segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Bispo indignado com o abandono dos idosos

Bispo preocupado com abandono de idosos nos hospitais

O bispo da Diocese de Bragança --Miranda, José Cordeiro, mostrou-se hoje «incrédulo e preocupado» com o abandono de idosos, e mesmo gente jovem, nos hospitais do distrito, uma realidade que jamais pensou encontrar nesta região.

O mais jovem bispo de Portugal está em funções há pouco mais de três meses e, apesar de ser natural desta região, co...nfessou que não imagina encontrar nas visitas e celebrações que fez nos hospitais do Nordeste Transmontano, por altura do Natal, uma realidade idêntica à das grandes cidades.

"Pensei que, em Bragança, não era real isso: muitas pessoas que têm alta dos hospitais, mas não têm para onde ir", disse, à margem de um encontro de instituições sociais católicas, que o próprio promoveu.

Entre os vários problemas sociais da região, "a solidão das pessoas" constitui uma das principais preocupações do prelado, depois de ter visto muitas nos hospitais "à espera que uma instituição, que alguém, que uma casa os acolha, porque nem a família, nem vizinhos, nem os amigos os acolhem".

«Não só os idoso, mas gente jovem, o que é confrangedor. Pensei que em Bragança isso não acontecesse, que só fosse nos grandes centros e nas grandes capitais, mas no nosso distrito é uma triste realidade», afirmou.

José Cordeiro prometeu o empenho da Igreja e das suas instituições sociais para ajudar a resolver este problema, nomeadamente através das paróquias e dos centros sociais.
Ver mais

2 comentários:

eduarda disse...

Pois...parece que a "solidão" é praga instalada em qualquer recanto.
Parece-me ser de alguma ingenuidade, este espanto do Sr. Bispo, eu que não ando a correr capelinhas, hospitais, prisões, associações...etc. etc. para além das situações que presencio, leio jornais, onde se noticia com algum carácter permanente que cada vez mais cada um olha por si.
Poderá ter o Sr. Bispo pretenções a alterar mentalidades? Deus o ajude. Era bem preciso. O que me parece desnecessário, são estas pequenas observações, como se tivesse vindo de um mundo imaginário e caído num Portugal real.
Tem ele razão, sim senhor, quando diz que há demasiada gente desprovida de companhia. Mas quanto a mim, não é a física, muitas vezes a necessária. A da alma, é precisa... muito. Se esta crescer, se fortificar, creio que muitas mazelas não se ramificariam tanto. É função dele alertar, é função dele evangelizar, é função dele ajudar os que dispensam o crescimento da alma, e não fazer este ar de espanto, para uma coisa que todos nós sabíamos.
E se cada um de nós olhar para o que está mais próximo, basta isto, estes discursos são dispensáveis.
Será que ele também o faz? Ou o seu rebanho é demasiado grande, para poder olhar por todos?

PS: António nada me move contra o Sr. Bispo, mas engranitam-me estas manifestações de solidariedade oportuna. Por onde é que ele tem andado?

Um abraço
Eduarda

antonio disse...

Eduarda: em 1.º lugar quero agradecer-lhe a visita, suspeitava manifesto descontentamento, relacionado com o meu instintivo feitio da justiça e da verdade, nos comentários, como é óbvio nem sempre tenho razão, admito. Coloquei esta reportagem no blog. com intenção de alertar certas pessoas à realidade, apenas credível, quando, expresa e manifestada pelo clero. O sr. Bispo sabe certamente, parte ou mesmo a totalidade destes factos... mediatizados tem outro impacto no raciocínio de quem " emprenha pelos ouvidos", cotudo concedo-lhe o benefício da dúvida, pela sua jovem integração episcopal...
Esta luta no Nordeste Transmontano, tornou-se num desespero, mediante os preçários dos lares para idosos, particulares, da arrogancia e má recepção,dos benefícios desmedidos, e oportunismo sabendo-se a falta de intituições para os requerimentos. Nos hospitais, é uma vergonha inhumana que se verifica, com indifernça e desdem. Não há profissionais, ou muito poucoa são dotados.É um remar contra a maré, mas sempre denunciarei as injustiças e discriminações, sobornos, abusos e injustiças... ainda que seja o único, com sentimentos humanistas. Abraço saudoso