sábado, 7 de maio de 2022

Minha mãe mandou-me à fonte

— «Ai minha mãe mandou-me à fonte, à fonte do Salgueirinho; Ai mandou-me labar a cântara com a flor do rosmaninho. Ai eu labei-a com arena e scachei-le um bocadinho.» — «Ai anda cá, perra traidora! Onde tinhas o sentido? Ai tinha-lo naquele mancebo que anda de amores contigo.» — «Ai, minha mãe, não me bata com bara de marmeleiro! Ai que stou muito doentinha, mandai chamar o barbeiro!» Ai o barbeiro já lá vem com uma lanceta na mão, Ai p’ra sangrar a menina na veia do coração. — «Ai, minha mãe, não me bata com bara de marmeleiro! Ai que stou muito doentinha, mandai chamar o barbeiro!»

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