as cerejas começam a encher de prazer gustativo e de encantos visuais... |
As rosas belas e perfumadas, tal como as andorinhas, voltam aos seus jardins... |
Também pelas ruas, junto das casas, se encontram belezas assim |
texto extraído do livro de Manuel da Fonseca ( pg. 143 de Aldeia Nova |
Ao findar do dia, comida a última côdea, ganhões e malteses para ali ficam longo tempo, adormecendo à custa de histórias e descantes. Por trilhos de carros, subindo o cabeço onde se ergue o monte, ainda a essa hora, de sábado para domingo, vem gente para o paleio, que dura até tarde. Mas, com as sombras alastrando, por todo o descampado, alastra a solidão que não tem eco para histórias, e depressa puxa lembranças (cantigas), tristes e largas como a noite transmontana. E, no silêncio do queixume, de novo sozinha, a voz insiste pedindo amparo para tanta desgraça.
O mês de Maria está quase a chegar ao fim, contudo a sua imagem é para sempre lembrada e guardada no coração dos crentes longe ou perto da Cova da Iria.
4 comentários:
Viva, Tonho
Gostei de te ver regressar às coisas belas e simples da vida.
A flor da segunda fotografia parece-me um malvaísco ou malvarisco (o nome científico é Althaea, que deu origem a Alteia) e a terceira todos a conhecemos por "o teu pai é careca" mas que é um dente de leão (o nome científico é horrível: Taraxacum officinale)
A Senhora de Fátima... creio que a conheço bem!
Beijos
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P.S. publicaste grande parte do texto em branco, ou o que é que aconteceu para estar aquele espaço tão grande entre a imagem da Senhora de Fátima e o fim do artigo?
Fátima, o que nós aprendemos contigo!
António,
Desculpe ter começado pela Fátima, mas não resisti.
Cerejas, mastigo todas, as que resolvem dormir uma soneca à minha frente. Flores adoro-as também, e aquela com nome esquisito, em miúda chamava-lhe "bruxinha", nós assoprávamos e ficava careca.
Quanto ao mês de Maria, creio que sendo Maio o mês de referência, todos os outros são-no também. Pelo menos para mim que professo o culto Mariano.
Ps: Agora a brincar. Creio que o espaço em branco, não é ingénuo. Será que aconteceu por acidente?
Obrigado Fátima. Os nomes das flores, atribuídos pelos cientistas são a maior parte do tempo esquisitos... eu não decoro quase nenhum... este do teu pai é careca, tem um significado especial para mim... é como um castelo de cartas... um voltar de página. Quanto ao espaço em branco, tem uma explicação secreta. Desculpa por não ter visitado o nosso cantinho, mas, só hoje voltei à realidade...
Beijos carinhosos
Olá Eduarda! Não é por acaso que eu considero vocês as duas as minhas deusas culturais preferidas!...
Obrigado pela visita. Não é realmente inocente este espaço em branco...
adoro enigmas! Grande abraço para si.
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