domingo, 1 de novembro de 2020

Já fomos amigos


 É surpreendentemente aberrante o comportamento das pessoas, especificamente aquelas que hipoteticamente discorrem consideradas amigas, e, por uma futalidade, sùbitamente, vos ocultam aqueles sorrisos fictícios vos privam de conversas interessantes, menosprezando sentimentos também eles de carater ardiloso, embebendo-se por detrás de um manto negro impermeável e ascoso onde o orgulho contamina e destroça aquela humildade, em tempos praticada, nas confidencialidades, no apreço e consideração destruídas pela inveja, ganancia ou simplesmente a metamorfose também operada nos irracionais sem sentimentos sem valores nem princípios. È imensamente penoso constatar que familiares, alguns muito próximos, nascidos dos mesmos pais, sobrinhos, afilhados e outros, que um dia se assentaram à vossa mesa e comeram da fornada de pão, amassada com as mãos sagradas de quem vos ama, e cozido no forno de lenha que ajudámos a construir, sobejando aquele “borralho” para aquecer as mãos geladas, mas o coração esse mantinha a sensibilidade e o calor para partilhar

com aqueles que vos foram queridos, tão queridos! Desdenhar aquilo que foi pureza é como colocar uma coroa de espinhos na cabeça de um inocente condenado… e incentivar os algozes ao martírio, porquê?  Para quê? O amanhã pode amanhecer sem luz, porque não é o vento quem tudo leva, apesar de nada ficar, e os arrependimentos servirem apenas de ilusão para colmatar a gravidade dos erros… acordamos, quando acordamos, e os passos são repetitivos, as ações descabidas, e os gestos embebecidos num turbilhão de incoerências, ações prodigas, inconcebíveis. Fomos tão amigos! Ou tão iludidos! Já não sei, nem concebo que os seres humanos, alterem o modo de ser só porque a amizade dentro deles se esgotou? Começo a duvidar que o tempo ajude a “assagir” o que nasceu com genes bravios… e lamento! Lamento que os meus amigos me tenham usado enquanto confiava neles cegamente… e pena-me! Pena-me, porque os considerava, porque confiava na sinceridade dos seus sentimentos… amigo é para sempre… aconteça o que acontecer, E sinto esta dor que me vai minando, por não ter uma razão que prove os seus atos… porque vos amo sempre e com a mesma força, e jamais, jamais deixarei de vos querer, mesmo que me volteis as costas.

 

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