A nossa terra
Chamamos-lhe assim, ao lugar onde nascemos. Embora não nos
pertença, mas, é a nossa terra… por diversas e variadas razões, as quais,
compõem o elenco representativo da essência natural ou divinal, segundo
critérios definidores da nossa existência permanente e provisória, que o
procedimento contextual lhe confere, ao abrigo de todas as Leis, regências,
metamorfismos físicos, intelectuais, religiosos, e até abstractos.
Era uma Aldeia linda! Redonda como a Lua, perpetuando com
seus raios luminosos e suaves, a fidelidade de quem ama. Grande como a
imensidão oceânica, que o poder divino mandou comprimir, tornando-a um cantinho
receptivo e atraente, um jardim florido e perfumado, um paraíso terrestre… onde
se refugiaram os humildes, os puros de coração aberto, que batia velozmente,
sempre que um dos seus era brindado pela fatalidade impertinente da desgraça,
ou se fragmentava na divisão felicíssima de brindes ocasionais predestinados. Era
a magia encantadora dos sonhos lindos! Discreta, vestida com seu manto
deslumbrante de arco-íris, acariciava afectuosamente os filhos, que a cegonha
trouxera no bico, um dia, ou talvez uma noite adormecida no silêncio ténue,
envolvente de uma carícia amena.
Hoje, por ela passaram os anos, deixando vestígios
aparentes de uma semelhança deslumbrante, recordada frequentemente, na pacatez
dolorosa da metamorfose e do silêncio
2 comentários:
António
Quem ama realmente, o que quer que seja,(a nossa terra por exemplo) sabe que o amor é como um elástico, às vezes, estica-se demasiado e parece que vai rebentar, mas se deixarmos o elástico livre ele voltará ao normal. A sabedoria está em não deixar partir o elástico… o mesmo se passa com a saudade.
Um abraço
Eduarda
Ps: Já agora...que couves magníficas. Mas que rico caldo dariam.
Olá Eduarda! Os bons conselhos são sempre bem-vindos...neste caso acompanhados com bons exemplos! É realmente um teste psicotécnico, derivado do exame de consciência...
Quanto às couves do meu quintal, curioso nós não darmos a mesma importância às coisa que temos com abundância na frente dos olhos!? Aliás são o "regalo" diário das minhas galinhas...
Obrigado pela visita. Eu tenho andado há já um mês com uma ozonoterapia que me deixa martirizado física e psicológicamente. Abraço
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