sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Simbolo emblemático de Murçós

BRASÃO DE MURÇÓS

Brasão: escudo de ouro, um castanheiro de verde, arrancado do mesmo e frutado de prata, entre três lisonjas de vermelho, bem ordenadas; em chefe, grelha de negro. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "MURÇÓS"..

Bandeira: verde. Cordão e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.

Selo: nos termos da Lei, com a legenda: "Junta de Freguesia de Murçós - Macedo de Cavaleiros".
Parecer emitido pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, nos termos da Lei nº 53/91, de 07 de Agosto em 28 de Agosto de 2000 e publicado no Diário da República nº 69 de 22 de Março de 2002. 
Os Símbolos Heráldicos da Freguesia encontram-se registados na Direcção Geral das Autarquias Locais com o nº 109/2002 de 10 de Maio de 2002
.

Justificação
Grelha - Representa a grelha de São Lourenço, padroeiro da Freguesia.
Castanheiro - Representa a abundância de castanheiros existentes na freguesia.
Três Minerais - O volfrâmio, o estanho e xalite. Eram os minerais que extraíam das minas.



A HISTÓRIA


A freguesia de Murçós fica situadano concelho de Macedo de Cavaleiros,  de cuja sede dista cerca de dezoito quilómetros.

  As freguesias que lhe ficam vizinhas são: Espadanedo, Ferreira, Arcas e Vilarinho de Agrochão.



Murçós integrou o concelho de Torre de Dona Chama até à data da sua extinção.
Em 1853, passou a pertencer ao concelho de Vinhais.
Em 1855, fazia parte do concelho de Macedo de Cavaleiros, ao qual hoje pertence.
Foi um curato de apresentação do reitor de Nossa Senhora da Assunção de Casteição. Mais tarde foi reitoria.
O seu topónimo deriva de Mauriciolus (de Mauricius). Terá sido, pois, um seu residente a baptizar a freguesia com o seu nome.


Em 1855, fazia parte do concelho de Macedo de Cavaleiros, ao qual hoje pertence.
Foi um curato de apresentação do reitor de Nossa Senhora da Assunção de Casteição. Mais tarde foi reitoria.
O seu topónimo deriva de Mauriciolus (de Mauricius). Terá sido, pois, um seu residente a baptizar a freguesia com o seu nome.

Relativamente a Murçós são referidos vários vestígios arqueológicos que falam de um lugar chamado “Escritas”, onde existiriam inscrições rupestres.
Esta freguesia é, hoje em dia, uma das muitas aldeias sujeitas aos condicionalismos da interioridade.

Como o Historial de Murçós é pobre em arquivos, uma prima minha, professora de história fez o favaor de pesquisar minuciosamente, e aqui deixo a versão dos factos mais provável, que vem erriquecer a história e satisfazer a curiosidade de muitas pessoas sobre as dataws exactas de construão da nossa linda Igreja...Imensamente grato Fátima.
 
Dizem as memórias paroquiais de Murçós, escritas em 1758 pelo cura da aldeia

"He o dito lugar como já disse anexo a reitoria de Castelaos do Bispado de Miranda jurisdição da cidade de Bragança (...)"

Ora, pelo que me parece, Castelãos tem como orago Nossa Senhora da Assunção. Será que houve confusão de quem leu e leu "Casteição" em vez de "Castelãos"?

Podem ver o texto completo das Memórias Paroquiais de Murçós neste endereço: http://digitarq.dgarq.gov.pt/details?id=4240901

Sobre a igreja de Murçós ainda encontrei outra informação que tirei do seguinte livro: "De Miranda a Bragança:Arquitectura Religiosa de Função Paroquial na Época Moderna", da autoria de Luís Alexandre Rodrigues:

1721


Murçós


«levantarão os moradores hua igreja com a invocação de Sam Lourenço ficando fora do lugar [...] e por se achar, a igreja fora do lugar os moradores deste tempo averá coatro annos a demolirão formando matris em hua cappella de S. Sebastião que se achava no meio do lugar fazendo cappella maior e tudo o mais necessário para poder se matris»

O texto é uma transcrição de um documento que se encontra nos Reservados da Biblioteca Nacional de Lisboa (B.N.L., Reservados, COD. 154, fl. 48v ). Ou seja: a actual igreja data de 1721 e foi construída no centro da povoação como forma de dar resposta às orientações do bispo de Miranda para que as igrejas não ficassem longe das terras, a fim de se poder guardar o Santíssimo sem perigo e de se poder acudir aos paroquianos em caso de urgência

 
 


 
O envelhecimento demográfico é um dos principais problemas do Concelho, ao qual se associa:
- Um elevado índice de dependência/baixo grau de autonomia decorrente de situações de
idade avançada e/ou de doença genética ou adquirida;
- E um elevado nível de desertificação de aldeias e lugares, fenómeno associado a surtos
migratórios, internos e externos, com particular incidência na população em idade activa e que
acaba por ter efeitos directos na diminuição da natalidade.
 

 Património Cultural:Grupo de Cantares de Murçós

Hino de Murçós

Murçós!...
Linda aldeia transmontana
És princesa da serra
Tens em ti encantos mil.
Murçós!...
Gente e alma de serrana
Vem-te a riqueza da terra
Beleza de flor de Abril.

Murçós!...
O teu povo hospitaleiro
Em simpatia o primeiro
Herança de teus avós.
Só Tu!...
Tens bem guardado o segredo
És o orgulho de Macedo
Linda aldeia de Murçós

Na tua Igreja
Vais rezar a São Lourenço
A quem veneras
E pedes protecção.
Tua mocidade
Cujo valor é imenso
É a alegria do povo
Que te trás no coração.

Letra e música de Carlos Baptista
 . O problema
coloca-se sim, ao nível dos “muito velhos”, ou seja, um elevado número de idosos que apresentam:
- Um elevado grau de dependência e de isolamento geográfico e social, levando-os a recorrer
com frequência ao serviços de saúde, procurando neles respostas de cariz social que continuam
a ser insuficientes;
- Este problema é agravado por um  défice de formação/informação sobre estilos de vida
saudáveis por parte da população, de uma forma geral e deste grupo em particular,
manifestando-se nos estilos de vida e nos hábitos de saúde adoptados, tendo com consequência,
especialmente no grupo dos mais velhos, um agravamento da situação física e de perda de
autonomia;
A excentricidade massiva dos seres humanos, que clamam em alta voz o amor profundo, à terra das suas origens, transforma-se num apaziguar de consciência que limpa as nódoas deixadas em tempo útil, pelo que poderia ter sido feito e ninguém ajudou a fazer... tal como um furacão que por aqui passou, varrendo as ruas das vagas frequências, arrastando com ele preconceituosas formas de juramentos fictícios, sem fundamento... o elevado nível de formação, cívica, académica, moral e religiosa não enaltece positivamente, um procedimento conciso, incondicional, pelo contrário... deixa antever a displicência caraterizada do que se pode chamar: ambiguidade caricatural forasteira.Embora não reneguem o lugar que os viu nascer, vão mantendo escrupulosamente relações de aparente afeição, mostrando-se uma vez por ano, para criticar, ou julgar os que por cá ficaram à deriva, isolados,  sem autonomia física nem racional...não pretendo com esta relato transformar-me em moralista, sem defeitos nem erros, lamento, isso sim, que certas pessoas dediquem poderes e saberes pessoais, a outras comunidades esquecendo, ou fingindo esquecer aquelas que deveriam tornar-se prioritárias, as dos seu enraizamentos.

4 comentários:

Fátima Pereira Stocker disse...

Bom dia, Tonho

Com efeito, relatas para Murçós grande parte dos problemas que afligem quase todas as nossas aldeias sujeitas, além do envelhecimento, a certo desdém de alguns dos seus naturais que, saídos da terra, parece que se envergonham dela (coitaditos, que não sabem o que perdem).

Gostei de conhecer parte da História de Murçós, que não conhecia. Mas agora peço-te um esclarecimento: em que terra fica "Nossa Senhora da Assunção de Casteição"?

Beijos

antonio disse...

Olá Fátima: não posso responder à tua pergunta, porque esta informação tirei-a do site da antiga junta da qual fazia parte... foi acrescentada no historial da Murçós pelos gestores do site, contudo, tentei saber junto dos mais idosos, e segundo alguns, Casteição seria uma determinada região... talvez Lamego? Sem certezas. Eu pesquisei mas também não encontrei nada de concreto, ficando-me a ideia de que realmente o dito curato viesse de uma região relacionada com a famíla dos "Pesanhas" Desculpa ignorar uma coisa que publiquei singindo-me ao que outros publicaram. Bem-hajas pela visita, beijos

Blog de Rebordainhos disse...

Boa tarde, Tonho

Escrevi-te para o teu gmail. Lê quando puderes e diz alguma coisa.

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Tonho

Como deves calcular, o comentário anterior é meu: tinha aberto o e-mail do blog, em vez do meu.