Os traços do destino apontam-nos trajectos a percorrer com a
sinalética directiva…ainda começamos a dar os primeiros passos e já temos o
sentido temerário da desconfiança, do perigo, eminente, constante,ao longo de
uma caminhada direccionada para o Mundo incerto e repleto de complexidades
convergentes no bom sentido, mas tantas e variadas vezes divergem, deixando
rastos decepcionantes, desilusões inesperadas, desalento e vontade de voltar
para trás, para tentar corrigir os erros, perdoar e pedir perdão, enveredar
pelo que é certo e justo…
Já alguma vez atravessaram uma serra passando por um túnel previamente aberto para diminuir a distância ou facilitar o trajecto? Claro que sim! Qual foi a vossa reacção ao enxergar a luz do dia que entrevê a saída? Como se tornam longos os minutos entre a entrada e a saída! Ainda mais convencional um simples IRM…
Aqueles caminhos, por onde passamos, levados pala mão ou de mão dada! Os longos percursos fracassados pela etimologia.
Se nos é concedido, a todos, o direito a um caminho, porque será que me vejo constantemente, atravessar o globo terrestre por um “carreiro” magnetizado, sem poder tocar as coisas, ver maravilhosas paisagens, ouvir o cantar dos passarinhos?!
Não me sinto perdido… confuso, talvez? Mas sobretudo desiludido pela humanidade!...
…Não pretendo inculcar a moralidade, nem me julgo suficientemente bom e justo, para imitar os grandes defensores da pobreza e da justiça, não; sou eu, não aquele que gostaria ser… mas, também não há caminhos perfeitos, e nem sequer sou um caminho…um pôr-do-sol! Um cheiro agradável de flores campestres que enchem as narinas dos passantes insensíveis…sou uma voz rouca, sem timbre, que ninguém ouve!
Uma alma penosa à procura da remissão…vivo procurando aquilo que cada vez mais se distancia de mim…enquanto o sol brilhar…
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