Seguindo a cronologia, ciência das divisões do
tempo e da determinação da ordem e sucessão dos acontecimentos, relatados
parcialmente, nos postes anteriores, formulei a tese, que defendo sem oscilar,
com o sentimento de subjetividade, afetivo, indignado, incrédulo e inundado na impotência
preponderante de nada mais poder ter feito para evitar que as ovelhas
taciturnas prevalecessem teimosamente em seguir um pastor maquiavélico por
caminhos sinuosos cuja conduta os levaria à rutura irreversível e desastrosa,
que as lágrimas derramadas e os remorsos de consciência jamais poderão trazer
de volta…ser bom e honesto não paga; viver num País onde não existem valores
nem princípios, onde o civismo se torna um metabolismo abstrato; a avidez se
associa à presunção; a traição abismal contagia com a vicissitude alargada,
arrepiante, nefasta, sem remissão, é o calvário imposto pelo supremo, a quem
trocou inconscientemente uma vida feliz por um viver incerto, conjuntural…
Quando se sabe que nas freguesias circundantes, nas últimas
eleições autárquicas, foram recenseados 60 ou mais eleitores, no último dia do
tempo imposto por lei, podendo dois dias depois, mudar a residência, a troco de
3 euros, preço pago pelos presidentes hoje eleitos, e que os eleitores
encontrados até nos hospitais, desconheciam, sendo levados ao colo votar, e
provavelmente desprezados até que haja novas eleições… se isto não é politica
de falcatrua, então o que é? Quem permite tais procedimentos é o nosso governo,
os legisladores, subornados e corruptos, utilizando o INE e as estatísticas desastrosas,
para decidir a manutenção das freguesias, e servindo-se da (BDIC) base de dados
de identificação civil, cujo cartão de cidadão integra um chip, com as palavras
passe correspondentes, às diversas institucional idades, podendo ser modificadas
por tempo indefinido, apenas verbalmente, sem exigência de qualquer
comprovativo oficial.
Quanto à pergunta: porquê tantas lutas para aceder ao poleiro
de presidente de freguesia que ganha durante os 4 anos de mandato a bagatela de
3.000,00: é um sujeito “tabout”… presumem-se determinadas ações de malabarismo
que fogem à legalidade, dividindo o bolo com os técnicos oficiais de contas, e
outros intrusos, refugiando-se ao abrigo das fiscalizações inexistentes dos
tribunais, arquivando as denuncias ou pedidos de auditoria… sabe-se que os fundos
de financiamento das freguesias possuidoras em média 200 eleitores, enviam para
estas cerca de: 125.000,00 em prestações (4) anuais… que o Município
comparticipa na quase totalidade da execução das obras, e que a venda das
campas 250,00 reverte totalmente, assim como licenças de cães, e pagamento de
águas, prevalece a pergunta: ???
A eleição de um executivo não residente, que vive e trabalha
não se sabe onde, é mais um dos problemas que afetam gravemente os cidadãos
eleitores que pagam os seus impostos, e batem com a cara na porta da sede da
junta fechada, esperando pelo fim-de-semana dia em que passa rapidamente um dos
três, para assinaturas prováveis. A este propósito, confidenciou-me uma senhora
respeitada oriunda de Murçós o seguinte:
- Desloquei-me do Porto a Macedo de Cavaleiros, na carreira,
um dia de inverno medonho, frio, chuvoso, para legalizar uma propriedade urbana,
cujas finanças, me exigiam um atestado formal, passado pela junta de freguesia,
que justificasse o prédio ser propriedade minha… como não sabia quem era o
presidente da freguesia, dirigi-me ao Município, solicitando esta informação,
onde me responderam ser um senhor de Espadanedo. – Onde posso encontra-lo? – Perguntei.
- A estas horas em lado nenhum – responderam – trabalha para
a Câmara na barragem pelo que , só à hora de almoço…
- Podem então os senhores passar-me o a testado que
necessito?
- Não.
Podem então dar-me o
contacto, por favor?
- Também não podemos, mas… posso eventualmente contactá-lo
eu.
Ligou para o senhor que respondeu, passar às 13h por Macedo,
e falar com a senhora no Município, teria de esperar cerca de duas horas.
Como não aparecia às horas marcadas, a senhora pediu à
telefonista para lhe ligar novamente, pedindo para falar diretamente com ele…
- Vá ter comigo ao café x que eu estou lá a almoçar…
A senhora ficou perplexa, apreensiva, respondendo que não
tinha por costume falar com um representante do povo num lugar que não
frequentava, e para cúmulo da pouca-vergonha nem sequer conhecia…
- Pergunte por aí que toda a gente conhece. E desligou.
Não tendo outra alternativa, e, depois de ter feito uma
viagem tão maçadora, a senhora, saiu perguntando a Pedro e a Paulo onde ficava
o ditoso café, onde esperou pelo sujeito meia hora. Finalmente dirigiu-se-lhe
um sujeito, ao qual expôs o seu problema.
- Não tenho aqui nada para poder satisfazer o seu desejo,
minha senhora…
- Mas… não é o presidente da junta? Então exerça as suas
funções, porque eu vim do Porto e não saio daqui sem ter o meu problema
resolvido.
A senhora aconselhou-o a ir ao Município fazer o ditoso
atestado, ao que ele aquiesceu, mas quando voltou, dirigiu-se á senhora nestes
termos: Volte Sábado próximo, dentro de cinco dias porque não tenho o carimbo…
2 comentários:
António,
Li, atentamente, o seu texto. Tem toda a razão de se sentir revoltado mas, esse senhor, está na junta porque foi eleito pelo povo de Murçós! Ou não?
Parece, que os eleitores de Murçós, gostam de eleger para a sua junta, pessoas que não residam na Aldeia, pois o anterior presidente ainda vivia mais longe que vivia em Lisboa.
Este, a distância era bem maior! A sua deslocação era feita de avião com o dinheiro dos nossos impostos! Esta situação, era bem mais grave que a que está agora!
Um abraço
Senhor Izaltino,
Respondendo à sua 1ª pergunta, devo dizer que desta vez o Prisidente do agrupamento não foi eleito exclusivamente pelo povo de Murçós, obtendo dos eleitores desta Freguesia, 60 votos contra 50 e 19 dos outros dois partidos... porém, é verdade que só tem o que merecem, e não contesto o facto de outros residerem fora, cujas deslocações para as presenças na asembleia de Câmara tem custos, e vai continuar assim, mesmo com os que já são funcionários desta! Quanto à gravidade avaliada por si, não me prenuncio por não ter conhecimento absoluto dos fatos... defendo, com tudo, haver uma diferença no desempenho de funções, quando um ou dois dos três do executivo reside na Freguesia, porque se os três residem fora como podem desempenhar funções?
Agradeço a sua visita e intervenção criterial, respeitando as openiões de todos os leitores.
Retribuo o abraço se me permite?
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