terça-feira, 25 de abril de 2023

Dia de sorte 680 AB

a de sorte 680 AB Fred e a namorada tinham concluído o curso de medicina e a especialidade na mesma Universidade um em cardiovascular e o outro em ginecologia. A caminho vinha o fruto de um amor profundo, singular, que aparentemente jamais seria interrupto, uma menina que dentro de pouco tempo veria a luz e o amor que os pais tinham já depositado nos seus corações atormentados com anomalias que pudessem surgir, tateando constantemente aquele ventre abençoado pela graça de Deus, com manifestos risos e comentações quando se mexia dentro mais energicamente. Francisco voltava sempre para casa tardiamente, enervado ao bordo da depressão nervosa. Mil vezes se tinha arrependido de fraquejar quebrando a jura que tinha feito ao avô, mas agora era tarde demais para remediar o que considerava insensato que uma vaga onda o levou como se fosse engolido por um monstro. Era humilhado onde estivesse o seu companheiro, cujas disputas eram cada vez mais frequentes e agressivas. Também recebeu a visita do Sr. Mailer a pedir perdão pelo que a esposa tinha feito, mas infelizmente o seu poder de marido apenas lhe sugeria o divórcio, e a partilha dos bens assim como a visita da filha e um neto que tinha. Pediu-lhe por tudo que há no mundo que não participasse dela, cujo destino seria a prisão. E a vítima continuava a ser cordial, fingindo sorrisos, mas o seu coração sofria atrozmente. Não passou despercebido ao filho que sempre que o sentia entrar em casa sentia que muita coisa se estava passando nas suas costas. Um dia tomou a coragem de o enfrentar quando subia as escadas em direção ao seu quarto. Surpreso Francisco ficou paralisado e foi o filho que lhe pediu para entrar no seu quarto uns minutos. -Tens alguma coisa para dizer diz que eu sou todo ouvido. Sei que não me considera como filho, mas acorde-me pelo menos uns minutos no meu quarto. Francisco não tinha como fugir àquela situação entrou. - Somos os dois adultos vamos diretos ao assunto. Tenho reparado no seu stress, e nas chegadas tardias a casa, diga-me o que se passa pai… Francisco emocionou-se pela primeira vez com o filho que mesmo não sendo querido, preocupava-se com ele. -São problemas nas empresas nada mais. - Seria capaz de mentir ao filho que rejeita olhos nos olhos. Já não sou um miúdo que se convence facilmente! Por favor diga-me. - Os meus problemas sou eu quem os resolve, porque queres meter-te entre mim e eles? - Porque é meu pai e eu amo-o, basta-lhe? Ó meu rapaz a vida dá tantas cambalhotas que dificilmente podemos erguer-nos. - Só a morte não tem solução… em primeiro lugar organize-se que amanhã seguimos para a herdade dos avós... As viagens já estão marcadas, não há recusas possíveis. Sim, tens razão vai-nos fazer bem e há tanto tempo que não fomos… Embarcaram no avião no dia seguinte, e o olhar de Francisco percorria as nuvens á procura de socorro. Também o filho não ousou fazer-lhe perguntas indiscretas, que podiam ter uma má resposta. Passaram oito dias no paraíso onde tantas vezes confidenciou com o avô, riram e percorreram distâncias a cavalo como se estivessem no céu. No dia do regresso Francisco agradeceu ao filho com um beijo pela primeira vez. Ao desembarcarem no aeroporto esperava-os o companheiro visivelmente furioso, agressivo e talvez com ciúmes. Fred cocou-se entre os dois e disse: deixe o meu pai em paz. – Já o fedelho manda… - Não lhe admito insinuações dessas seja quem for o mal criado. -Malcriado? Toma lá para apreenderes, e desfechou-lhe um soco no nariz que começou a sangrar. Tirou dos lenços de papel e apenas retorquiu. - Que esta ofensa não se volte a repetir., Depois de tanto alarido Francisco ordenou ao companheiro que o acompanhasse ao escritório que precisavam falar. Seguiram os dois no automóvel do companheiro e Fred regresou a casa tantas eram as saudades das sua mulheres. Já no escritório dispensou os empregados mais próximos e os dois entraram francisco fechou a porta à chave. -Diz-me lá então o que queres? - Desejava ter sido avisado, não achas? - O que eu acho é que bateste no meu filho com ciúmes quando tu trais onde queres e com quem queres. - Não tenho culpa de ser atraente. Atraente grande cobarde? Os insultos e agreções tornaram-se cada vez mais violentos e francisco foi ao cofre de onde tirou um revolver carregado e sem mais palavras disparou três vezes no peito do companheiro que caiu na alcatifa ensanguentada sem vida. De seguida chamou a polícia que o conduziram imediatamente para uma das prisões mais perigosas do estado

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