segunda-feira, 11 de julho de 2022

António Bras 3 d · Conteúdo partilhado com: Público Heróis De origem grega (ἥρως) pelo termo latino heros deu origem “à (Portuguesa) especificamente ao nosso hino Nacional, que desde a minha tenra infância cantamos, hoje com a mão no peito, colada a um coração aos saltos, para inglês ver, e um arrepiar de pêlos similares aos que a avó tinha na venta e se ouriçavam como em tempo de castanhas por razões apelidadas hoje de fúteis, mas que outrora tinham o sentido de um olhar indigente de apego e afago que pelos árduos caminhos e carreiros alucinados iam deixando vislumbres de amores forçados deitados em camas desesperadas, construídas num desgosto perseguidor cheio de pavor e tão desguarnecido de calor humano! Muitos dos nossos antepassados mereciam que os seus nomes fossem gravado, em insígnias que a neve invejosa cobrisse, num canto escuro de ruas palmilhadas na escuridão de noites invernais, aos tropeções, caindo em estrumeiras de folhas mortas de carvalho ou castanheiro para mitigar lamaçais e amortecer quedas constantes, de homens e mulheres, que só alta noite voltavam do trabalho rude, de barriga vazia que uma côdea e um naco de toucinho tinham enganado a fome e o cansaço, quando o sol a pique projeta os seus raios de um calor insuportável, e a água já quente penetrava na garganta como sopa servida em restaurante pretensioso, ambicionando ligar o céu com a terra numa avareza eloquente. Heranças que para uns servem de suporte, caídas do céu, para alimentarem o ego, tentando esconder com cortinas de ficção, o passado que estejam onde estiverem jamais se poderão libertar. Pisam hoje aqueles a quem nunca foi dada uma oportunidade, ou não foram oportunistas por lhes pesar na consciência, porque este tem uma, o oportunismo que lhes pesaria demasiado, ludibriando aqueles que por eles, pediram, imploraram, sacrificando-se do qual usufruíram pessoas sem valores nem princípios, que hoje se consideram donos, do mundo esquecendo um passado recente, onde não havia sempre rosas para cheirar e sapatos para engraxar. Gostaria que ficasse claro que o meu texto não cuspe invejas nem rancores. Vivo com o sabor da minha labuta numa casa modesta de onde sai mais do que entra gratuitamente sem arriere penssée.

2 comentários:

Anónimo disse...

Mas, quem dá sem "arriere pensée"fica calado não diz que dá!

antonio disse...

Anónimo: Ganhou mais uma oportunidade de se ridicularizar... quando não se lê o que está escrito significa que a sua compreensão é caricata ou então quem deveria ficar calado era VC
No texto diz: sai mais de minha casa do que entra. Não disse que doava nem que recebia, pelo que se quiser mais explicações vá ao Tota