domingo, 4 de dezembro de 2022

PEDAÇOS DE MIM Tu não sabes como são os meus dias Os meus silêncios são momentos de reflexão E enquanto escrevo nessa folha de papel perfumada Com as mãos frias com um coração Cheio de tudo e cheio de nada A alma está como os meus dias Cheio de imagens vazias Lá fora ouço a chuva cair no telhado E no meu rosto a chuva que cai São as lágrimas que dizem tudo O que os meus silêncios não falam E esta noite sinto-me mais perto do céu Em cada vazio eu sinto Que mais um pedaço de mim se perdeu Tu não entendes a minha dor Porque ela não é a mesma que a tua E por entre os silêncios Por entre as palavras guardadas E entre as poesias rasgadas A minha alma vagueia perdida E o meu corpo aos poucos Se entrega lentamente nessa despedida Mas espero que um dia as mãos frias Que um dia escreveram tantas poesias Alguém entenda tudo o que se escreveu No meio de tantos silêncios E que abrace cada palavra imperfeita E que o perfume das palavras Possa ser luz nos seus dias E se outra alma entender Se outra alma sorrir Então a minha alma pode partir… Pedro Duarte domingos Martins

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