terça-feira, 25 de setembro de 2012

Chove, Chove chuvinha...

Dia cinzento em Murçós. Chove, finalmente!!! Após tanta lamuria, preces a manifestações, o supremo, soltou as gotas de água presas, e propagou-as, suavemente pelos campos agrestes,  poeirentos, onde o arvoredo começava a dar sinais de aflição, morte, por falta de água...os castanheiros erguem para o céu agradecimentos, através dos ouriços em crescimento, antes de dar à luz as magníficas castanhas, saborosas e gratificantes, na entreajuda da sobrevivência aos pobres agricultores, órfãos de apoios por parte das entidades governamentais.
Também as oliveiras rejubilam felicíssimas com a sede saciada, enquanto o crescimento da azeitona progride a passos de gigante e se vê a olhos nus!
O naval, tempo de sementeira, não gosta dos critérios adotados pelo centeio, que se diz: "semeia-me em pó e de mim não tenhas dó", gosta de frescura para nascer, e de água pura, destilada, como a chuva, para o crescimento normal. Uns grelos tenros e frescos fazem deliciar os Portugueses, especialmente os do Nordeste Transmontano, acostumados ao consumo com bacalhau assado, arroz e mesmo na sopa.
As couves tronchudas e rabas, já plantadas, aguentavam dificilmente, sobrevivendo com sacrificadas regas...gostam, sobretudo do tempo frio e húmido, por alguma razão se chamam legumes de inverno!
As nascentes fracas, os riachos sem corrente, as barragens quase esgotadas, nas nossas torneiras já pouca água corria, e a economia impunha-se por todo o lado. O agricultor precisa de água para as suas culturas, assim como o citadino de transportes urbanos nas deslocações...
A chuva chegou, pode não ser com grande abundância, mas, vamos vivendo o dia a dia, e agradecendo a quem nos proporcionou um viver.

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