sábado, 24 de maio de 2014

Os filhos do divórcio




Divórcios
Nas Aldeias do Nordeste Transmontano, vêem-se ainda hoje, os divórcios, como uma traição, cujas causas, por mais justas e justificadas que sejam, não superam o trauma envolvente. Os tempos evoluíram, e, também as pessoas, arrastadas pelas novas gerações, com mais cultura subjetiva, que na generalidade consensual pode ou não ser benéfica, ao desenvolvimento deste flagelo social, cujas consequências traumatizantes recaem sobre a inocência dos filhos, quase sempre envolvidos numa cumplicidade indesejável, servindo de dividendo, muitas vezes de recurso chantagista e ignóbil, quando o seu inocente coração ama os seus progenitores profundamente sem distinção. Não sendo pessoalmente partidário do divórcio, sobretudo nos casos insignificantes, tenho dificuldade em conceber, resoluções tomadas com tanta ligeireza,
 após anos de sacrifícios, na construção de uma casa, pedra por pedra, com gotas de suor a resvalar pelo rosto, dores de cabeça em noites passadas ao relento, subjugados pela persistência de enfados naturais, pela inquietante vontade de formar um lar, onde a paz, harmonia e felicidade pudessem reinar, mesmo que obstruídos pela sinuosidade divergente das contrariedades cotidianas.



Esporadicamente houve-se falar de casos, supostamente sólidos como rochas, na diversidade das idades, e na estabilidade social, mesmo assim contagiados, ao ponto de uma das partes tentar recorrer ao suicídio, porque a outra impera sem qualquer remorso nem indulgencia, proibindo de ver os filhos concebidos por ambos, ou mesmo sequestrando-os num local inacessível do planeta. Onde estão os valores e os princípios, daqueles juramentos feitos, diante das autoridades competentes, num dia de convicção hipócrita, naquela hora de mentira, no momento emocionante que as fotos perpetuaram? Numa verdadeira união pode não existir amor, nem fidelidade, confiança e mesmo compatibilidade, mas… quando um
 enxerto pega, cresce e dá frutos, todos os rebentos bravos, devem por precaução ser retirados a fim de permitir o desenvolvimento normal da gema previamente escolhida. Não chamem os cientistas sacrifício de vidas às uniões falhadas… nem remédio santo aos divórcios requeridos. Reparem nas consequências gravíssimas provenientes de resoluções orgulhosas, impertinentes, odiosas. Os resultados são flagrantes e ninguém quer vê-los. A fragmentação de uma vida inteira, surge com a divisão dos bens materiais. A destruição total ou parcial do sentimento amor, paterno, materno e fraterno, cai e explode no seio de um lar como a bomba de Chernobyl. Esta (grama preta) propaga-se e infiltra-se abafando o enxerto e os rebentos que só pediam para viver mesmo que fosse precariamente.
Sendo este o resumo do meu ponto de vista pessoal, gostaria deixar a ligação para o estudo científico de peritos, que aconselho a ler até ao fim. CLIQUE AQUI

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