terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Amor selvagem


 Quem sou eu? Não me deram um nome
Não tenho pai, não conheço a minha mãe
Sou uma flor
Sou uma planta
Ninguém me diz, ninguém me canta
Orfa de amor, de tudo que toda a gente tem
Sem perfume, sinta a dor
Entrançada até à garganta
Cor de vinho, cor do sangue
Cresço ao abandono de todos
Será que sou mesmo uma planta?
Quem me dera ter um dia
Tudo o que os outros têm
Ser amada ser beijada
Levada para as nobres casas
Morar em vasos de alegria.

            A Braz


















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