O frio está chegando. Como todos os invernos, as geadas, quando misturadas com densa nuvelina, fazem estragos nos frutos invernais que não estão abrigados por estufas, e tratados por quimicos prejudiciais para a um saudável viver da pacatez Aldeâ. Para evitar o congelamento, resolvi, hoje, fazer a recolha das laranjas, tangerinas e clementinas do meu pátio, ficando apenas os limões, e aquelas que aparentavam ainda não estar maduras, sujeitas ás intempéries anunciadas pelo boletim meteorológico.
A quantidade foi menos abundante que nos passados anos, devido ao tempo quente e seco que tivemos durante todo o Verão e parte da Primavera... contudo, a qualidade é excelente, muito sumentas e de uma doçura que faz inveja às abelhas e seu mel.
Em Murçós, há hoje numerosas plantas a produzir em quantidade e qualidade... para conssumo, como sempre, pois nesta Aldeia não se vende nada, partilha-se, divide-se!
O clima, subiu bastante em altura, em relçao ao nível do mar, pelo que se os antigos passassem por cá e vissem estas maravilhas, caiam de surpreza, mas, por outro lado, o castanheiro vai secando cada vez mais nas partes baixas da Aldeia.
O limoeiro, com ramalhagem bastante frágil, tem curiosas carateristicas de produção durante todo o ano. Chega a ter quatro gerações ao mesmo tempo,; flor, e frutos da infancia até adultos, prontos para colher, o que facilita a utilização, recolhendo só quando a necessidade se faz sentir, sempre frescos e elegantes!
O crescimento da árvore tem um desemvolvimente rápido e gigantesco, necessitando de "ser podado" cortado frequentemente, para não invadir o espaço dos familiares.
As tangerinas, maiores e mais ácidas, e as clemantinas, menos volumosas, casca magra, são doces e sem sementes, facilitam o consumo. Sofreram neste ano uma desflorição inadequada, por razões meteorológicas, havendo para matar saudades, longe dos dezentos kilos do ano passado. A sua conservação também não é de grande duração, enquanto as laranjas, podem durar até ao verão, se guardadas em lugares adecuados, e colhidas sem ematômas. Finalmente o seu perfume delicia os baixos da casa, e os moradores.
2 comentários:
Viva, Tonho
Que farturinha abençoada! Mas olha que, lá por Rebordaínhos, nem com as mudanças de clima tais frutos se dão!
Estava a ler o que escreveste sobre a doçura dos frutos e a lembrar-me daquelas laranjas que trocávamos por cestas de batatas... tão azedas que "cortavam os dentes"! Pelos vistos, há coisas em que o tempo muda para melhor. Haja Deus.
Beijos
É verdade... eu recordo-me de quando o meu pai trabalhou Na Estação da Senhora da Hora no Porto, e cada vez que vinha passar o fim de semana, trazia-nos um caixote de laranjas, e nós faziamos uma festa com elas mesmo não sendo doces eram presentes que se davam até no Natal... o progresso e a evolução dos tempos, veio concretizar sonhos que dificilmente podiamos ter enquanto crianças, daí o apreço... beijos
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