único programa cultural! As formações académicas, tem, a meu
ver, muita influência no snobismo cínico, o qual orgulha os encarregados de
educação, a ponto de fingir esquecer o que foram eles e seus pais…Marginais são
considerados aqueles que não vão à missa ao Domingo, comungar mesmo vivendo no
pecado, pagar ao padre o equivalente de uma jeira, mesmo não tendo
possibilidades, enfim fazer tudo o que eles dizem se não querem arder no
inferno… Chamam-lhe janeiras, e as pessoas importantes são brindadas com elas ensaiadas,
acompanhadas de instrumentos, perdendo o “charme” a capela e o seu significado.
Já nas
festividades de fim de ano, e precedentemente no Natal, a afluência dos
visitantes foi este ano insignificante relativamente a tempos idos. Só aqueles
mais mordidos pela saudade se esforçam por estar presentes no cantinho que os
viu nascer… pois não sabem o que perdem, porque apesar de poucos são bons, e
recordam alegremente as falcatruas de adolescentes que irritavam os mais
velhos, lesados e feridos no orgulho de ter e ver desaparecer numa noite escura
e nem rastos das peças furtadas pelos “lafraus” de costume, cozinhados ao
abrigo dos olhares indiscretos, e saboreados alegremente como um verdadeiro
repasto dos abastados… surpreendi-os nesta conversas animada
sobressaindo os nomes dos mais atrevidos numerosos que com a idade e a
emancipação se tornaram “sages” embora o bichinho ainda mexa com eles
sentindo-se lisonjeados com a reputação animadora dos tempos mortos numa Aldeia
onde quase nunca se passa nada? Fiquei um tanto quanto perplexo e surpreendido com
os nomes citados, mas, também eu participei, no meu tempo e noutros lugares em
patuscadas da juventude mesmo não sendo dos mais “corrécios”.
O café do Reis, agora sob a gerência da “sequinha”,
foi o pseudónimo que ela escolheu, continua a ser o local preferido dos que
estão assim como dos que chegam por alguns dias, também atingidos pela dita
crise europeia, porque se nos referirmos aos gastos em presentes
em Portugal durante as festividades, (2.000. 500.000,00) só
há crise para os pobres como sempre, os outros podem manter os níveis de vida
com margem de crescimento… por cá a rotina de sempre, tendencialmente a
aumentar o isolamento, por conseguinte a falta de novidades, se contarmos com
aquelas que não podem ser dadas para não ferir sensibilidades, correndo-se o
risco de um apartheid branco.
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