segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Quinze anos depois VI fim


Fazendo contas à vida VI

Foi em fins de 2008, em Setembro se não estou errado, que o P.e Zé Maria foi substituído pelo três pêlos, vindo escorraçado de Ala com ameaças físicas, e precedentemente de uma Aldeia do concelho de Mirandela, onde deixou um “calão”por pagar de 25,000.00 ao empreiteiro Cunha e Reis; aqui colocaram-lhe à porta de casa um tacho com uma faca, e ele com certeza compreendeu o significado, não esperou pelos trocos… tinha o destino ingrato de fazer com que aterrasse em Murçós, para infelicidade dos que cá moravam, até à sua chegada…
É um homem pequeno em todos os sentidos do termo, forreta ao ponto de não encontrar quem o acompanhasse com as lanternas, nem com a caldeira da água benta, na visita pascal, querendo que os lacaios o acompanhassem gratuitamente enquanto ele enchia os bolsos. Como diz a adágio e muito bem: - Diz-me de onde vens dizer-te-ei quem tu és!

Herdou a presidência do centro social e paroquial de Murçós, ao herdar a paróquia, e já estava em andamento o projecto da construção de um lar para idosos (15) valências, centro dia, (30) e (30) apoios domiciliários, após três concursos, GIESTA, POPH, e PIDAC, cujas dificuldades para a sua aprovação pelo último, constituíram grande perca de tempo, dinheiro, mas sobretudo dores de cabeça, para encontrar os meios e as pessoas certas à concretização do sonho de um homem, o qual lutou até à exaustão, convicto das necessidades sociais de um povo que eram as suas gentes, esperançado de levar a bom porto, um barco, à deriva, mas… como ele dizia: - Nem que tenha de ir pedir por esse mundo fora… a ingratidão e a má sorte brindaram-no com o desprezo e a invalidez da qual as serpentes venenosas se regozijam ao abrigo da traição que os conduzirá ao inferno, se ele existe…
Sabe perfeitamente a Dra. Teresa Barreira, directora nessa altura, da segurança social de Bragança, o Eng. Rui Correia coordenador regional de Vila Real, a assistente Dra. Teresa Moreira, assim como a assistente social, do percurso sinuoso empreendido pelos que trabalhamos benevolamente, numa luta constante, a fim de recolher o parecer das numerosas entidades, as assinaturas burocráticas requeridas, os pedidos de ajuda, sobretudo ao eng. Benjamim, enfim… kg de “dossiers” exigidos pela segurança social de Lisboa que financiava a obra com a comparticipação de 374,000.00.
Na assinatura do protocolo, como se pode ver na foto, estiveram presentes na sede da junta de freguesia, numerosas pessoas, para além das personalidades camarárias, segurança social, gabinete das especialidades, engenheiros, arquitecto etc. A Dra. Teresa Barreira salientou a prioridade de comparticipações por ser um projecto financiado parcialmente pela PIDAC, acrescentando que a 1ª verba chegaria no inicio da obra no valor de 90,000.00, o que foi revogado pelo novo governo que entrou, que em virtude dos numerosos projectos começados e não terminados, teriam os concorrentes agora de apresentar garantia financeira, e os fundos chegariam à medida que a obra avançava.
Para dar seguimento ao empreendimento já sob a presidência do Sr. três pelos, eram necessários fundos disponíveis  para pagar as despesas correntes, bastante complexas e dispendiosas, tais como: as especialidades, custo mais iva: 25,000.00, concurso público da empreitada em dois  jornais, envio de alvarás, fiscalização e acompanhamento da obra por dois engenheiros com especialidades distintas, pelo que o nosso sonhador, sabendo de uma conta bancária restrita a poucos euros, resolveu pedir às pessoas residentes ajuda, caso contrário o processo estagnaria, e os prazos para a realização expiraria. A recolta dos donativos foi de 16,000.00 que serviram ao pagamento parcial das especialidades, e arquitecto, como se pode verificar neste anexo contabilístico. Sugeri antes de esta opção que julgava perigosa, em caso de “echec”, que se contraísse antes um empréstimo bancário, ao que o presidente e o tesoureiro recusaram. Porém, quando foi necessário pagar ao solicitador o processo virtual de 278.00 tive de avançar o dinheiro do meu bolso, não existindo essa quantia no banco. Foi a partir deste percalço por mim ponderado que resolvi demitir-me do cargo, anexo aqui, mas prometendo ajudar enquanto não fosse encontrado um substituto. Foi pedido um orçamento a dois engenheiros especializados, para acompanhamento e fiscalização da obra cujos custos eram de cerca de 30,000.00. Resolvi deslocar-me a Mirandela a uma associação de engenheiros, solicitando estes serviços grátis, o que me responderam que só seria possível se a obra se situasse no concelho. Resolvi pedir à Câmara, e mesmo de má vontade consegui, ver anexo. Entretanto também solicitei a comparticipação da câmara a obra em 30% da totalidade; foram-nos concedidos 15% pela assembleia o que representava: 150,000.00. Solicitei também várias vezes em assembleia de freguesia a comparticipação cuja percentagem necessitávamos saber ao que o Sr. das areias sempre respondeu: não temos dinheiro, e a obra não é nossa…
O concurso à construção da obra foi ganho pela empresa Cunha & Reis perante 12 concorrentes, cujos orçamentos e condições ofereciam as melhores condições (ver anexo). Entretanto já com a data de inicio da obra marcada faltando apenas a assinatura das duas partes, chegou uma carta de Lisboa exigindo uma garantia financeira de 250,000.00 cota parte que nos cabia já que o iva, apesar das informações erradas que os traidores tentavam dar ao presidente, reunindo-se com ele em particular, enchendo-lhe a cabeça com canalhices sem fundamento, eram reembolsados. Também a empresa Cunha e Reis foi obrigado a fazer uma garantia de construção que lhes custou 1000.00. Foi na assinatura do contrato que o Sr três pelos, influenciado pelos venenosos lacaios em quem confiava cegamente, resolveu abortar um projecto importantíssimo para esta gente simples, crente, vulnerável… foi uma facada pelas costas que deixará sequelas para sempre, e impunes os criminosos, mentirosos, que se serviram de propósitos indignos para justificar a morte de uma obra para a qual trabalhamos de alma e coração. Tentamos ainda por todos os meios salvar com protestos, reunião na segurança social com toda a junta de freguesia, comissão fabriqueira, e membros do cento social, o que podia ser salvo, com o apoio total e a promessa do presidente da segurança social de Bragança Dr. Martinho, que conheci e com quem brinquei enquanto puto, mas o três pelos trazia o diabo no ventre, e nem um engenheiro que participou na obra do padre Miguel em Bragança, experiente conseguiu  dissuadi-lo da obstinação. Foi falar directamente com o bispo que ludibriou com mentiras e falsos argumentos, e, no dia seguinte marcou uma reunião com este e nós todos; com a lição já bem aprendida, o bispo argumentava factos contraditórios, e o Sr. das areias que podia salvar a situação, manteve-se mudo como quem está ali mais para salvar as aparências… supliquei o bispo de ponderar uma decisão importantíssima para as gentes de Murçós e arredores, ao que ele respondeu: - Façam uma reunião com o povo para ver se chegam a um consenso. Mas o Sr. das areias sempre disse que não era obra sua, pelo que baixou os braços combinado com o três pelos com o qual se reuniu numa jantarada  para dar o golpe final enviando uma carta para Lisboa a desistir da verba. Tentou ainda culpar-nos do fracasso, com a vinda de um cónego fazer um sermão de mentiras na igreja. O povo acreditou nele, mesmo havendo dezenas de testemunhas do que foi dito nestas duas reuniões… as gentes de Murçõs vivem da hipocrisia e só tem o que merecem, embora muitos dos que não merecem sofram também as consequências desastrosas. Podiam ter um freguesia activa e um lar para idosos, preferiram seguir os inimigos… amen


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