Psicologia
barata:
por António Brás
Certo dia,
já no século XXI, Na cidade de Braga, vivia um homem chamado Benigno, de 55
anos de idade casado, alto e Rubio, Calçava o Nº 45, mãos largas e malfeitas,
já careca e exercia a profissão de Psicólogo. Como no pano mais branco cai a
nódoa também ele foi fulminado por uma depressão nervosa bastante acentuada,
com a qual lidava o melhor que podia havia já algum tempo. Perito na matéria
não aceitava os conselhos da esposa em ir visitar um colega. – Eu é que sei –
dizia ele – em tom de incómodo… mas a depressão persistia cada vez mais
profunda, obrigando-o a deixar de exercer, e, com muitos protestos lá foi ele
visitar uma colega do seu conhecimento. Entrou no consultório quando foi
chamado, cumprimentou a sua interlocutora, e esperou o desenrolar dos
acontecimentos rotineiro que tão bem conhecia.
- Então caro
colega, o que o traz por cá? Veio fazer-me uma visita de cortesia?
- Não propriamente.
Venho consultar…
-
Consultar?! O colega sabe tão bem como eu quais os métodos…
- Pois… sei,
mas gostaria de saber a opinião de uma profissional de renome como a senhora.
- Obrigada,
quase me fazia corar… por onde começamos?
- Tenho um
pedido para lhe fazer, se não vir inconveniente…
-Seja feita
a sua vontade…
- Então é
assim: Vou expor os meus argumentos, mas agradecia que não me interrompesse.
Pode ser?
-Como é
óbvio…
-Ah!
- Não
aconteceu nada porque eu não quis, guardando-me para a noite que havia mais
vagar, mas chego a casa e levo com os pés…
- Ai a
cabra!
- Como a ereção
não baixou, nem mesmo com um duche frio, no dia seguinte, chamei a secretária
ao meu gabinete, e pimba mesmo em cima da mesa!
-Porco.
Como?
- Nada, prossiga
que o seu caso está sendo interessante!
- Poucos
dias depois tentei novamente, com a minha mulher, e: Nada. Aqui há gato pensei…
e comecei a segui-la. Nas duas primeiras vezes entrou de carro para um parque
do centro comercial Galécia. Perdi-a de vista.
-Oh!...
- Poucos
dias depois estava parado no semáforo e vejo-a apegada com um cão braço no
braço, do outro lado da rua. Segui-a pela rua dos capelistas, e entraram no Nº
69.
-- Sessenta
e noooove?
- Exatamente.
Subiram ao terceiro andar, e via-se através dos cortinados um enrolar como
pombos no choco:
- Ele, ele
beijou-a?
- Comeu-a
colega!
- Cabrão!
Cornudo…
- Sim cara
colega sou cornudo, e quer saber com quem?
Não, não
quero porque já sei que se trata do meu corno de marido.
- Mas…
porque diz corno?
-Porque
acabei de escorregar com a boca para junto da sua carcela. E não me deve nada.
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