ou…
- Não tenho fome, obrigado.
Apercebendo-me do embaraço orgulhoso do rapaz, sensato e
humilde, meti-lhe cinco escudos no bolso, retirando-me rapidamente antes que
ele tivesse tempo para reagir e não aceitasse. De longe gritei: é para um
“molete” de trigo, se quiseres voltar comigo para casa, espera pelo campo da
bola por volta das seis.
Poucas mais vezes vi o Amaro, a partir desta data. Andei por
terras longínquas, e apesar de não me sair do pensamento, aquele rosto magro e
triste, um sorriso encantador, cativante, as suas repostas prontas e francas,
perguntava por ele sempre que voltava, à Aldeia, mas apenas obtinha como
resposta: Saiu de casa num domingo bem cedo e não tinha voltado.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Aperto de mão...
furrete no seu melhor |
foto de António Brás |
A Amizade é Indispensável ao Nosso Ser
Qual é o espelho que mostra a amizade , sincera, transparente?
Quem pode gritar sem mentir que é verdadeiramente amigo do seu amigo?
Quais os amigos sem contas à parte?
Fiel aos seus amigos, com amizade?
A imensidão do imaginário, despede-se dos amigos!...
A amizade é a unica coisa cuja utilidade é unanimemente reconhecida. A própria virtude tem muitos detratores, que a acusam de ostentação e charlatanismo. Muitos desprezam as riquezas e, contentes de pouco, agradam-se da mediocridade. As honras, à procura da qual se matam tanto as pessoas, quantos outros as desdenham até olhá-las como o que há de mais fútil e de mais frívolo? E, assim, quanto ao mais! O que a uns parece admirável, ao juízo doutros nada é. Mas quanto à amizade, toda a gente está de acordo: os que se ocupam dos negócios públicos, os que se apaixonaram pelo estudo e pelas indagações sapientes, e os que, longe do bulício, limitam os seus cuidados aos seus interesses privados: todos enfim, aqueles mesmos que se entregaram todos inteiros aos prazeres, declaram que a vida nada é sem a amizade, por pouco que queiram reservar a sua para algum sentimento honorável.
Qual é a alma de ferro que suportaria uma tal existência e a quem a solidão não tornaria insípidos todos os gozos? Assim tenho por verdadeiras as palavras de Arquitas de Taranto, que entendi recordar a velhos que as ouviram eles próprios de seus pais: «se alguem subir ao céu, e de lá contemplar a beleza do universo e dos astros, todas essas maravilhas deixá-lo-ão indiferente, enquanto que o embasbacarão de surpresa se tiver de contá-las a alguém». Assim, a natureza do homem se recusa à solidão, e parece sempre procurar um apoio: e não o há mais doce que o coração de um terno amigo.
Marcus Cícero, in 'Diálogo sobre a Amizade'
foto de António Brás |
foto de António Brás |
sexta-feira, 15 de junho de 2012
terça-feira, 12 de junho de 2012
Capela de Santo António |
A adopção popular
foi rápida, e a tradição inculcada teve um impulsivo sucesso, e uma admiração
incontestável, que enchia de orgulho e felicidade, os filhos da terra, assim
como os peregrinos vindos das diversas localidades limítrofes.
Os preparativos
festivos, ao encargo do Sr. Eduardo Martins, que benevolamente mordomava,
começavam dias antes, com muito trabalho, dedicação, e, inicialmente, até abono
de capital, para a realização eficaz do evento.
Logo de manhãzinha,
a banda musical percorria as ruas da Aldeia, enquanto subiam para o ar, uma
descarga de morteiros estrondosos, anunciando o início das festividades. Os
sinos repenicavam melodiosamente e informavam os convivas, que minuciosamente,
apressados, davam uma última olhadela para o espelho, com a intenção de verificar
se os seus fatos domingueiros, lhes assentavam no corpo como a felicidade na
alma! Já instalada na capela, a aparelhagem sonora, manipulada pelo pirotécnico,
afinava os detalhes finais antes da Eucaristia, cantada pelo coral do povo,
cujos ensaios duravam tempo, sendo primordiais, sem falhas.
Ao terceiro toque
dos sinos, quatro homens que previamente se tinham deslocado para a capela, de
opas vestidos, levantavam o andor do Santo António, punham-no aos ombros, e
dirigiam-se lentamente, compassadamente para o povoado, ao mesmo tempo que, da
Igreja Matriz, saiam também, duas lanternas, a Cruz, e o andor do Divino Senhor,
ornamentado com flores naturais, e a procissão, estrada acima, cujo encontro
estava programado ao mesmo tempo de chegada à entrada da povoação.
Resumindo, o S.
António, vinha receber o convidado Divino Senhor, para a sua festa, à saída do
seu reino, Cumprimentavam-se com a vénia, e seguiam juntos, para o simples
recinto, onde permanecia solitário durante todo o ano.
Após a Eucaristia
campal, a respectiva procissão em volta da capela, começava o convívio fraternal,
de comes e bebes, com sardinhada e grelhados, vinho e pão da terra, (voluntários
levavam o seu garrafão) debaixo de dois castanheiros, ao abrigo dos raios
solares, improvisado espaço de merendas, com mesas e bancos colocados para o
efeito.
Quase ninguém arredava
pé, aguardando já com a “barriga a dar horas” enquanto uma dezena de mulheres
se activava apressadamente, para satisfazer os desejos corporais, já com o
dever cumprido espiritualmente.
Este encontro anual
era considerado como uma terapia convivial que nos maravilhava a todos, e os
donativos generosos, amealhados e guardados para o próximo ano.
A festa só terminava
já tarde, com baile no largo da Igreja.
DEDICO ESTE TEXTO AO FUNDADOR DESTA
OBRA RELIGIOSA
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Santo António |
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Divino Senhor |
domingo, 10 de junho de 2012
ANIVESÁRIOS
Não quero prendas…
Guardem os vossos
presentes,
Para quem deles
necessitar…
Eu já tenho quanto
desejo,
Enrolado com ensejo…
Em papel de prata
fina,
Na ternura de um só
beijo!
Fiquem com o perfume
das flores,
Com tudo o que luz e
brilha…
Com o que corre ou
voa!
Mas… não me levem a
mal,
Já tive tudo na vida…
Foi uma vida tão boa!
Um dia desamparado,
N’um automóvel fechado,
O meu sonho foi tão
lindo!
Profundo, terno e
fecundo…
E o meu grito
abafado,
Deus ouviu ficou sorrindo
.Não quero prendas,
Não quero nada
Palavra leva-as o vento…
Não são os anos do Rei,
Nem o aniversário lembrado,
Dedico às minhas
filhas
António
quinta-feira, 7 de junho de 2012
DIA DO CORPO DE DEUS
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O DIA DO CORPO DE DEUS COMEÇOU ASSIM EM MURÇÓS |
A chuva, miudinha, caía silenciosamente, com suavidade, receosa da queda destrutiva sobre as ruas floridas e coloridas, as quais apareciam aos meus olhos como um milagre vindo do céu durante a noite, enquanto dormia profundamente, e sonhava com coisas, provável mente insignificantes.
Era o dia do Corpo de Deus, um dia sagrado, que os nossos governadores decidiram extinguir para colmatar buracos sem transparência nem mérito. Felizmente, este ano, ainda se realizou a comemoração do Corpo de Deus com as habituais ornamentações das ruas, por onde iriam passar, na procissão, os ferventes religiosos.
Nesta foto aparece apenas um pequeno fragmento, do enfeite... centenas de metros de paralelo cobertos de flores campestres e perfumadas, para honrar a passagem da custódia que guarda a hóstia debaixo do palio, que abriga o sacerdote, percorrendo as ruas rezando e cantando.
terça-feira, 5 de junho de 2012
FEIRA DE S. PEDRO DO 25 DE JUNHO AO 02 DE JHO MACEDO DE CAVALEIROS
domingo, 3 de junho de 2012
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