Ser avó, é talvez um dos maiores privilégios que a vida nos confere... é com grande felicidade, euforia mesmo, que atingimos os objectivos referenciados pela maioria dos seres humanos, ser pai. Contudo, raramente recordamos os nossos progenitores...uns porque não os conheceram, outros porque jamais receberam afecto, carinho, amor deles... sobretudo em tempos difíceis, onde não havia tempo nem meios para partilhar este maravilhoso sentimento, que delicia os mais novos e extasia os mais idosos!
Os avós são para os netos o que não foi possível ser para com os filhos... falta de tempo ou de jeito, já não sei o que faltou!?
Uma fogueira... uma chaminé... o fumo que enche a cozinha... e, os meninos à volta da fogueira... ouvindo histórias, cantando cantigas de outros tempos, comendo umas castanhas assadas, uma alheira, chouriça ou salpicão, enquanto lá fora faz um frio de rachar... gotas de água gelada que caem do céu e se transformam em neve branca... o tempo passa tão rápido! Chega a noite... os pais vem já a caminho, vão levá-los para o aconchego do seu lar,,, vem cansados, indispostos, não lhes apetece brincar... comem à presa e toca a deitar... amanhã é outro dia problemático, "srtessante", de correria como tantos outros que se seguem... naqueles cérebros pequenos e inocentes não cabem justificações... sabem que tem de ser assim, e, até ficam radiantes por voltar para casa dos avós, onde os espera, provavelmente, um bolo quentinho, guloseimas, mas sobretudo carinho, muito carinho e amor!
A partilha é recíproca! Sós, inactivos, sem projectos nem ambições... porque já viveram... talvez a duzentos à hora?! Agora o tempo chega-lhes para tudo... parece parar, ou foge na frente a uma velocidade louca, medonha!
- Como são lindos os netos! Como são bons os avós!
Os tempos mudaram tudo, menos a cumplicidade entre avós e netos...
Amai-vos enquanto é tempo... e guardai, nos vossos corações, para sempre, uma boa recordação, dos tempos de criança até à velhice...
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