Dia de matança em casa do Tio (rei preto),. Vindos de Bilbau, uns ontem pela noite, outros hoje, porque aproveitavam a ponte dos dois feriados, à hora do mata-bicho, à maneira antiga, cá estavam todos no aconchego da casa do lugar " da Eira", prontos para afrontar os bichos, depois da barriga cheia.
Todos meteram mãos à obra, filhos e genras, cada qual ocupado na tarefa que a mãe ia incumbindo, e eles nunca desiludem os pais...
Já mortos, os bichos, por um dos rapazes ainda aprendiz, mas segundo me contaram: - Foi a nossa mãe que nos ensinou a todos a preparar as matanças; chamuscar, lavar, e abrir-los para os dependurar durante uma noite, para no dia seguinte os desfazer, e iniciar o ciclo dos rojões enchidos etc.
Até a única rapariga dos irmãos deitou mãos à "p'ata" foi buscar os aperitivos que degustaram enquanto trabalhavam...
Aqui vemos um dos animais já lavado e pronto para ser aberto estrategicamente, extraindo parte por parte como faria um cirurgião n'uma operação complicada...
Courela para as alheiras... barbada para os rojões... fígado para comer ao almoço como costume... tripas para os enchidos, e a gota de vinho no final para lhe dar melhor gosto.
A preparação dos aperitivos, servidos pelos presente, inclusive eu.
Finalmente, os dois bichos dependurados para passar a noite, com intuito de no dia imediato, serem desfeito dividindo cada parte para o que estava destinada, salientando os lombos, para os salpiçoes e chouriças, presuntos, costelas e os ossos para a calda das alheiras.
Bom apetite rapaziada.
2 comentários:
Tonho
Que bom, que ainda há quem possa continuar com as nossas tradições. Só posso dizer: bom proveito!
Beijos
Olá Fátima: pois deveria ser assim sempre... infelizmente tudo muda. Bem-hjas por tudo beijos
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