A Diocese de Bragança, através do seu bispo novo e com novas
ideias, tentou remodelar os representantes paroquiais do Distrito,
transferindo-os ou agrupando-os em locais diversos, alheios a rotinas abusivas,
por razões óbvias de suborno, afeição, negligencia, abusos, omissão, e outros
motivos que ficam no segredo dos Deuses…
A imparcialidade fraquejou, e foi mesmo superada pelas
solicitações dos compadres, fazendo subscrições, para incitar o Bispo a ser
condescendente, tolerante com alguns deles, por motivos e razões inventadas com
fabrico “made in Portugal”… coitados!” Ficar sem os tachos que rapidamente
elevava seus patrimónios para o topo dos abastados avarentos”, era sem dúvida,
uma injustiça para um catolicismo implantado com hipocrisia, comodismo, abusos,
falsidade, e outros adjectivos qualificativos, deixados ao critério dos
peritos, avaliadores que não temem represálias nem desdenham temas considerados
injustamente “de tabouts”.
Infelizmente, o padre “dois pêlos”, segundo informações
recolhidas, vai continuar em Murçós… cúmulo da vergonha! Esse sim, deveria
ficar a léguas distanciado das pessoas lesadas, iludidas, como sempre, pelos
bons discursos, falsos, decorados num seminário de hipócritas, sem fisionomia
nem personalidade…
Lamento imenso que as pessoas vulneráveis sirvam de álbum a
atiradores sem sentimentos, irresponsáveis, cuja eficácia se baseia essencialmente
na prática da religião cristã e seus derivados pecadores…
Desde já quero deixar bem explicito não ser minha intenção
tentar modificar as crenças de cada um… muito menos criticar as boas práticas
da religião cristã que me foi transmitida durante toda a minha infância, num
meio Sacerdotal, embora com algumas diferenças do que é imposto aos fieis
actualmente do qual discordo.
Já nesse tempo havia suborno, intrujices, e teria dezenas de
exemplos para citar, mas fico-me apenas por dois. O do adultério, que o padre
com quem vivi durante seis anos, praticava às escondidas, com várias mulheres,
algumas delas casadas. Com uma delas teve um filho, o qual foi enviado para a
casa pia, e o tratava como padrinho….
Quanto aos alimentos caritativos doados pela CARITAS, para
distribuir pelos pobres, cujos nomes figuravam impressos num boletim individual
informativo, que eu preenchi às centenas, mas que, só uma pequena fatia do bolo
lhes era entregue. A farinha que chegava em dezenas de sacas, e o queijo em
numerosas caixas, eram distribuídas parcialmente pelos pobres, enquanto grande
quantidade destes produtos eram ofertados a compadres amigos e até vendidos…
NÃO HÁ CRISTÃOS JUSTOS, HÁ CRISTÃOS PECADORES…
3 comentários:
Tonho
Estou sem palavras para aquilo que acabei de ler. Sempre tive o padre que referes como pessoa honesta e trabalhadora, mas aquilo que dizes dos alimentos da Cáritas é de bradar aos céus, porque é roubo! Quanto às "amigas", embora ache incorrecto, era lá com ele e com elas: o mundo não é feito de santos. A da Cáritas, e o não reconhecimento do filho é que me estão a dar calafrios!
Beijos
Fátima: conhecias certamente o Sacerdote mas não o Padre...eu apenas narro factos passados na minha infância.Não faço qualquer juízo, e jamais me permitiria dizer da pessoa que falo, que não fosse honesta e trabalhadora... tanto mais que os produtos não eram consumidos por ninguém da casa! Considero portanto que se tratava do desvio de produtos alimentares do seu prévio destino... o que se pratica actualmente com frequência com todos os produtos, nos diversos lugares de trabalho... e aquele que nunca desviou o que quer que seja que atire a 1ª pedra...
De facto o mundo não é feito de Santos, e são tão poucos os: Abbé Pierre e Madre Teresa de Calcuta!Abunda muito mais o cinismo e a hipocrisia para infelicidade do mundo! Não me considero melhor que outros, nem pretendo mudar o rumo dos acontecimentos, defendo e sempre defenderei os pobres e oprimidos,clamando justiça para os justos.
Obrigado pela visita. Beijos
Tonho
Partilhamos a opinião: era uma pessoa muito trabalhadora. Não me lembro de que, em todos os anos que conviveu connosco, tivesse tido um dia de folga, embora ficasse mais liberto no Verão.
Como te digo, ao longo dos tempos, os padres sempre foram entendidos como homens e, apesar da imposição do celibato (não no tempo de Cristo nem nos primeiros séculos do cristianismo) e os seus relacionamentos amorosos tolerados, ou mesmo desculpados. Nada tenho a obstar, embora a sua consciência os devesse, pelo menos, afastar do adultério, pois que é um dos mandamentos da Lei de Deus que todos os cristãos (e judeus) devem cumprir.
O que me choca profundamente naquilo que revelaste das tuas memória, já o disse, é o desvio dos bens da Cáritas, porque isso significa tirar a quem precisa para dar as quem não precisa (e para nada importa se os bens eram consumidos na casa dele ou não!). Isso, sim, revolve-me as entranhas, porque vai contra toda a mensagem de Jesus. É um pecado medonho, assim como o abandono do filho que devia ter sido criado por ele, educado por ele e devia ter-lhe herdado os bens!
Quando disse que não havia santos referia-me à relação com as mulheres: são dois adultos responsáveis por si e pelos actos que praticam que dependem da consciência de cada um. O resto já não depende da consciência - é gritante, medonho, ultrajante e criminoso!
Desculpa lá a arenga, mas voltei a ler o teu texto e voltei a enojar-me com aquilo que contas que, tenho a certeza, corresponde à verdade.
Beijos
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