sábado, 9 de julho de 2022

Como nos tocam recordações prisioneiras, libertas pelo tempo, quando olhamos para trás, quando o fim do túnel se aproxima galopante e sem tropeços, depois de termos voado ao acaso por terras de ninguém, saciando-nos, asseados, na elegncia quem tem os dias contados, na alegria e na felicidade que caem a pique deixando no seu trajeto dores que o tempo cura, dissabores esbugalhados que também saram, ainda que não fosse inventada a vacina na intelectualidade nem nos cientistas, porque eles também tem o seu dia marcado e não podem fugir á regra, aquela que só chama uma vez. Lembro-me perfeitamente da Moleirinha como de tantos outros contes decorados e guardados como pérolas raras, e hoje me alegram o coração revivendo um passado já longíncuo mas reviver ainda que seja por alguns segundos, não é um sonho, foi o tempo que fez marcha atás gratificando-nos, talvez para compensar o que não nos foi concedido ao qual tínhamos direito, ou simplesmente para nos ver um sorriso meigo nos lábios ressequidos?

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