Sou a tua terra… onde
nasceste, brincaste, riste e choraste.
As folhas que um dia
pisaste, que o Outono retirou das árvores, o vento varreu, a chuva molhou e o
tempo apodreceu, desapareceram das tuas recordações… lembras-te de mim quando
eras menino… e, no meu “regaço” brincavas!? Olhavas-me olhos nos olhos,
enquanto acariciava teus cabelos, lisos e suaves, loiros, pretos ou castanhos…
um sorriso encantador aparecia nos teus lábios, enquanto na surdez da escura
noite, o meu coração batia ao ritmo de quem ama e sente! Eramos tanto
amigos!...
Tal como o filho
prodigo, voltas de tempos a tempos, cada vez mais raramente…pisar as pedras
duras e frias, ver o que resta de mim…Já pouco tenho para te dar… cresceste e
eu envelheci. Um dia morrerás… provavelmente também eu… quem poderá contar a
nossa história? Foi tão linda! Foi terna, foi amorosa, foi leal! Jamais haverá
traição entre nós… tu fugiste e eu fiquei… à espera que voltasses… já homem,
com cabelos brancos, porque o tempo também varreu as cores… mas, o sorriso é o
mesmo, e o grande amor ainda vive dentro de nós.
Por António Brás Pereira
4 comentários:
Muito bonita e singela essa forma de te colocares no lugar da "terra" e falares por ela, como sendo ela.
Beijos
Bem-hajas fátima pelo cumprimento... são sentimentos que nos penetram e tentamos extrair o melhor que podemos... Beijos
Olá António
Como diria Brian Weiss: "SÓ O AMOR É REAL".
Um beijo
Olá Eduarda! Gostei imenso da sua visita... bem-haja. Brian Weiss tinha razão... vá dando noticias... beijos
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