quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

TERRAS NOSSAS



Sou a tua terra… onde nasceste, brincaste, riste e choraste.
As folhas que um dia pisaste, que o Outono retirou das árvores, o vento varreu, a chuva molhou e o tempo apodreceu, desapareceram das tuas recordações… lembras-te de mim quando eras menino… e, no meu “regaço” brincavas!? Olhavas-me olhos nos olhos, enquanto acariciava teus cabelos, lisos e suaves, loiros, pretos ou castanhos… um sorriso encantador aparecia nos teus lábios, enquanto na surdez da escura noite, o meu coração batia ao ritmo de quem ama e sente! Eramos tanto amigos!...
Tal como o filho prodigo, voltas de tempos a tempos, cada vez mais raramente…pisar as pedras duras e frias, ver o que resta de mim…Já pouco tenho para te dar… cresceste e eu envelheci. Um dia morrerás… provavelmente também eu… quem poderá contar a nossa história? Foi tão linda! Foi terna, foi amorosa, foi leal! Jamais haverá traição entre nós… tu fugiste e eu fiquei… à espera que voltasses… já homem, com cabelos brancos, porque o tempo também varreu as cores… mas, o sorriso é o mesmo, e o grande amor ainda vive dentro de nós.
Por António Brás Pereira

4 comentários:

Fátima Pereira Stocker disse...

Muito bonita e singela essa forma de te colocares no lugar da "terra" e falares por ela, como sendo ela.

Beijos

antonio disse...

Bem-hajas fátima pelo cumprimento... são sentimentos que nos penetram e tentamos extrair o melhor que podemos... Beijos

Eduarda disse...

Olá António
Como diria Brian Weiss: "SÓ O AMOR É REAL".
Um beijo

antonio disse...

Olá Eduarda! Gostei imenso da sua visita... bem-haja. Brian Weiss tinha razão... vá dando noticias... beijos