domingo, 16 de janeiro de 2022

Os justiceiros, por António Braz Andam de mãos dadas seguindo os mesmos caminhos, com a indulgência que os carateriza, e a má fé que neles mora, desde a nascença ou até mesmo antes da gestação? Carregam nos ombros franzinos a vestimenta de homens honrados levantando-lhes o ego até às profundidades dos infernos, de onde saem mais vermelhos que polpas de tomate podre, fermento que se fragmenta através das hierarquias vigentes onde todos comem tudo e não deixam nada, a não ser os resíduos de ações maquiavélicas. Tentar por termo a tais mentalidades, corrigi-las ou modifica-las é tarefa impossível. Portugal legisla e cada decreto lei tem duzentas e cinquenta alíneas que vem prorrogar dilatadamente, alimentando a designação do que foi dito por não dito ou feito por fazer. A profissão que ajuíza, seguindo-se os tantos e mais recursos, podemos chamar-lhe “pantin” e aos seguintes: Maria vai com as ouras. E o tempo a passar! E o trabalho é tanto e tão pesado, que só umas férias à escapula em lugares proibidos aos desgraçados, lhes retribuem o discernimento chegando por vezes depois do funeral do arguido em questão. Há países em que as coisas se resolvem e ficam resolvidas. Em Portugal não. É necessário dar mais voltas ao frango no grelhador para enorme satisfação de um jornalismo moribundo cujas audiências prevalecem em detrimento de instituições fardadas fruindo salários exorbitantes, que não contam para despesas do Estado, nem para contabilizar por economistas gagos, preocupados somente com o maior poleiro do Mundo doa a quem doer. Os Portugueses são vaidosos geneticamente, mas, para além deste conceito, ferve-lhes nas veias uma ilusão miríade propulsiva, determinada e resoluta, com tentações aspirais. Nas cidades, vilas e aldeias transmontanas o contágio ultrapassou o siso deixando-se invadir insipiente, semeando a burrice com língua de ouro que sempre deu fruto, com mesquinhez ou hipocrisia, irrelevante. Para quem tem a nossa idade, as consequências podem ser relativas, e a juventude não se deixa endrominar por quem “chega” basta ou vão para onde a civilização não é uma nódoa. Quem vende o que tem a pedir vem….

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