ENCRUZILHADAS
Acreditava-se em tempos idos, que a encruzilhada era o
local onde almas perdidas, assombrações e fantasmas acabavam por acorrer em
certo tipo de noites.
Tratando-se todos eles de espíritos confusos e
perdidos, acreditava-se alguns deles procuravam um caminho certo para aceder ao
mundo espiritual, ao passo que outros deles procuravam simplesmente o caminho
de regresso á sua casa.
Na sua desorientação, acabavam por se perder e tinham
a tendência de permanecer indecisos numa encruzilhada, ponderando por qual dos
caminhos deveriam optar para chegar ao seu desejado destino.
Esta encruzilhada, surge como ponto de referência,
para o Agrupamento de Freguesias, das quais vão ser agrupadas, quatro,
compostas com oito Aldeias: Espadanedo como sede, anexas Valongo e Vouzende:
Murçós, Edroso, e Soutelo Mourisco (plenário) com Cabanas e Vilar Douro,
anexadas.
Também aqui, como nos tempos idos, se vai gerando uma
confusão, não se sabendo qual o caminho a seguir, que na realidade, as
politiquices e seus derivados tentam infringir aos moradores vulneráveis, obrigando-os
à resignação.
Os arranjos políticos, não tem a beleza dos ramos de
flores, nem o cheiro agradável, são displicentes, ridículos, insignificantes…
impunha-se um referêndum popular onde democraticamente conta a opinião de todos
os cidadãos, e, mediante o resultado maioritário, tomava-se a decisão adequada…
o que não aconteceu, porque os ditadores continuam a falar mais alto e mais
forte, decidindo por nós, e para nós um futuro que se avirá desconfortável,
complexo, intransigente.
Vejamos em termos concretos o que pode acontecer nas
próximas eleições Autárquicas:
Sendo três os membros do executivo, presidente eleito,
escolhe dois vogais, sede obrigatória em Espadanedo, e quatro freguesias, uma
delas ou mesmo duas, se o presidente não for de Espadanedo, podem ficar sem
ninguém na aldeia a representar a Junta de freguesia… ficam assim, populações
ao Deus dará, vendo-se obrigadas a deslocar-se à sede, que pode estar fechada
se o candidato residir fora. Impõe-se um acordo protocolar para o bom
funcionamento de tantas aldeias, mas, como as raposas manhosas, escondem muito
bem as verdadeira intenções, como na “fabula de Jean de la Fontaine” ( le
corbeau et le Renard), resta-nos chegar á encruzilhada e optar por um caminho ao
acaso…
2 comentários:
Tonho
Boa comparação essa, a das encruzilhadas: é verdade, parece que querem transformar os cidadãos em almas penadas! Pior: há cidadãos que aceitam participar da maldade. São as "almas do diabo", como diz a expressão que o nosso povo tanto usa.
Beijos
A maior parte das vezes, somos nós, humanos, que complicamos as coisas, e depois é inevitável a confuzão... explicações só já quando não há remédio nem soluções, é que surgem ligeiramente diferentes da verdade, enfim... vamos seguindo os que vão à nossa frente!. Beijos
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