MURÇÓS:
preparava-se para adormecer, submerso pela nebolisidade, densa, nivelada com a profundade da natureza, enquanto, já longinquamente, o Sol, com seus raios dourados, se despedia, deixando o lugar à noite húmida e gelada, triste e penosa, noticiada com a partida de um filho da terra...
... tanta beleza observada do alto da serra, com o coração apertado pelo sentimento de despedida, fez rodar, pela face abaixo, uma lágrima solitária, perdida na extremidade da boca, onde se refugiava cobardemente a lingua, por não ter mais que dizer, para àlém de um Adeus...
As raizes que a austeridade das recordações nos obriga ao renascimento, propagando factos e ditos, felizes ou infelizes, dimensionados, desmedidos, inoportunos, desmerecidos, mas, sempre ditados pela ordem divina, a qual no dia certo, na hora menos esperada, nos indica o caminho eterno...
... Também a Lua, cheia de brancura e encanto, apareceu discretamente, para não perturbar os que adormeceram na paz de Deus! A Natureza vestiu-se de branco, pureza dos anjos, dos justos, daqueles que deixam transparecer os verdadeiros sentimentos, sejam eles dolorosos ou felizes!...
Aqui jaz a minha homenagem, em nome de um povo, que sofre, chora em silencio, a partida de um dos nossos, e que nos seus humildes propósitos, levanta os olhos para o firmamento, como´`a procura do caminho, que um dia nos conduzirá a todos.
Pêsames sinceros...
2 comentários:
Olá António
Apesar da tristeza que transparece, acabei por gostar muito do casamento entre o texto e as fotografias.
Não foi necessário rebuscar palavras, nem precisou de "big stars" para ilustrar uma magnífica mensagem.
Abraço
Eduarda
Muito obrigado Eduarda. Gosto da franqueza das pessoas, e consigo sei que não há fingimentos...
Espero ver brevemente, publicado no seu blog, qualquer coisa de interessante, como nos tem acostumado... mesmo sabendo que estou a ser eguista, pois tenho muito tempo livre... Abraço
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