sexta-feira, 14 de abril de 2023

Dia de sorte602

Dia de sorte 602 AB Os tempos foram passando, Fred frequentava agora um curso de medicina, Numa Universidade privada, tal como a namorada, cujo amor crescia de dia para dia, no anexo que Francisco mandou construir juto da vivenda, onde viviam e se arrolavam como passarinhos inocentes, no ninho que era só deles, e se amaram loucamente Ao abrigo de olhares indiscretos de observações maldosas, de risadas de onde surgiu a gestação de um filho para premiar tanto carinho e afeto e deixar orgulhosos os genitores segredando ternuras com receio de serem ouvidos por alguém. Aquele ventre abençoado crescia para orgulho de quem já sentia tanto amor, e Fred tinha o dever de informar o pai, cujo beijo com aquele homem trazia entrasgado na garganta, e mesmo sendo aberto a todas a eventualidades, eram talvez os ciúmes que iam roendo o seu coração moribundo, supostamente isento, mas foram germinando dentro dele, ausências e gestos que agora pesavam. Pela sua cabeça passavam imagens do filho que ia nascer, e pela boca juramentos de ser um verdadeiro pai e ao lado dele vivenciarem o que tantas vezes lhe faltou, em noites de lágrimas que lhe inundavam o rosto. Francisco, apesar de se entender bem com o companheiro, vivia um amor platónico, onde surgia incessantemente aquela promessa feita ao avô na sua consciência cheia de remorsos. Também a infidelidade vinha agravar uma situação já desastrosa, não foram necessários tempos nem informações conclusivas para se aperceber que o companheiro só vinha ter com ele em momentos vazios e fingia realidades que o traziam como um boneco sem saber que direção tomar nem que fazer da sua vida até então aparentemente honesta que o levou a apaixonar-se por um mafarrico conhecedor das proezas onde andava metido, e Francisco era apenas mais um que lhe caiu na esparrela. Furioso com ele próprio até os negócios se iam desmoronando. Como se não lhe bastasse, era assediado por aquela mulher diabólica que jamais desistiu de o possuir não olhando a meios. Francisco tinha discutido com o companheiro o seu comportamento ignóbil e que ficaria para outra altura a decisão a tomar. Saía do escritório já tarde e só os seguranças permaneciam no edifício. Havia câmaras por todo o lado, mas como conhecia os seguranças deixaram-na entrar, preocupou-se em primeiro lugar para esconder a que vigiava o escritório da sua presa, e com um facalhão no casaco murmurava: hoje não me escapas. Entrou de rompante no escritório de Francisco que se aprestava a sair, e sacando da grande faca foi por detrás da secretaria e encostou-lha no dorso ao mesmo tempo que dizia: Hoje não foges... Francisco ficou lívido, mas ainda perguntou? Os seguranças… sim deixaram-me entrar, porque hoje é o nosso dia. – respondeu - Tenha juízo, o marido não lhe basta? - É a ti que eu quero. Foi aproximando a faca do rosto de Francisco. Despe-te imediatamente ou corto-te as goelas. Mediante estas ameaças Francisco ainda disse. – As camaras vão vê-a e os seguranças chegam imediato desista desse ato diabólico. - Chama-lhe como quiseres, mas despe-te todo imediatamente - Quero-te ver nu... O homem obedeceu com gestos lentos esperando ser salvo pelos seguranças. -E pensa ter relações comigo neste estado? Eu ocupo-me de fazer subir o elevador não te preocupes, e dizendo isto com o facalhão começou a marcejar os órgãos genitais. – Não queres ficar sem isto, ou queres? – Então para minha segurança a minha boca vai fazer o serviço e pôr-te em forma, depois continuamos. Francisco sentiu-se o mais pequeno dos seres humanos, mas acreditava que aquela mulher diabólica iria até ao fim para conseguir o que queria. Tirou a roupa toda com a mão esquerda e quando julgou a ereção do homem a pondo, mandou-o deitar na alcatifa de ventre para cima, enquanto a arma apontada permanecia disposta á execução. Já tinha tido os seus prazeres quando a porta se abriu e entrou a senhora de limpeza. Foi direito a ela e esfaqueou-a no ventre. Francisco sentiu-se perdido e dominado par uma mulher endiabrada, sem saber que fazer. – outra vez que esta parva tirou-me os efeitos de prazer. -Por amor de deus… deixe-me ver se a senhora está viva. Quando terminarmos porque não vou ter outra ocasião como esta. Com a mão faz o que tens a fazer... estavam no final da segunda violentarão quando apareceram os seguranças a agarraram e chamaram a polícia que não tardou e levou o demónio para uma sela isolada. Francisco envergonhado vestiu-se e telefonou para o marido contando-lhe toda a história.

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