quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Dia de alheiras

Enquanto umas alheiras se enchem, junto da lareira, sobre o olhar observador dos grandes potes que serviram a cozinhar a calda, com uma galinha velha, e vários elementos de porco, tal como no tempo dos nossos pais e avós, à maneira artesenal, técnicas herdadas e que trazem os seus efeitos positivos, na aparencia e sabor.
Seguirão para o fumeiro suspenso, onde vão ser afumadas com fumo específico de certas árvores, sendo outras prejudiciais, ao gosto final.
 Este, já quase pronto para comer é da tia Maria Alexandrina, e pelo aspecto, faz crescer água nas bocas dos que não tem a possibilidade de fazer e afumar enchidos, indespensáveis às familias com grandes tarefas agricolas, e o prazer dos que vivem na cidade e de quando em vez, vem assar uma chouriça ou alheira na lareira, com café ou simplesmente matar o bicho.
è também um complemento, pelos tempos que correm e as dificuldades financeiras que atarentam tanta gente.
 Estes não ficam a dever nada ao fumeiro de Vinhais, nem às alheiras de Mirandela... tem o gosto de antigamente, porque feitos e afumados com todo o cuidado e minucía de quem tem bons gostos.
A foto não ficou com a nitidez que desejava, mas dá para matar saudades ao olhar daqueles que estão longe das nossas lareiras, e não tem a possibilidade de uma vista que alegra e consola, nos dias frios de inverno.

8 comentários:

Fátima Pereira Stocker disse...

Ai Tonho, que saudades!

Que esses soberbos fumeiros façam bom proveito aos da casa e encham de alegria cada refeição que fizerem durante o ano.

Em relação às alheiras de Mirandela só tenho uma coisa a dizer: não acredito que, na região, comam a porcaria que por aqui se vende como sendo "alheiras de Mirandela". Intragáveis para quem sabe o que é uma alheira!

Beijos

antonio disse...

Obrigado, Fátima. Sei perfeitamente ser uma tentaçao traiçoeira publicar destas coisas cujas pessoas não podem aceder e sentem tantas saudades, mas é para não perder os bons constumes alegres e fraternos tanto apreciados, sobretudo quando eramos ceianças... O fumeiro caseiro, feito à maneira dos antigos é outra coisa, e como é óbvio também outro sabor... Beijos

eduarda disse...

Que saudades do fumeiro caseiro!
Beijos

antonio disse...

Olá Eduarda! Imagino que tenham saudades... já passei por essa fase.... agora que podemos desfrutamos. Obrigada beijos

Unknown disse...

Huuummmm, gosto tanto de alheiras!

Beijinho,
Ana Martins

antonio disse...

Pois é pena não estar perto de nós para saborear logo pela manhã com café de cevada, assadinha de fresco na brasa... bem-haja pela longa visita. Beijos

Unknown disse...

Ai, António, dito assim e só de imaginar, já me cresce água na boca.

Beijinho,
Ana Martins

antonio disse...

Peças da nossa gastronomia do nordeste transmontano á qual nós damos menos apreço por termos com abundancia... beijos